O
secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela disse em entrevista ao
jornalista Roberto Fernandes, no ponto Final, na Rádio Mirante AM que é
contrário à divulgação de estatística mensal sobre os índices de criminalidade
no Maranhão. Segundo o secretário, a divulgação exagerada pode apontar a
redução de um tipo de crime e o aumento de outro.
É que mesmo com a divulgação de números que apontam a redução em
algumas modalidades de crime, em outras houve crescimento e permanece a
sensasão de insegurança em meio à população.
“Profissionalmente eu nunca tento priorizar nada de estatística
porque eu acho até não tão produtivo do ponto de vista da construção que se
quer a divulgação mensal de estatística. Ela não aponta uma continuidade para o
ano. Nós tivemos aqui uma redução de homicídios muito forte em julho de quase
40% e tivemos um aumento em agosto, porque isto não era a tendência, era o
número de um mês. Então, a estatística para mim, o conjunto dela deve ser
anual. Doutrinariamente eu entendo que é assim. Você tem a análise de um ano e
compara com o outro ano. Não adianta a gente querer exagerar com a divulgação
até para ter dados positivos exagerando com a estatística porque ela pode
revelar no momento a redução de um crime e pode apontar para a elevação de
outro”, explicou.
O secretário se disse radicalmente contra a indústria das
invasões que acaba escondendo a engenharia do crime. Este, na opinião do
secretário Jeferson Portela tem contribuído com o aumento da criminalidade. E
aproveitou para criticar o poder público.
“Aqui em São Luís eu aproveito para alfinetar qualquer um que
tenha responsabilidade nisso – a construção de bairros desordenados. Há uma
indústria criminosa aqui para isso. Muita gente não entende quando hoje eu digo
que sou contra essa política de invasões com a ocupação deseordenada do espaço
urbano. Sou contra e sou radicalmente contra. Hoje está imbutida nessa
engenharia desordenada a indústria do crime. Hoje o traficante chega e manda
fazer uma ruela no bairro de meio metro, 80 centímetros e não quer que ela
tenha a metragem de uma rua, isto porque se o espaço for ordenado as forças
públicas vão ocupar espaço. Tem condição de trânsito e de controle. Então vem
essa engenharia, alguns querem ganhar votos e fazem ocupação de terra outros
fazem a invasão para vender material. O cidadão hipoteticamente ganha um
terreno, mas se obriga a comprar todo o material de construção indicado por um
gestor: “um criminoso que se diz gestor da ocupação” e ali dentro naquela
ocupação desordenada do espaço público vira condição propícia para a prática de
crimes: o tráfico, a imoralidade nos barracos de dois por dois, reina o império
de condutas anti-sociais”, afirmou
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