A
presidenta Dilma Rousseff se manifestou, pelas redes sociais, contra
a redução da maioridade penal. A admissibilidade da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, foi
aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no fim de março e
uma comissão especial foi instalada para analisar o texto.
“Não
podemos permitir a redução da maioridade penal. Lugar de meninos e meninas é na
escola. Chega de impunidade para aqueles que aliciam crianças e adolescentes
para o crime”, escreveu Dilma em seus perfis nas redes sociais Twitter e
Facebook.
A
presidenta disse que a redução da maioridade seria “um grande retrocesso” para
o país e que não resolveria os problemas de jovens em conflito com a lei. Dilma
defende que a punição nesses casos obedeça medidas já previstas no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA).
“Reduzir
a maioridade penal não vai resolver o problema da delinquência juvenil. Isso
não significa dizer que eu seja favorável à impunidade. Menores que tenham
cometido algum tipo de delito precisam se submeter a medidas socioeducativas, que
nos casos mais graves já impõem privação da liberdade. Para isso, o país tem
uma legislação avançada: o Estatuto da Criança e do Adolescente, que sempre
pode ser aperfeiçoado”, avaliou.
Nos
posts, Dilma
disse que orientou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a iniciar uma
“ampla discussão” para aprimoramento do ECA. “É uma grande oportunidade para
ouvirmos em audiências públicas as vozes do nosso país durante a realização
deste debate”. A presidenta também defendeu mudanças na legislação para endurecer
a punição para adultos que aliciam jovens para o crime organizado.
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