domingo, 8 de setembro de 2013




QUE FIM LEVOU NOSSA MÚSICA 
A era do rádio, o inicio de tudo, primava pelos melhores, e assim fez uma estrada onde trilhou belas canções, excelentes compositores, brilhantes intérpretes, o que abriu as portas para os festivais de música. Como uma febre, os eventos promovidos pelas redes de televisão da época, mostravam para o país o nascimento musical de ícones como Chico Buarque, Tom Jobim, Luiz Vieira, Elis Regina, Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Chico Maranhão, Jorge Bem, João do Vale, Luiz Melodia, Rita Lee, Caetano Veloso, Gonzaguinha, Gilberto Gil, Carlinhos Vergueiro, dentre outros.
  Daí, movimentos de vanguarda como a Tropicália, a Bossa Nova, a Jovem Guarda, a ascensão dos Novos Baianos, liderado por Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo e Galvão, o movimento pop de Cassiano, Zé Carlos Dafé, Hildon, Sandra Sá, Tim Maia, Cláudio Zoli, Banda Black Rio, a invasão dos nordestinos Belchior, Fagner, Amelinha, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Alceu Valença, Kátia de França, Terezinha de Jesus, Ednardo, deixaram marcas na história da nossa música popular, que felizmente, não se apagarão, mas  ficarão guardadas nos porões do esquecimento, nas estantes de colecionadores, nas prateleiras de alguns sebos e nos arquivos mortos das rádios mais antigas
Já bem mais pra cá, com a invasão do rock brasileiro, poetas como Cazuza, Frejat, Renato Russo, Léo Jaime, Lulu Santos, Herbert Viana, Marcelo Nova, Roger, Lobão, Paula Toller, marcaram uma geração com letras inteligentes, irreverentes, bem humoradas e muitas com aquela pitada de inocência. A revolução intermediária de Zeca Baleiro, Lenine, Chico Cezar, Vander Lee e até mesmo o charme feminino de Marisa Monte, Rita Ribeiro, Zeélia Duncan, Ana Carolina, Céu, Negra Lee, Preta Gil, Maria Gadu...Quem viveu qualquer uma dessas gerações e hoje liga o rádio ou a televisão e ouve esse bate estaca, esse moto contínuo, “ai, ai, se eu te pego... assim você me mata”, “tê, tê, rê, tê, tê, té” “eu digo thum, eu digo thá e thum thá thá” “Ela é amigo da minha irmã, não quero nem saber, eu vou pra cima" , "Pi pi pi pi pi piradinha” , " ela não anda, ela desfila, ela é manchete e capa de revista"..” sente o declínio em que a mídia jogou a nossa música. Descartável como um absorvente feminino, esse mais novo produto de exportação brasileiro, abriu os olhos dos produtores globais (TV GLOBO), da empresa mista Neimar/Ronaldinho que estão faturando uma nota vendendo a imagem e a dança dos hits para todo o mundo. O pior de tudo isso, é que a memória da nossa melhor música, a própria Rede Globo está denegrindo no seu principal programa dominical, o Fantástico, com paródias de péssimo gosto e imitações baratas.
Tendo que aturar essa tortura, os amantes da boa música não tem muito o que fazer poids o rádio, a televisão, os carros de som, os bailes e maioria das pessoas, aderiram a esse produto super descartaval mas rentoso.. Procurado por nosso Blog e indagado sobre essa febre que seduziu até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Barac Obama, o poeta, compositor, escritor, publicitário e imortal da Academia Maranhense de Letras, Alex Brasil foi taxativo: “Há muito tempo os americanos vem mandando seu lixo para o Brasil, agora estamos mandando o nosso lixo pra eles”.
 
Alex Brasil









Nenhum comentário:

Postar um comentário