No grito da arquibancada e com o seu croata inspirado, o Flamengo sobe a
ladeira do Brasileiro...
No grito da arquibancada e com o seu croata
inspirado, o Flamengo sobe a ladeira do Brasileiro. Com participação decisiva
de Eduardo da Silva, autor de um gol e quem sofreu um pênalti, e com mais de 40
mil rubro-negros na arquibancada, o time venceu a terceira seguida na
competição, 2 a 1 sobre o Atlético-MG, de virada. O resultado levou o Flamengo
à 13ª posição na tabela, com 19 pontos, enquanto o adversário caiu para oitavo,
com 23 pontos.
Vanderlei Luxemburgo tinha dois desfalques:
Alecsandro, suspenso, e Paulinho, lesionado. Sem seus dois atacantes, o técnico
supreendeu e recheou o meio de campo com cinco jogadores. A novidade foi Luiz
Antonio entre os titulares. Já Levir Culpi estava sem Pierre, Leandro Donizete
e Marcos Rocha.
Na próxima rodada, o Flamengo vai até Criciúma, no
domingo, enfrentar o time da casa. Já o Atético-MG, no sábado, recebe o
Internacional, no Independência.
O JOGO
A surpresa de Luxemburgo, encorpando o meio de
campo com mais jogadores, provou-se pouco eficaz. Se o Flamengo povoava a área,
dava mais espaços atrás para as rápidas saídas de Maicosuel e Diego Tardelli
pelo ataque do Atlético-MG. Ambos buscavam as pontas para tentar lançar Jô,
centralizado no ataque.
Em dois erros, o Atlético-MG ensaiou um ataque, mas
não conseguiu. A desatenção rubro-negra, no entanto, custaria caro aos nove
minutos. Em cobrança de lateral ainda no campo de defesa, João Paulo não marcou
ninguém e a bola sobrou para Maicosuel. Rápido, ele avançou pela direita,
fintou Cáceres e Wallace e bateu cruzado diante de um Paulo Victor que nada
pôde fazer. Atlético na frente: 1 a 0.
O gol precoce desarrumou o Flamengo. Sem armação, o
time se embolava no meio de campo, fosse com erro de passe ou desarmes
adversários. E, na defesa, tinha um temor: João Paulo era uma avenida para Alex
Silva avançar. Everton tentou ajudar e, com isso, deixou o ataque mais longe.
Aos 21 minutos, o Flamengo chegou mais no grito da torcida e Luiz Antonio, de
longe, fez seu último ato no jogo: um chute de longe que resultou em dificuldades
para Victor.
Dois minutos depois, Luxemburgo desistiu do
esquema. Com Arthur isolado no ataque, ele colocou Nixon na vaga de Luiz
Antonio para prender mais a bola na frente. O Flamengo até chegou mais na
frente e, aos 36 minutos, João Paulo lançou Everton na área pelo lado esquerdo.
O camisa 22 avançou e chutou cruzado, mas Victor fez boa defesa e, no rebote, a
zaga conseguiu afastar. E o primeiro tempo chegara ao fim.
Na volta para a etapa final, o Flamengo continuava
a sua caça às investidas de Maicosuel pelo lado direito do ataque. Jô,
inoperante, recebeu bola em boas condições aos cinco minutos, mas a dominou de
forma bisonha. O jogo se caracterizava mais pelos erros, o que tornava o duelo
truncado. Mas da arquibancada veio o maior reforço rubro-negro.
Em um Maracanã cheio, a voz que emana da
arquibancada acordou. E o Flamengo, mais no embalo do que na tática, foi junto.
Aos 14 minutos, Marcelo chutou forte de fora da área, na pressão, mas Victor
defendeu. Luxemburgo, então, viu que era hora de mudar. De uma vez só, sacou
Márcio Araújo e Arthur para as entradas de Lucas Mugni e Eduardo da Silva. Deu
certo de forma quase instantânea.
Como o Atlético-MG já estava mais recuado diante do
grito da torcida, Pedro Botelho pareceu confuso. Sem raciocinar, ele deu
carrinho impiedoso em Eduardo da Silva na ponta direita da área, aos 18
minutos. Pênalti bem assinaldo que Léo Moura cobrou mal, no canto esquerdo, mas
deu sorte. Victor tocou na bola, mas ela passou por baixo de seu corpo e fez
explodir o Maracanã. 1 a 1.
O gol de empate fez a partida ficar mais aberta.
Ambos os times se lançaram ao ataque com o som da torcida, vibrante, ao fundo.
Mugni, de longe, arriscou, mas Victor defendeu. Aos 25 minutos, a força
rubro-negra da arquibancada se traduziu, de novo, em campo. João Paulo recebeu
bola na esquerda e cruzou para a área. Eduardo da Silva, com bela impulsão,
conseguiu o cabeceio no lado esquerdo de Victor, que, de novo, tocou na bola,
mas a viu morrer no fundo da rede. Virada rubro-negra. 2 a 1.
O Atlético-MG, entregue, perdia até divididas
depois da virada que sofrera. Apenas André, de cabeça, obrigou Paulo Victor a
fazer boa defesa. Mas não tinha jeito. O Flamengo virou, com sua torcida e seu
croata, e segue subindo no Brasileiro.
FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 2 X 1 ATLÉTICO-MG
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 20 de agosto de 2014, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (PE)
Assistentes: Elan Vieira de Souza (PE) e Albino
Albert Junior (PE)
Cartões amarelos: João Paulo e Canteros (FLA) e
Alex Silva e Rafael Carioca (ATL)
Público e renda: 37.726 pagantes / 40.892 presentes
/ R$ 1.113.815,00
Gols: Maicosuel (ATL), aos nove minutos do primeiro
tempo, Léo Moura (FLA), aos 19 minutos e Eduardo da Silva (FLA), aos 25 minutos
do segundo tempo.
FLAMENGO: Paulo Victor; Léo Moura, Marcelo, Wallace
e João Paulo; Cáceres, Márcio Araújo (Eduardo da Silva), Canteros, Luiz Antonio
(Nixon) e Everton; Arthur (Lucas Mugni)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
ATLÉTICO-MG: Victor; Alex Silva, Jemerson, Edcarlos
e Pedro Botelho; Rafael Carioca (Claudinei), Josué, Dátolo e Maicosuel (Luan);
Diego Tardelli e Jô (André)
Técnico: Levir Culpi