sexta-feira, 13 de setembro de 2013

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O Senado aprovou ontem, em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição que determina a perda imediata de mandato a parlamentar condenado em sentença definitiva. De autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) a PEC dispõe sobre aquilo que é óbvio para a população. Ora, se o parlamentar foi investigado, processado e condenado, após esgotadas todas as possibilidades de recurso o que ainda podem fazer seu pares?

Votar pela permanência dele como Deputado ou Senador? É algo que não cabe na cabeça de ninguém. Opa! de quase ninguém. Na cabeça privilegiada do senador João Alberto, isso é perfeitamente legítimo. E olhe que João Alberto é o presidente do Conselho de Ética do Senado.

Na votação de ontem, 61 senadores votaram a favor da PEC. Apenas João Alberto votou contra. A PEC não é nova, estava há um bom tempo nas gavetas do Senado, até que o presidente Renan Calheiros resolveu resgatá-la, preocupado com a voz das ruas que condena a votação realizada na Câmara e que manteve no mandato o condenado Natan Donadon.

O voto de João Alberto, na via inversa daquela que trilha o interesse popular não é novidade. Há um tempo ele declarou à revista Carta Capital que os maranhenses moram em casas de taipa porque gostam. Na visão do nobre senador, seria uma questão cultural.

Ontem, no Senado, João Carlos Valadares, senador pelo Sergipe, ainda tentou salvar a imagem de João Alberto. Ao microfone disse que na sua avaliação teria sido um erro. João Alberto enfatizou que votou consciente: "Eu não tiro a minha prerrogativa de examinar, mesmo que o tribunal tenha achado por bem cassar um parlamentar. É um direito nosso".

Esqueceu de que os interesses populares devem prevalecer sobre os interesses particulares de cada parlamentar. 
O resultado de tudo isso
- A PEC segue para a Câmara, para ser votada pelos deputados em dois turnos;
- O povo maranhense segue a vida com a sua cultura de morar em casa de palha e eleger representantes que ignoram os anseios populares
- João Alberto, um pouco decepcionado que os colegas tenham cedido aos apelos da sociedade,  segue como Senador e presidente do Conselho de Ética. 


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