O
clima não é de total calmaria no Atlético-MG: não apenas pela primeira partida
da final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), na Arena
Independência, mas também por conta de ação recente sofrida na Fifa. Acusado de
não ter pago a segunda parcela de 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 8 milhões)
na contratação de Diego Tardelli no ano passado, o clube foi processado pelo Al
Gharafa, do Catar, no tribunal da entidade e corre risco de sanções que passam
pela perda de pontos, rebaixamento e até mesmo exclusão.
Em
fevereiro de 2013, o presidente alvinegro Alexandre Kalil anunciou através de
sua conta no microblog Twitter a volta de Tardelli à Cidade do Galo.
"Minha parte está pronta. Torcida chata tá tá tá tá tá tá tá. É nosso de
novo! Agora tô de férias", escreveu na ocasião.
O
negócio foi fechado em 5,5 milhões de euros (R$ 15 milhões, de acordo com a
cotação da época) a serem pagos em duas parcelas.
A
primeira delas, de 3 milhões de euros, foi quitada pelo banco BMG, patrocinador
alvinegro e que pertence ao seu ex-presidente Ricardo Guimarães. Seguem
pendentes desde o segundo semestre do ano passado, no entanto, os 2,5 milhões
de euros restantes, que caberiam ao Atlético-MG.
Em
virtude do atraso, o valor já foi corrigido para 3,3 milhões de euros (R$ 10,5
milhões) por conta de multas e juros.
O
assunto ainda não está perto de um desfecho.
Procurado
pelo ESPN.com.br,
o diretor jurídico do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, afirmou que o caso ainda
não teve qualquer decisão e que se encontra na fase de razões, diferentemente
do que dizem os representantes dos árabes no Brasil.
A
dívida do Atlético-MG com o Al Gharafa é reajustada mensalmente em euros
enquanto a situação não é resolvida.
O
presidente da equipe, Kalil, esteve no último mês de junho na Suíça, mas,
segundo afirmou na época, apenas para acompanhar o julgamento do ‘caso Kleber'
na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em cobrança de 2,55 milhões de euros (R$
8,1 milhões) na transferência do atacante do Marítimo-POR para o Porto, em
2009.
Diego
Tardelli atravessa uma das melhores fases de sua carreira e superou problemas
pessoais nesta temporada para se firmar como o principal nome do clube após a
saída de Ronaldinho Gaúcho, no fim de julho. Em alta, o atacante vem sendo
titular de Dunga no retorno do treinador à seleção brasileira e foi, inclusive,
destacado em evento recente pelo presidente da CBF, José Maria Marin, como
exemplo a ser copiado.
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