Uma missa, no fim da tarde de ontem, na Igreja Nossa Senhora da
Conceição (Monte Castelo), lembrou os dois anos da morte do jornalista de O
Estado e blogueiro, Décio Sá, assassinado no dia 23 de abril de 2012, quando se
encontrava em um ba e restaurante na Avenida Litorânea. Familiares, dentre eles
a viúva de Décio, Silvana Sá (que não quis dar entrevista), e amigos estiveram
presentes à homenagem.
Durante a missa, celebrada pelo padre Aguinaldo Costa, foram
feitas menções ao falecimento do jornalista. "Ele [Décio] tinha uma
importância muito grande para o meio da comunicação do nosso estado. Peço a
Deus que proteja todos os jornalistas, que, muitas vezes, convivem com o
perigo e risco de vida", disse.
Um dos mais emocionados durante a missa era Domingos da Paz Sá, de
48 anos, primo de Décio Sá. "Convivi com o Décio por vários anos, desde
que éramos crianças. Tinha um apreço e um carinho muito grande por ele e até
hoje é difícil me conformar com sua morte, tão dura para todos da
família", disse.
Ainda segundo ele, são necessárias medidas mais eficazes de
segurança, para que casos como o de Décio Sá não se repitam. " De repente,
tudo acaba, devido à maldade do homem. Somente Deus poderá continuar nos dando
força para superar essa dor", afirmou.
Justiça - A irmã de Décio Sá Vilenir Rosário disse que "ainda
falta ser feita justiça à família de Décio". Segundo ela, é necessária a
revisão das penas dos dois acusados pela morte de seu irmão. "O Jhonatan,
assassino confesso, por exemplo, não vai ficar mais do que sete anos na cadeia.
Isso é muito pouco. Ele [Jhonatan] e sua defesa sabem disso e, no entanto,
pouca coisa está sendo feita para a reversão do caso. Foi feito o pedido de
revisão das penas dele [Jhonatan] e do Marcos Bruno [envolvido no caso] que
esperamos que seja bem sucedido", disse.
Vilenir Rosário disse que a vida dela mudou depois da morte de
Décio Sá. "Eu era muito apegada ao Décio. Depois que ele faleceu, fiquei
desmotivada para fazer minhas tarefas diárias e estou menos descontraída até
mesmo dentro de casa. O que aconteceu com o Décio jamais será apagado e também
a minha vida não será mais a mesma, aconteça o que acontecer daqui para frente",
disse.
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