BORBOLETA
Sexta-feira, seis horas da tarde,
Miguelzinho foi até a casa do então prefeito Zé Vieira para pedir-lhe um
dinheiro para a farra do fim de semana. Ao chegar, encontrou também , à espera
do seu Zé Vieira, o cambista de jogo do bicho Padeirinho e também uma senhora.
Quando
o prefeito apareceu, a mulher se levantou e foi logo bradando:
- Oh!!! Seu Zé Vieira, pelo amor
de Deus me ajude. Meu gás acabou e eu tenho três crianças passando fome....
Seu
Zé Vieira puxou do bolso três três notas
de cinqüenta reais e deu logo uma para a pobre mulher que saiu feliz e
agradecida. Ao olhar as outras duas notas, Miguelzinho imaginou que seria uma
para ele e outra para Padeirinho, e era. Padeirinho abriu os braços e o
prefeito segurando as duas notas, esticou a
mão e forçou a nota de cima. Padeirinho se antecipou, segurou as duas
notas e disparou:
- Seu Zé Vieira, borboleta não voa só
com uma asa...
E
pegou as duas notas deixando Miguelzinho a ver navios.
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