Por outro caso de racismo, o
Grêmio terá de ir ao Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva)
nesta quinta-feira. Além do "caso Aranha", o clube foi denunciado
também pelas ofensas raciais realizadas por sua torcida ao zagueiro Paulão, do
Inter, no clássico Gre-Nal que decidiu o último Gauchão. A princípio, a
diretoria tricolor havia reduzido a sua multa de R$ 80 mil para R$ 10 mil após
recurso, mas o TJD da federação gaúcha resolveu recorrer.
O objetivo da procuradoria é
restaurar a pena original.
Além da equipe da Azenha, o
Inter, condenado primeiramente a pagar R$ 20 mil e absolvido posteriormente,
também será novamente julgado.
Ao contrário do goleiro Aranha,
do Santos, Paulão preferiu não registrar naquela ocasião qualquer boletim de
ocorrência contra os responsáveis pelos gritos de "macaco"
acompanhados na Arena do Grêmio. Na saída de campo da partida ocorrida no final
de março, ele chegou a apontar para os suspeitos.
O episódio aconteceu na vitória
de 2 a1 do Inter no Gre-Nal 400 e foi citado na semana passada, no STJD, como
um dos argumentos para a exclusão gremista da Copa do Brasil.
O próprio fato de os dirigentes
tricolores não terem conseguido identificar até hoje os autores das injúrias
raciais contra Paulão pesou também em sua eliminação contra o Santos. O
defensor colorado se manifestou recentemente satisfeito com a eliminação dos
rivais da competição mata-mata.
O carioca Flávio Zveiter,
ex-presidente do STJD, será o relator do caso.
Depois de passar pelo Pleno
nesta quinta-feira, a partir das 12h (de Brasília), o Grêmio retornará
novamente ao órgão na semana seguinte, 18, para acompanhar a decisão de seu
recurso contra a sua retirada da Copa do Brasil e o seu pedido de efeito
suspensivo para paralisação do campeonato.
O Pleno é composto por nove
auditores, dentre eles, o gaúcho Décio Neuhaus.
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