Com a proximidade da indicação do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), já começou a modificar o discurso sobre o assunto.
Antes, além de negar campanha para o STF, Dino também afirmava que não tinha sentido retornar ao Judiciário, uma vez que deixou o cargo de juiz federal para ingressar na política.
No entanto, agora o discurso já começa a ser modificado. Ao ser perguntado sobre o assunto, em visita ao STF, Dino afirmou que “é sempre bom estar aqui” e utilizou uma música de Maria Bethânia e Zeca Pagodinho para se referir a sua situação: “deixa a vida me levar”.
“Na verdade, aqui eu venho em representação ao Poder Executivo. É claro que nesse momento esse debate não está posto. Eu tenho vindo constantemente aqui. É também uma forma de reencontrar pessoas pelas quais eu tenho grande admiração, a exemplo do ministro Carlos Mário Velloso, que foi presidente do tribunal. Eu fui juiz auxiliar aqui já há mais de 20 anos, então é sempre bom estar aqui no Supremo”, afirmou.
Após a solenidade, o ex-presidente do Supremo Carlos Velloso, que se aposentou em 2006, lhe fez uma pergunta reservada sobre a possibilidade de Dino ser indicado. O ministro da Justiça respondeu: “Deixa a vida me levar”.
De acordo com O Globo, Flavio Dino, passou também a apoiar o nome do vice-procurador-geral Eleitoral Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República. Presente nas reuniões que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez com candidatos, Dino agora se alinha a dois dos mais influentes interlocutores no STF, os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, principais entusiastas da escolha de Gonet.
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