Bolo, um Imbroglio trapalão
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José Clecio, Sec. de Cultura |
Em clima de expectativa, muitos
artistas locais, principalmente da música, esperam uma decisão do secretário
municipal de cultura, José Clécio e do prefeito José Alberto Veloso, quanto a
realização de um arraial municipal na praça São José, a praça do Bolo.
Dezenas de artistas são favoráveis a
retirada do famoso bolo para que a praça ganhe mais espaço e o palco fique visível,
pois o artefato, tanto enfeia como inviabiliza a visualização de quem se apresenta.
Maestro Victor Paraiba |
É notório que irá aparecer quem seja
contra, mas, uma coisa tão insignificante e tão inútil, tudo em nome da tradição, não pode se
perpetuar em detrimento a outros fins, principalmente os culturais. O maestro, professor
e diretor da escola de música Santa Cecília tem uma opinião formada sobre a
retirada do bolo e a realização de um arraial na praça. “Se querem continuar com a tradição, tudo bem, quebrem aquele que
está lá e façam um palco em formato de bolo pois com a viabilidade,
centralização e todos os atributos que a praça tem, um arraial ali seria de relevante importância para Bacabal e para seus artistas “afirma o maestro Victor Paraiba.
Cantor e compositor Perboire |
A simbologia “bolo”, ao ponto de vista
tradição, pode até significar alguma coisa para o apelido da praça, mas a olhos
nus, é um amontoado de pedra e cimento que vandalizado, já virou canteiro de oportunistas
gramíneas (capim), local de pichação, o que pode ser
constatado com um simples olhar. “Nós,
artistas, precisamos de um espaço aconchegante para nossos shows, nossas
apresentações e a praça São José é o melhor que temos, isso pela sua estrutura
e sua localização”, diz o cantor e compositor Perboire Ribeiro.
Na matéria postada por esse blog, no
domingo passado, 27/4, PRAÇA SÃO JOSÉ NA PAUTA DO SÃO JOÃO -
SEM O BOLO, um leitor anônimo,
comentou: “Olha Zé Lopes, é com grande
insatisfação que leio esta matéria. Por mais que aquele bolo atrapalhe uma
comemoração de alguns dias, ou supostas apresentações é preciso que se leve em
conta que a cidade é detentora de três grandes espaços para se idealizar
eventos de grande porte, como no caso as festanças juninas. A praça conhecida
por Do Bolo, já faz parte da memória
Palco inativo |
arqueológica do município, é de indignar a
postura de uma minoria em querer tornar essa praça um clube. Agora não sei se
por trás de tal fato, derrubar o bolo, se esconde mais uma falcatrua para
economizar dinheiro para que assim não se gaste muito estruturando o Centro
Cultural. A praça tem sim seus atributos e contribuições para a prática de
manifestações culturais. Reafirmo, a intenção do projeto da praça em questão
não foi feito para acatar grandes eventos. Por que não reestruturar a praça Cleomenes
falcão? Que hoje abriga latas de brinquedo? Circos? Isso é inadmissível!!!!
O que se conclui no comentário do anônimo, é um certo ar de revolta, não pela
otimização da praça, mas pelo lado político, o que não representa a luta dos
artistas. Já que ele leu com insatisfação a matéria, poderia muito bem
encabeçar um movimento a favor da otimização de outras praças que ele mesmo
citou. Os artistas agradeceriam. Quem visita a praça São José, pode constatar a
sua depredação, tudo quebrado, enferrujado, escuro, pichado, pista de skate, abrigo de
desocupados, quadra de futebol, coisas que não condizem com o seu objetivo. Que
romantismo é esse?
Músico Antônio Carlos |
O músico, compositor e cantor Antônio Carlos,
também vê com bons olhos, a retirada do bolo e a realização de um arraial
municipal na praça:”É um excelente lugar para
as manifestações culturais, é um espaço bem centralizado e com tudo que um
artista precisa para se apresentar. Espero que o secretário José Clécio e o
prefeito José Alberto, se sensibilizem e fiquem do lado dos artistas, pois só
assim teremos, realmente, uma cultura com visibilidade e forte, pois para isso,
o que falta é espaço adequado e a praça sem o bolo é um” declara Antônio
Carlos.
Empresária Janete |
Já para a comerciante Janete Waléria,
o arraial municipal fica bem melhor na enormidade da avenida de acesso, pois
para o seu tipo de negócio, venda de comida típica, é mais viável que a praça do
Bolo.
O certo é que esse “bolo” literalmente
generalizado, ainda vai dar muito bolo e a classe artística já prepara um documento
com assinaturas, para que a praça São José sofra modificações e se adeqüe ao
moderno, virando realmente, um espaço para que nossos artistas possam mostrar
sua arte.
Bolo pichado, quebrado, canteiro de capim |
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