Morreu na noite de
ontem, quarta-feira (10) em Campina
Grande, o cordelista e embolador de coco Antonio Patrício de Sousa, conhecido
em todo o Nordeste e em vários estados do Brasil por Toinho da Mulatinha, nome
que se originou em virtude ter nascido no sítio Mulatinha, município de
Esperança (PB). Toinho da Mulatinha morreu aos 89 anos, de causas naturais, na
casa onde viveu por mais de 60 anos, na rua Santo Antonio, 327, bairro de Santo
Antonio.
O cordelista sofria de diabetes, era aposentado e quase não saia mais de casa em virtude dos problemas de saúde que enfrentava. Uma de suas últimas aparições em público aconteceu no final de 2014, quando ele foi homenageado pelo Museu de Arte Popular (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), pelos seus mais de 60 anos de atuação na cultura popular, como cordelista e embolador de coco. No dia do evento, Toinho falou sobre sua vida e trabalho artístico em uma entrevista gravada, que está disponível no MAPP.
PERFIL
Nascido Antonio Patrício aos 22 de outubro de 1927, irmão do famoso Dedé da
Mulatinha (José Patrício) – já falecido – e outros nove irmãos, este agricultor
da Mulatinha, município de Esperança/PB, aprendeu apenas as primeiras letras do
ABC. No entanto, estas lhe foram suficientes para ganhar o mundo e a fama, e em
especial, a cultura popular.
Começou a cantar coco em 1940 e em 45 já publicava seu primeiro cordel: “A Viagem Sagrada”, seguindo-se outros oitenta e tantos títulos.
Pai de dez filhos, não obteve o retorno do bem que fez a cultura popular, mas guarda no seu âmago as lembranças das viagens que fez pelo Brasil com seu irmão Dedé. Ele gravou dois LPs e recebeu homenagens em Pernambuco e em Brasília.
Os seus versos sempre foram elogiados pelo povo e pelos estudiosos da cultura popular.
Começou a cantar coco em 1940 e em 45 já publicava seu primeiro cordel: “A Viagem Sagrada”, seguindo-se outros oitenta e tantos títulos.
Pai de dez filhos, não obteve o retorno do bem que fez a cultura popular, mas guarda no seu âmago as lembranças das viagens que fez pelo Brasil com seu irmão Dedé. Ele gravou dois LPs e recebeu homenagens em Pernambuco e em Brasília.
Os seus versos sempre foram elogiados pelo povo e pelos estudiosos da cultura popular.
Eis aqui um pequeno exemplo da sua
versatilidade:
“Em Sodoma tão falada/
Passei uma hora só/
Lá vi a mulher de Ló/
Numa pedra transformada/
Dei uma talagada/
Com caldo de mocotó/
E saí batendo o pó/
Adiante vi Simeão/
Tomando café com pão/
Na barraca de Jacó”.
Passei uma hora só/
Lá vi a mulher de Ló/
Numa pedra transformada/
Dei uma talagada/
Com caldo de mocotó/
E saí batendo o pó/
Adiante vi Simeão/
Tomando café com pão/
Na barraca de Jacó”.
(Extraído do cordel: Uma viagem
sagrada, 1945)
FOLHETOS DE SUA AUTORIA
Almanaque pernambucano brasileiro para o ano de 1957, Campina Grande, a viola e as belezas do nordeste, O casamento de Bernardo com Maria do Saguím ou o rapaz que casou-se e correu com medo da mulher, A Paixão de Cristo, As missões de Frei Damião em Bom Jardim e a tempestade em Limoeiro, As missões de Frei Damião em Soledade e os castigos de um amancebado, O povo chora com pena do frade Frei Damião, O desastre de ônibus que atropelou uma procissão e matou vinte e três pessoas em Currais Novos, A História do desastre da Lagoa do Parque Solon de Lucena em João Pessoa, entre muitos outros.
Almanaque pernambucano brasileiro para o ano de 1957, Campina Grande, a viola e as belezas do nordeste, O casamento de Bernardo com Maria do Saguím ou o rapaz que casou-se e correu com medo da mulher, A Paixão de Cristo, As missões de Frei Damião em Bom Jardim e a tempestade em Limoeiro, As missões de Frei Damião em Soledade e os castigos de um amancebado, O povo chora com pena do frade Frei Damião, O desastre de ônibus que atropelou uma procissão e matou vinte e três pessoas em Currais Novos, A História do desastre da Lagoa do Parque Solon de Lucena em João Pessoa, entre muitos outros.
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