O
governador Flávio Dino (PCdoB) diz-se indignado com a delação do ex-executivo
da Odebrecht, José de Carvalho Filho, que apontou pagamento de R$ 200 mil ao
comunista nas eleições de 2010. Mas Dino não é visto cobrando apuração rápida
para provar a inocência. Pelo contrário, ele já tem atuado é para barrar os
avanços da Lava Jato.
O
governador faria parte de uma espécie de confraria de delatados – do PT, PCdoB,
PSDB, PMDB – para tentar dar um freio na operação. O assunto foi pauta do fim
de semana do jornal Folha de S. Paulo, que revelou até um suposto contato sobre
o tema entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio
Lula da Silva (PT).
A folha
ouviu o próprio Flávio Dino, que falou de uma batalha entre o que chamou de
“Partido da Lava Jato e o Lulismo”. “Há até uma data de lançamento desse
confronto: 3 de maio, em Curitiba”, disse Dino, à coluna Painel.
3 de maio será o dia do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro.
3 de maio será o dia do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro.
Mas o
“pacto de afogados” foi proposto por Flávio Dino em seus próprios perfis de
redes sociais. No Twitter, ele propôs um acordo dos partidos de centro e de
esquerda para buscar uma saída institucional. E completou: “Fora da Política,
não há salvação real”.
Desde o
início da Operação Lava Jato, Flávio Dino já navegou em várias frentes.
Comemorou a simples citação de adversários, fez festa com depoimentos que
apontavam outros partidos e até se envolveu em embates com o juiz Sérgio Moro.
Mas agora, pilhado na operação, ele age em causa própria, propondo o pacto de
afogados.
Da
coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão
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