segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ROSEANA SARNEY DEXA CLARO QUE NÃO VAI ABANDONAR A POLITICA



A decisão da governadora Roseana Sarney (PMDB) de não mais se candidatar a senadora na eleição deste ano e ficar no cargo até o fim do mandato, por algum tempo fez parecer que a líder do grupo que será oposição a partir de janeiro de 2015 estaria mesmo se afastando definitivamente da vida política. Os mais recentes movimentos da peemedebista e algumas de suas declarações, no entanto, levam a crer que, mesmo que 2015 seja um “ano sábatico” – como ela mesmo definiu que seria – um retorno às disputas eleitorais não parece uma realidade distante.
Roseana só afirma que continuará atuando politicamente, mas descarta disputar novos mandatos. Para os aliados mais próximos, no entanto, há várias possibilidades para a governadora já a partir de 2015.
Ainda em 2010, quando se reelegeu governadora pela quarta vez, Roseana já dizia que não pretendia mais disputar eleições. Cumpriu a promessa este ano, apesar dos apelos dos aliados para que disputasse a vaga no Senado, para a qual foi eleito o socialista Roberto Rocha.
O dia 30 de setembro marcou a primeira vez em que Roseana admitiu a possibilidade de retorno à vida política. Na ocasião, durante a entrega de uma Unidade de Segurança Comunitária (USC) do Coroadinho, Roseana disse que não iria “largar a política” e deu a entender que descansaria em 2015 para, então, retornar à lide em 2016.
“Não vou me aposentar. Gosto do trabalho. Não vou largar a política. Ano que vem será um ano sabático para mim”, disse.
Desde então, várias foram as especulações em torno do futuro da governadora, a partir desta declaração.
Quase um mês depois, no dia 22 de outubro – durante visita à obra de urbanização do Espigão, entregue na sexta-feira – novamente o tema voltou à pauta. E, mais uma vez, a governadora admitiu que não se afastaria em definitivo da política. Afirmou não saber se ainda disputaria mandato eletivo, mas garantiu que continuaria “politicando”.
Segundo turno – Àquelas alturas, o comunista Flávio Dino (PCdoB) já havia sido eleito governador do Maranhão e Roseana mobilizava seu grupo para garantir a vitória de Dilma Rousseff (PT) no 2o turno da eleição presidencial no estado.
Desde o resultado das eleições presidenciais, a governadora passou a circular ainda mais nos meios políticos e populares, uma espécie de teste de popularidade. E foi aprovada.
Foi assim em Brasília, durante reunião do PMDB; em Imperatriz, ao visitar e inaugurar obras do governo ao lado do prefeito Sebastião Madeira (PSDB), e sexta-feira, em São Luís, quando entregou a primeira etapa das obras de urbanização do Espigão Costeiro da Ponta d’Areia.
A expressiva votação de Dilma no Maranhão reforça a tese de que a governadora pode ser alçada a um posto no novo governo Dilma – o que se tornou ainda mais factível depois da recente recepção promovida a ela pelo ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, em reconhecimento ao seu trabalho pela reeleição da presidente no Maranhão.
A posse em um ministério, entretanto, é apenas um dos caminhos que podem ser tomados pela governadora Roseana assim que ela deixar o Palácio dos Leões.

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