OUTRO
ROSTO
Jogo o óleo sobre a tela
E tento pintar teu rosto
Um abominável desgosto
Borra minha aquarela
Na minha mente és tão bela
Tudo em ti bem composto
No teu sorriso exposto
A tua luz se revela.
Só que a raiva, a mazela
Ao ver que a cor amarela
Faz-me um artista indisposto
Pois uma dor me martela
E a pintura que me vela
Não é o teu, é um outro rosto.
Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes
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