segunda-feira, 3 de novembro de 2014

COLUNA DO DODÓ - VIOLÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL



Por: Claudson A. de Oliveira (Dodó Alves)

Definindo a violência - abordaremos o tema da Violência e vamos aplicar a inteligência para aprender a literatura especializada. Neste sentido há diversos estudos sobre a violência, portanto, trata-se de um assunto muito complexo, difuso e múltiplo.
Diante disso, não vamos estabelecer um modelo oficial de pesos e medidas, ou seja, aquilo que serve de fundamento ou norma para avaliação da Violência e Segurança Pública no Brasil.
 Vamos trazer a reflexão de autores e pesquisas sobre a violência. Para o bom desenvolvimento da Edição Dominical.
Desta forma vamos comentar sobre a Violência - não é uma forte desaprovação de características ou crenças pessoais que vão contra normas culturais da sociedade contemporânea.
Ela acompanha o homem desde tempos imemoriais, mas, a cada tempo, ela se manifesta de formas e em circunstâncias diferentes. Não há quem não identifique uma ação ou situação violenta, porém conceituar violência é muito difícil visto que a ação geradora ou sentimento relativo à violência pode ter significados múltiplos e diferentes dependentes da cultura, momento e condições nas quais elas ocorrem.
Na Idade Média, certos procedimentos violentos eram formas de demonstração de amor a Deus. Nessa mesma época, havia a prova do ordálio, que consistia em submeter o suspeito de crime ou de falso amor a Deus a ter que segurar uma barra de ferro em brasa para provar sua inocência. Caso não se queimasse, seria absolvido como prova da verdade e do amor divino. Contudo, atitudes como essa e o autoflagelo são inadmissíveis nos dias atuais para o bom senso do cidadão comum e dentro da nossa cultura é inadmissível aos Direitos Humanos, que o leitor deste blog, poder ler uma coluna todos os Domingos nos Blogs do Abel Carvalho e do Zé Lopes.
A violência como assunto central de discussão na sociedade brasileira. Dos meios de comunicação de massa representados por programas de TVs com mais de duas horas, como também às discussões governamentais e passando pelo debate acadêmico, a violência toma o imaginário e as ações das pessoas.
O cotidiano das pessoas está invadido pela violência, pensando assim. Temos a  sensação  que se vive numa época mais violenta e insegura, mesmo que tais comparações tenham poucas constatações empíricas.
 Além disso, a violência não é a mesma de um período para o outro, o espaço público, principalmente as ruas, torna-se lugar preferencial do crime. Contudo, até lugares considerados seguros não estão imunes à violência, porquanto há violência no lar e na escola.
Para finalizarmos a nossa 1ª Edição, vejamos o pensamento de Michaud/89, em definição de parecer sobre a Violência: [...] há violência quando, numa situação de interação, um ou vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, acusando danos a uma ou várias pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e culturais.
E mais na visão de Bobbio:

Por Violência entende-se a intervenção física de um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo (ou também contra si mesmo). Para que haja Violência é preciso que a intervenção física seja voluntária: o motorista implicado num acidente de trânsito não exerce a Violência contra as pessoas que ficaram feridas, enquanto exerce Violência quem atropela intencionalmente uma pessoa odiada. Além disso, a intervenção física, na qual a Violência consiste, tem por destruir, finalidade ofender e coagir. É Violência a intervenção do torturador que mutila sua vítima; não é Violência a operação do cirurgião que busca salvar a vida de seu paciente. Exerce Violência quem tortura, fere ou mata; quem, não obstante a resistência, imobiliza ou manipula o corpo de outro; quem impede materialmente outro de cumprir determinada ação. Geralmente a Violência é exercida contra a vontade da vítima. Existem, porém, exceções notáveis, como o suicídio ou os atos de Violência provocados pela vítima com finalidade propagandística ou de outro tipo.

O que é a violência para você?

Como ela interfere em sua vida?

Na sociedade?

No dia-a-dia?

Este blog abrirá espaço para comentários das  perguntas acima.

Na Segunda Edição, vamos editar as categorias das Violências, como também os diversos modos de produção da violência e as características de quem comete o ato de violência.

Referências Bibliográficas:

ROCHA, Alexandre, Violência e Segurança Pública no Brasil.

ADORNO, Sérgio, Entrevista com Sérgio Adorno.

WIEVIORKA, Michel, O Novo Paradigma da Violência.

SOUZA, Luiz Antônio Francisco, Políticas Públicas e a área da segurança no Brasil. Debate em torno de um novo paradigma.

BOBBIO, Norberto, Violência e Dicionário de Política.

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