Faz pouco mais de um mês que o Jornal
Nacional mostrou dezenas de carros abandonados acumulando água
parada no pátio de um órgão federal da saúde no Maranhão. O JN voltou para
ver o que mudou de lá para cá.
Os carros estão amontoados no pátio dos fundos do
prédio da Funasa – Fundação Nacional de Saúde. São dezenas de veículos velhos e
abandonados cobertos com plásticos, que acabam acumulando muita água parada.
Em fevereiro, o Jornal
Nacional mostrou que os carros estavam jogados na parte da frente do
pátio da Funasa. Acumulavam água parada e larvas de mosquitos, ambiente
perfeito para a reprodução do Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya
e zika. E o perigo era maior porque os veículos estavam ao lado do hospital
estadual Getúlio Vargas, que trata de pacientes com Aids e tuberculose e têm
baixa imunidade.
Depois da reportagem, a direção da Funasa de
Brasília foi ao Maranhão e prometeu providências imediatas.
“O leilão e todos os carros que aqui estão. Os que
não podem ser leiloados serão depositados em outro local longe da área urbana e
longe do hospital Getúlio Vargas”, disse Henrique Pires, presidente da Funasa,
em 14 de fevereiro.
Parte dos veículos foi retirada no dia seguinte e
levada para os fundos. Mas o perigo continua.
Tudo foi feito no improviso. Os carros foram
cobertos com plásticos e fixados com pedras, pedaços de pau e barbante. E a
impressão é que se tem ainda mais água parada acumulada do que a vez anterior
em que o JN esteve lá.
Cada uma das dobras dos plásticos acumula água
parada e são muitas as larvas criadas nas pequenas poças. Os mosquitos também
estão por toda parte. Difícil fugir deles na hora de filmar.
Há larvas de mosquitos também nos carros que
continuam perto do hospital. É que nem todos foram retirados.
Entre as atribuições da Fundação Nacional de Saúde
está a prevenção de doenças no país. Mas o que se vê no pátio da Funasa é tudo
o que não se deve fazer para evitar que mosquito que transmite a dengue, a
chikungunya e a zika continue se reproduzindo.
O superintendente da Funasa no Maranhão disse que
uma equipe faz a limpeza e a retirada da água dos plásticos em dias alternados
e que abriu processo para o leilão dos veículos. Mas ainda não tem prazo para
resolver o problema.
“Às vezes a vontade do administrador é de
resolver para ontem, é de resolver de imediato, mas as burocracias
administrativas e a legislação existente no nosso país às vezes não nos
permitem fazer as coisas em tempo mais ágil”, afirmou André Campos
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