Por: Claudson A. de Oliveira (Dodó Alves)
Definindo a violência -
abordaremos o tema da Violência e vamos aplicar a inteligência para aprender a
literatura especializada. Neste sentido há diversos estudos sobre a violência,
portanto, trata-se de um assunto muito complexo, difuso e múltiplo.
Diante disso, não vamos
estabelecer um modelo oficial de pesos e medidas, ou seja, aquilo que serve de
fundamento ou norma para avaliação da Violência e Segurança Pública no Brasil.
Vamos trazer a reflexão de
autores e pesquisas sobre a violência. Para o bom desenvolvimento da Edição
Dominical.
Desta forma vamos comentar sobre
a Violência - não é uma forte desaprovação de características ou crenças
pessoais que vão contra normas culturais da sociedade contemporânea.
Ela acompanha o homem desde
tempos imemoriais, mas, a cada tempo, ela se manifesta de formas e em
circunstâncias diferentes. Não há quem não identifique uma ação ou situação
violenta, porém conceituar violência é muito difícil visto que a ação geradora
ou sentimento relativo à violência pode ter significados múltiplos e diferentes
dependentes da cultura, momento e condições nas quais elas ocorrem.
Na Idade Média, certos
procedimentos violentos eram formas de demonstração de amor a Deus. Nessa mesma
época, havia a prova do ordálio, que consistia em submeter o suspeito de crime
ou de falso amor a Deus a ter que segurar uma barra de ferro em brasa para
provar sua inocência. Caso não se queimasse, seria absolvido como prova da
verdade e do amor divino. Contudo, atitudes como essa e o autoflagelo são
inadmissíveis nos dias atuais para o bom senso do cidadão comum e dentro da
nossa cultura é inadmissível aos Direitos Humanos, que o leitor deste blog,
poder ler uma coluna todos os Domingos nos Blogs do Abel Carvalho e do Zé Lopes.
A violência como assunto central
de discussão na sociedade brasileira. Dos meios de comunicação de massa
representados por programas de TVs com mais de duas horas, como também às
discussões governamentais e passando pelo debate acadêmico, a violência toma o
imaginário e as ações das pessoas.
O cotidiano das pessoas está
invadido pela violência, pensando assim. Temos a sensação que se
vive numa época mais violenta e insegura, mesmo que tais comparações tenham
poucas constatações empíricas.
Além disso, a violência não
é a mesma de um período para o outro, o espaço público, principalmente as ruas,
torna-se lugar preferencial do crime. Contudo, até lugares considerados seguros
não estão imunes à violência, porquanto há violência no lar e na escola.
Para finalizarmos a nossa 1ª
Edição, vejamos o pensamento de Michaud/89, em definição de parecer sobre a
Violência: [...] há violência quando, numa situação de interação, um ou vários
atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, acusando danos a
uma ou várias pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja
em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e
culturais.
E mais na visão de Bobbio:
Por Violência entende-se a
intervenção física de um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo (ou
também contra si mesmo). Para que haja Violência é preciso que a intervenção
física seja voluntária: o motorista implicado num acidente de trânsito não
exerce a Violência contra as pessoas que ficaram feridas, enquanto exerce
Violência quem atropela intencionalmente uma pessoa odiada. Além disso, a
intervenção física, na qual a Violência consiste, tem por destruir, finalidade
ofender e coagir. É Violência a intervenção do torturador que mutila sua
vítima; não é Violência a operação do cirurgião que busca salvar a vida de seu
paciente. Exerce Violência quem tortura, fere ou mata; quem, não obstante a
resistência, imobiliza ou manipula o corpo de outro; quem impede materialmente
outro de cumprir determinada ação. Geralmente a Violência é exercida contra a
vontade da vítima. Existem, porém, exceções notáveis, como o suicídio ou os
atos de Violência provocados pela vítima com finalidade propagandística ou de
outro tipo.
O que é a violência para você?
Como ela interfere em sua vida?
Na sociedade?
No dia-a-dia?
Este blog abrirá espaço para
comentários das perguntas acima.
Na Segunda Edição, vamos editar as categorias das
Violências, como também os diversos modos de produção da violência e as características
de quem comete o ato de violência.
Referências Bibliográficas:
ROCHA, Alexandre, Violência e Segurança Pública no
Brasil.
ADORNO, Sérgio, Entrevista com Sérgio Adorno.
WIEVIORKA, Michel, O Novo Paradigma da Violência.
SOUZA,
Luiz Antônio Francisco, Políticas Públicas e a área da segurança no Brasil.
Debate em torno de um novo paradigma.
BOBBIO,
Norberto, Violência e Dicionário de Política.
Nenhum comentário:
Postar um comentário