domingo, 10 de novembro de 2013

COLUNA DO JAMIR LIMA

PALAVRAS DA MODA E VÍCIOS DE LINGUAGEM



Quando estudante lá em Manhuaçu, fazendo o Curso de Contabilidade (Ensino Médio), naquela época (já tem um bom tempo, né?), aprendi com meu professor de Português (infelizmente, me foge o nome), um Juiz de Direito de muito gabarito e conhecimento, a evitar (abominar, mesmo) o uso de palavras que estão na moda, os chamados vícios de linguagem. Esses vícios quando caem no gosto do povo pela repetição (à exaustão) se transformam numa "praga", numa epidemia. Exemplo? "Tipo assim" (esta é a primeira) "até porque" (a segunda), "enfim" (a terceira) e "então" (a quarta).

Uns tempos atrás, na época do programa humorístico "Balança mais não cai" e "Planeta dos Homens", o vício predominante era o "A NÍVEL DE" e "de de repente", a ponto do Agildo Ribeiro juntar os dois, ironicamente, formando o "a nível de de repente" em suas falas.

Hoje, colecionei nesta mesma página os principais bordões das novelas que ficaram na boca do povo, formando um sem número de vícios de linguagem, se bem que não feriam os ouvidos como o ATÉ PORQUE, o ENFIM, o TIPO ASSIM e o ENTÃO. Minha crítica vai se resumir nesses quatro. Poderia "nominar" outros, talvez centenas, uns "copiados" dos americanos, outros que surgiram de sucessos musicais, filmes, peças teatrais, por aí afora (evito o etc).

O até porque caiu nas graças de todo mundo, é repetido por uns e por todos, pelos letrados  e poucos letrados. Os mais letrados gostam de repetir e terminar a conversa, quando a frase exigiria uns três pontinhos, com o enfim.
Então, para encerrar, tudo acaba em enfim, até porque, a nível de de de repente, veja bem, por incrível que pareça, é isso mesmo.
Um abraço (mesmo que a pessoa a quem o "abraço" se destina esteja bem à frente).



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