ILHA DE SANTA CLARA
ILHA DE SANTA CLARA
Convidado, fui no dia 1º de junho no aniversário de Sandra Passinho que
aconteceu no seu sítio na estrada do Araçagy. Muita comida, muita bebida, muita
música, muita gente bonita (e feia também), fui procurado por Jorge Passinho,
cantor, compositor, poeta, músico, professor universitário, diretor de cursos,
elaborador de provas para vestibulares e concursos, doutor em física e esposo
da aniversariante, para prefaciar e revisar o seu livro de poesias “ Menu
para desjejum (sem colesterol)”.
Na mesma festa, recebi um convite para
conhecer a ilha de Santa Clara, instância que faz parte do complexo de
ilhas da próspera cidade de Humberto de Campos. Na quinta-feira liguei para o
dono da van que marcou passar em minha casa na sexta as três da madrugada.
Fui
ao supermercado, comprei carne, coração, coxas de frango, linguiça, um velho e
bom uísque, algumas garrafas de cachaça. Botei o livro de Jorge Passinho no pen
drive, carreguei as baterias do not book, separei algumas peças de roupa e
quando o relógio marcou três horas, seu Santinho, o dono da van, estava buzinando
na minha porta.
Depois de pegar mais alguns passageiros, rumamos para a cidade
de Humberto de Campos e chegamos em duas horas e meia. La peguei um carro
adaptado, uma Toyota que faz transporte diário de passageiros. A viagem não é
confortável, mas também não chega a ser ruim e a estrada é um misto de areal,
carroçal e barro duro e em menos de uma hora estava eu, na Ilha de Santa Clara.
Nunca tinha visto pessoas tão boas, hospitaleiras. É uma colônia de pescadores
onde peixe, camarão e caranguejo, são vendidos, literalmente, a preço de
bananas. Conheci pessoas maravilhosas que falam um linguajar castiço, oriundo
do interior, a carne, linguiça, coração, coxas de frango (menos o uísque e a
cachaça), serviram de escambo, passei três dias só no pescado. Diante disso,
pude constatar como esse Maranhão é bom e seus políticos são ruins, como esse
Maranhão é rico e seu povo é pobre. Na segunda feira, o mesmo carro adaptado
passou na casa em que eu estava, as quatro da manhã e pude viajar com os
nativos sentindo o cheiro da terra, da mata e ver o dia amanhecendo.
Peguei a
van de volta e pude constatar a beleza das cidades de Humberto de Campos,
Morros, Axixá, São Simão e Rosário. Fazer um turismo desses é simplesmente
barato e é o maior barato e em julho, depois dos shows, se Deus quiser, irei
novamente. Quanto ao livro do Jorge Passinho, li, revisei, prefaciei, me
emocionei... mas isso é papo pra outro artigo.
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