Talvez para muita gente, até a queda do avião da Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, na sexta-feira (09), quando 61 pessoas que estavam a bordo morreram em Vinhedo-SP, não haviam se atentado para o aumento dos acidentes aéreos no Brasil.
Só que lamentavelmente, os desastres com pequenas aeronaves têm se tornado mais frequentes no Brasil, onde o número de acidentes aéreos no ano passado foi o maior desde 2018, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
Foram 155 casos em 2023, um número 13% mais alto do que o de 2022 — o equivalente, em média, a um acidente aéreo a cada dois dias e meio. A taxa de fatalidades também subiu, passando de 49 para 72 mortes. De acordo com o CENIPA, os três principais fatores que contribuíram para os desastres na última década foram a perda de controle em voo, a colisão com obstáculo durante a decolagem ou pouso e falhas no motor.
No entanto, o acidente aéreo de Vinhedo é o sinistro com o maior número de vítimas desde a tragédia da TAM, em 2007 no Aeroporto de Congonhas, quando tivemos 199 mortos.
Quem sabe agora, com a queda de um voo com uma quantidade maior de passageiros, as autoridades possam dar uma atenção ainda maior para o transporte aéreo no Brasil, pois do contrário seguiremos registrando e lamentando acidentes fatais.
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