Ministro da Fazenda teria alegado
'questões pessoais' para deixar governo em caso de reeleição da candidata do PT
A
presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que seu ministro da Fazenda, Guido
Mantega, comunicou que não tem como permanecer no cargo em um eventual segundo
mandato da petista por questões pessoais.
"Eu
vi que depois que eu falei em equipe nova, governo novo, as pessoas fizeram
várias ilações sobre o Guido Mantega. Em tese, vale para todo mundo",
afirmou. "Um governo novo tem, necessariamente, mesmo sendo da mesma
pessoa, a obrigação de melhorar a gestão. Pretendo melhorar a gestão",
acrescentou. Dilma afirmou que não vai aplicar tudo igual ao que vem fazendo.
"A gente aprende muito ao longo do processo e escuta muito também",
disse.
A
presidente frisou que "nunca" dirá quem serão seus ministros em um
segundo mandato, repetindo que isso dá azar, e afirmou que o Brasil vai entrar
em uma nova fase. "Temos condições robustas, ao contrário do que dizem
alguns que disputam comigo, para passar para uma nova fase", disse. Dilma
reforçou que o Brasil passou pela crise garantindo empregos e valorização dos salários,
além de investimentos em infraestrutura e inovação. "Teve governo que
proibiu que se fizesse escola técnica federal", criticou.
Sobre a
política econômica em um eventual segundo mandato, Dilma afirmou que haverá
"várias mudanças". "Agora temos condições de diminuir alguns
incentivos, outros não. Vamos continuar focados em emprego e garantia de
salários", disse. A presidente disse não concordar que a raiz da inflação
seja a política de valorização do salário mínimo.
Dilma
também defendeu uma nova política de segurança pública, com integração das
polícias como ocorreu na Copa do Mundo.
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