PALAVRAS DA MODA E VÍCIOS DE LINGUAGEM
Quando estudante lá
em Manhuaçu, fazendo o Curso de Contabilidade (Ensino Médio), naquela
época (já tem um bom tempo, né?), aprendi com meu professor de Português
(infelizmente, me foge o nome), um Juiz de Direito de muito gabarito e
conhecimento, a evitar (abominar, mesmo) o uso de palavras que estão na moda,
os chamados vícios de linguagem. Esses vícios quando caem no gosto do povo
pela repetição (à exaustão) se transformam numa "praga", numa
epidemia. Exemplo? "Tipo assim" (esta é a primeira) "até
porque" (a segunda), "enfim" (a terceira)
e "então" (a quarta).
Uns tempos atrás,
na época do programa humorístico "Balança mais não cai" e
"Planeta dos Homens", o vício predominante era o "A NÍVEL
DE" e "de de repente", a ponto do Agildo Ribeiro
juntar os dois, ironicamente, formando o "a nível de de repente"
em suas falas.
Hoje, colecionei nesta
mesma página os principais bordões das novelas que ficaram na boca do
povo, formando um sem número de vícios de linguagem, se bem que não feriam os
ouvidos como o ATÉ PORQUE, o ENFIM, o TIPO ASSIM e o ENTÃO. Minha crítica vai
se resumir nesses quatro. Poderia "nominar" outros, talvez centenas,
uns "copiados" dos americanos, outros que surgiram de sucessos
musicais, filmes, peças teatrais, por aí afora (evito o etc).
O até porque caiu nas
graças de todo mundo, é repetido por uns e por todos, pelos letrados e
poucos letrados. Os mais letrados gostam de repetir e terminar a conversa,
quando a frase exigiria uns três pontinhos, com o enfim.
Então, para
encerrar, tudo acaba em enfim, até porque, a nível de de de repente, veja
bem, por incrível que pareça, é isso mesmo.
Um abraço (mesmo que a
pessoa a quem o "abraço" se destina esteja bem à frente).
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