quinta-feira, 4 de setembro de 2014

TORCEDORA DE GRÊMIO SE APRESENTA À POLÍCIA AOS PRANTOS E DIZ QUE NÃO TEVE INTENÇÃO DE OFENDER ARANHA


 
A torcedora gremista Patrícia Moreira, flagrada pela câmera da ESPN Brasil chamando o goleiro Aranha de "macaco" durante partida entre Grêmio e Santos, compareceu à 4ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre nesta manhã para prestar depoimento. Aos prantos, Patrícia, de 23 anos, chegou à delegacia por volta das 10 horas (de Brasília) e disse em depoimento que não tinha a intenção de ofender ninguém.

"Ela disse que realmente esteve no local e também confirma que realmente proferiu a palavra macaco. Mas alega que a intenção dela não foi ofender o goleiro do Santos. Disse que, como as pessoas entoam músicas com macaco, viu a torcida falando isso e também falou. Simplesmente repetiu o que a torcida estava falando", disse o delegado Cléber Ferreira em entrevista aos canais ESPN.

A polícia gaúcha preparou um forte esquema de segurança, que contou com homens do GOE (Grupo de Operações Especiais) para receber a torcedora. A gremista ouviu algumas ofensas e gritos de "racista", proferidos por integrantes do Movimento Unegro, na chegada ao local. Desde que foi flagrada pelas câmeras, Patrícia Moreira, que é dentista, perdeu o emprego e teve sua casa apedrejada.

Principal símbolo das ofensas racistas que culminaram na desclassificação do Grêmio da Copa do Brasil, Patrícia Moreira pode ser indiciada por injúria qualificada. O delegado Cléber Ferreira explica a diferença entre injúria racial e racismo.

"O racismo é contra um grupo indeterminado de pessoas. Na injúria eu tenho uma pessoa ou pessoas determinadas. Por exemplo: se tenho uma loja e não quero que nenhum afrodescendente trabalhe lá, isso é racismo. No caso do Grêmio, a polícia entende que houve uma injúria qualificada, uma injuria racial", disse.

Além dela, outros sete torcedores foram intimados a prestar depoimento. Dois deles prestarão depoimentos na tarde desta quinta e mais dois na tarde de sexta-feira. Na quarta, o líder da torcida organizada Geral do Grêmio foi ouvido pelos policiais.

Toda a confusão aconteceu há exatamente uma semana. Patrícia e mais um grupo de torcedores proferiram a palavra ‘macaco' para o goleiro do Santos, Aranha. O juiz não paralisou o jogo e também não relatou na súmula, mas as câmeras da ESPN flagraram a injúria racista,e o Grêmio acabou punido com a exclusão da Copa do Brasil pelo caso

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