sexta-feira, 16 de outubro de 2015

EXPLODIR CAIXA ELETRÔNICO VIROU PRAXE NO MARANHÃO

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 A população de vários municípios do Maranhão está cada vez mais estupefata com uma prática que vem se tornando comum: a explosão de agências bancárias por bandidos. Dados do Sindicato dos Bancários do Estado do Maranhão (SEEB) mostram que só neste mês sete bancos já foram pelos ares por explosivos no estado. De janeiro para cá, já foram 43 agências alvo dos bandidos.

A prática leva terror às cidades, tamanha a violência e a grande quantidade de explosivos utilizados para garantir, à força, o acesso aos cofres das agências e retirar o máximo ou todo o dinheiro. E o mais agravante é que o risco à segurança e ao patrimônio não atinge somente os bancos. Os imóveis residenciais e comerciais localizados próximo às agências também podem ser atingidos, o que provoca medo maior aos habitantes.

Isso sem falar no risco de as pessoas serem atingidas por balas perdidas durante a fuga dos bandidos, caso sejam interceptados pela polícia. Permanecer na praça ou em frente às casas ou em bares – cena comum em municípios do interior – hoje é um grande risco. Já houve até um caso, neste ano, em que pessoas que estavam em um bar acabaram reféns de bandidos que ainda as obrigaram a carregar o cofre do banco alvo da ação explosiva. Por medo, as pessoas tiveram que ajudar o bando a levar o cofre. Foi o preço da sobrevivência.

E a prática delituosa vai se disseminando pelo estado, pois os bandidos vão passando de um município para outro tendo como principais alvos os bancos, levando consigo também cenas de terror e deixando a população apavorada. Ter banco em uma cidade, atualmente, passou a ser sinônimo de medo, em vez de comodidade e necessidade.

E os prejuízos não são só financeiros para o banco. A explosão também provoca muitos prejuízos para a economia do município e para a população, que fica sem ter como pagar contas, sacar ou depositar dinheiro e utilizar outros serviços, já que na grande maioria dos municípios há somente uma agência bancária.
Ontem, por exemplo, a explosão da única agência bancária existente em Lima Campos – do Banco do Brasil – deixou a população, além de apavorada, sem banco.

Sem unidades funcionando nos municípios, muitas pessoas têm que viajar para outras cidades em busca do serviço, arriscando­se também em viagens perigosas e longas e a serem alvos de assaltantes, que acabam ficando de olho nesse movimento de clientes em busca de serviços bancários.


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