Prefeitura de São
Luís realiza fiscalização para impedir comércio de Noz da Índia
A Prefeitura de São Luís, por meio da
Secretaria Municipal de Saúde (Semus), está realizando ações de vigilância em
farmácias e lojas de produtos naturais para verificar a comercialização do
produto noz da Índia. O trabalho é para coibir a venda de produtos que possam
trazer riscos à saúde da população, tendo em vista recentes relatos de pessoas
acometidas de doenças em decorrência do consumo da semente, além da notificação
de um óbito sob suspeita de utilização da noz. A Superintendência de Vigilância
Sanitária do Maranhão (Suvisa) suspendeu, na última quarta-feira (18), a
comercialização do produto.
A secretária municipal de Saúde,
Helena Duailibe, explica que os usuários desse produto estão correndo riscos e
devem suspender o uso imediatamente. “A noz da Índia não tem registro no
Ministério da Saúde e sua eficácia não tem comprovação, podendo até ser tóxica
ao organismo. Fazer uso dela é colocar a saúde em risco”, declarou.
A operação da Vigilância Sanitária já
visitou 50 estabelecimentos e autuou os quatro locais onde a noz da Índia foi
encontrada. O produto foi apreendido pelos fiscais. A noz da Índia apresenta
elevado risco de intoxicação, pois a ingestão de apenas uma semente da planta
pode resultar em quadro grave ou severo, com náuseas, vômitos, cólicas
abdominais intensas, diarreia e sede intensas, secura nas mucosas, letargia e
desorientação. Pode ainda ocorrer desidratação acentuada, dilatação das
pupilas, aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia), alteração na
frequência respiração (dispneia) e aumento da temperatura corporal
(hipertemia).
De acordo com a coordenadora do órgão,
Zilmar Rodrigues, foram encontradas poucas unidades da noz da Índia nos
estabelecimentos já fiscalizados. Muitos locais já haviam recolhido o produto
das prateleiras.
Durante as vistorias, a Coordenação de
Vigilância Sanitária identificou e apreendeu outros produtos que estão sendo
vendidos de forma irregular, com prescrição indevida, como Cerveja Preta, Cura
Tudo e Extrato de Raiz Gotas do Zeca que são prescritos como medicinais, sem
comprovação de eficácia nem registro no Ministério da Saúde.
O estabelecimento que for autuado pela
Vigilância tem 15 dias para apresentar defesa, de acordo com a Lei Federal
6437/1977 – que versa sobre infrações sanitárias.
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