O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao projeto de lei 4.330,
que regulamenta a terceirização no Brasil, e a maioridade penal, durante
discurso, em evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em comemoração ao
1º de Maio. Segundo o petista, a terceirização está no Congresso Nacional há 11
anos, mas não andou neste período e agora se tornou prioridade na cabeça de
alguns deputados.
"Terceirizados
trabalham, em média, três horas a mais por semana e ganham menos", disse
Lula, citando um estudo encomendado pela CUT ao Dieese.
Durante o discurso o ex-presidente também afirmou que
ajudará o Brasil a retomar o crescimento falando com empresários e pediu
“paciência” com Dilma. “Temos de ter paciência com a Dilma como temos de ter
com a mãe da gente”, disse. Não tenho dúvidas de que daqui a 4 anos vamos
comemorar êxito do mandato da Dilma.”
Maioridade. Sobre a maioridade penal, ele afirmou que a
elite brasileira acha que é possível resolver o problema colocando a juventude
na cadeia, mas que não se pode, segundo ele, punir jovens que não tiveram oportunidade
de estudar. E destacou que apoiar a maioridade penal para jovens é um
crime.
"Eles
(elite) não admitem o fato de eu, um metalúrgico, sem diploma, ter sido o
presidente que mais fez universidades e escolas técnicas no País", disse
Lula. E emendou: "Antes do nosso governo, o País era administrado apenas
para 35% da população."
Ele
ainda afirmou, no discurso, que jurou que nunca mais participaria de um evento
em comemoração ao Dia do Trabalho que misturasse sorteio e distribuição de
geladeira com ato político, como uma crítica ao evento da Força Sindical.
"Quantidade de pessoas não mostra a grandeza do 1° de Maio, mas a
qualidade do público", concluiu Lula.
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