domingo, 20 de dezembro de 2015

CANTA MARANHÃO ENCANTA O MARANHÃO

Duas horas da tarde ou 14 horas, como queiram. Por onde se passa pelos quatro cantos da Ilha, se é que ilha tem cantos, uníssonos, é claro, na maioria dos radinhos de pilha, ouve-se aquela que se consagrou como o Hino  da Cultura Maranhense, “Urrou urrou” do mestre Coxinho, seguido de uma voz grave e bonita em uma vinheta que anuncia: ouve-se a introdução de Boi da Lua, do poeta César Teixeira Está começando o "Canta Maranhão", programa apresentado por Helena Leite, Juarez e Joel Jacinto, com participação mais que especial do repórter Jonas, campeão de audiência do horário na Rádio Difusora AM, portfólio da Cultura Popular Maranhense.

Multifacetado, o programa é uma mistura de denuncia, comentários consistentes, informações de bastidores, furos de reportagem, pressões acentuadas, tudo isso em nome da nossa tão rica, linda e desprestigiada cultura, sempre com um toque luxuoso e uma hilária, mas compreensível, histeria da apresentadora e líder do programa, Helena Leite, que já está com a “cara de doida” de tanto gritar para que as coisas aconteçam, logo ela é filha adotiva de Iansã e devota de Santa Bárbara.

Com dificuldades de patrocínio, apesar da audiência, o programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, é a grande referência da nossa Cultura Popular, é o único que prioriza, além de outras ações culturais, as nossas festas maiores, o São João e o Carnaval, e quem quiser saber tudo o que se passa, hoje, nos bastidores das escolas de samba, dos blocos tradicionais, blocos organizados e afins, é só ligar. o rádio e se ligar nas noticias. Fresquinhas, fresquinhas, quentes como língua de fogo.

Uma das faces do "Canta Maranhão", que é a alma do programa, que é a alma e o imenso coração de Helena Leite, é o assistencialismo aos menos favorecidos, seja a necessidade de uma simples consulta, passando por alimentação, vestimentas, medicamentos, cadeira de rodas, material de construção, viagens e até cirurgias de pequena, media e grande complexidade. Helena é do povo para o povo, é a cultura recriando a cultura, é a essência esmiuçada de fazer, fazer e fazer, mesmo sem poder, mas que no fim, no último suspiro da esperança, vê acontecer, e aí, a sensação do dever cumprido, com vestes encharcadas de suor, que rega o adubo dos canteiros e fazem nascer as mais belas flores que enfeitam os jardins da sua tão amada Pindoba. 

Como uma bela toada, uma trupiada de arrepiar, um bailado sincronizado de um cordão, os clarins afinados de uma orquestra, um zabumba que apanha e é feliz, um cantador que canta suas mágoas, uma escola que desfila em perfeição, um bloco que se emociona no refrão, um samba que fala de amor e um boilero que seduz a madrugada, o "Canta Maranhão" vai encantado o Maranhão na pertinência de Helena, na explosão de Juarez e na irrevencia verdadeira de Joel.

"Canta Maranhão" é assim, um samba, uma toada, um Carnaval, um São João e com as benção dos Santos Juninos, canta hoje, cantará amanhã e depois, para todos os séculos e séculos, sem fim.

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