sexta-feira, 17 de abril de 2015

BACABALENSE BOM É BACABALENSE MORTO


Levado pela dança de um povo índio, Tupy, Timbiras, Guarany ou, sei lá qual e quantos, resolvi desbravar a mata virgem da minha memória e ressuscitar, pelo menos parte, uma história que começou com o coronel Manoel Alves de Abreu, dono da fazenda cheia de bacabeiras, árvore que deu origem ao nome da cidade que completa no dia de hoje 95 anos.

Vila da Conceição, em 17 de abril de 1920, Urbano Santos assinou a lei que fez de Bacabal um município. Assumindo o comando, o nomeado Jorge Mendonça deu a largada política e hoje, já se passaram 95 anos e a cidade agoniza a olhos nus.

Gostaria aqui de falar o melhor dessa cidade, e vou falar. Inspirado no Nosso Senhor Jesus Cristo, vou ressuscitar grandes políticos municipalistas que tanto fizeram para que Bacabal se desenvolvesse como o senhor Pedro Brito (Pedrinho), Dr. Juarez, Dr. Antônio, Dr. Coelho, Raimunda Loiola, Zé dos Santos, Renato Nunes, Juarez Gomes, Joãozinho Fotógrafo, Bete Lago, Dr. Hidalgo pessoas que trataram a cidade com a mesma sutileza com que Brasilino Miranda fazia um poema, com a mesma maestria com que Zé de Brito tocava seu saxofone e com a mesma firmeza com que Laurindo Trindade cantava um samba ou um bolero acompanhado por Lauro gama em seu violão e duetando com Walter Correa no grave de sua bela voz.

A educação  levada a sério ao tom das palmatórias de dona Alice Mendes e dona Elisa Monteiro, era adoçada pelos saborosos picolés feitos por João Lobo e por Tunico Eno enquanto Zé Longar  preparava o Ki-Suco com pão para a merenda antes do almoço. De lá, a correria da meninada com medo de Tia Onça, Chica Doida, Berredo, fartura e Marechal, os loucos que assustaram a infância da minha geração.

Em busca dos primeiros prazeres, a meninada roubava as moedas das mães e ia até Mufumbo para fazer sexo com uma velha muda,
e ao voltar gastavam o resto nas canoinhas ou no carrossel movido a força humana na praça em frente ao sindicato dos estivadores.
No operário, Estrela do Oriente, Tupã, Tamandaré, América da Trizidela, Botafogo e atletas como Bujão, Capijuba, Melancia, Bety, Silas, _Panzilão, Zé Aranha. De lá, era só um pulo para ver seu Lídio dar show no Canecão e com toda alegria, Januário Boca Rica ostentava seus dentes,  todos de ouro.
Bacabal viveu épocas cinematográficas, já teve 42 usinas de arroz pilando dia e noite, teve os colégios de segundo grau Santa Rosa, Nossa Senhora dos Anjos, Governador Sarney, Gunnar Vingrem, Batista, Municipal e Alfredo Benna, teve tres times de futebol profissional, o BEC, o Mearim e o Americano, teve dois restaurantes flutuantes, teve boates, teve clubes sociais como Varguard, Icarai e União, teve hospitais como o Santa Terezinha e o Laura Vasconcelos, teve grandes festivais, grandes carnavais, praças públicas(hoje a maioria é privada), jogos escolares, olimpiadas estudantil . Já tivemos campos de pelada como o do Ginásio, do Rato, Maracalama, do Feijão,da  Barroca, já tivemos um belo Balneário Verão e dois cinemas, o Cine Kennedy e o Cine Ideal.
Houve um tempo em que podíamos nos divertir sem medo de ser assaltado, de ser morto, andávamos a pé de uma ponta a outra da cidade.

Já tivemos comerciantes fortes como Pedro Seguins, Tonico Braga, Gerson Sales, os pecuaristas Dr. Otavio Pinho, José Maria Milhomem, os Jornalistas Pedro Santos e Bobim, aqui já teve até bacaba.

Quero ressuscitar aqui, pessoas que eu conheci e contribuíram para que Bacabal chegasse até aqui:

Alberto Cardoso, Zeca lago, Washinton Bringel, Wellington Nogueira, Bulão, Pai Véi, Terezinha França, Chiquinho Veloso, Geraldo Cortês, Dr. Francisco Dias, Dr. Antônio Augusto, Dr.Deusimar,  Dr. Ribamar,Adriana, Marlete Santos, Dona Cassiana, Alberto, Dona Zezé Branco, seu Justino, Tamió, Dona Bebé, Alberto Trabulsi, Zequinha Leite, Benedito Leite, Raimundo Nunes, Nato Nunes, Iranor, Kebeca, Velman, Rennan, Fedora,  Jânio Chaves, Raimundinho, Sílvio, Assisinho, Flávio Alves, Mundiquinho, Mundinha, Nhá Bá, (.................) cabe mais centenas de nomes.

 Gostaria  aqui, de todo coração, ressuscitar a queridíssima Maria Oliveira Veloso, a dona Cotinha mãe de Zé Alberto atual prefeito de Bacabal, para que ela puxasse a orelha dele e dissesse: Cuida bem dessa cidade pois essa cidade é sua.

Com as graças das nossas padroeiras Santa Terezinha e Nossa Senhora da Conceição e com as bênçãos da santa filha da terra Edite, Bacabal vai ter um jeito e pelo jeito, não vai demorar muito. 

Só cabe a nós vivos.




















































































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