A decisão da governadora Roseana
Sarney (PMDB) de não mais se candidatar a senadora na eleição deste ano e ficar
no cargo até o fim do mandato, por algum tempo fez parecer que a líder do grupo
que será oposição a partir de janeiro de 2015 estaria mesmo se afastando
definitivamente da vida política. Os mais recentes movimentos da peemedebista e
algumas de suas declarações, no entanto, levam a crer que, mesmo que 2015 seja
um “ano sábatico” – como ela mesmo definiu que seria – um retorno às disputas
eleitorais não parece uma realidade distante.
Roseana só afirma que continuará
atuando politicamente, mas descarta disputar novos mandatos. Para os aliados mais
próximos, no entanto, há várias possibilidades para a governadora já a partir
de 2015.
Ainda em 2010, quando se reelegeu
governadora pela quarta vez, Roseana já dizia que não pretendia mais disputar
eleições. Cumpriu a promessa este ano, apesar dos apelos dos aliados para que
disputasse a vaga no Senado, para a qual foi eleito o socialista Roberto Rocha.
O dia 30 de setembro marcou a primeira
vez em que Roseana admitiu a possibilidade de retorno à vida política. Na
ocasião, durante a entrega de uma Unidade de Segurança Comunitária (USC) do
Coroadinho, Roseana disse que não iria “largar a política” e deu a entender que
descansaria em 2015 para, então, retornar à lide em 2016.
“Não vou me aposentar. Gosto do
trabalho. Não vou largar a política. Ano que vem será um ano sabático para
mim”, disse.
Desde então, várias foram as
especulações em torno do futuro da governadora, a partir desta declaração.
Quase um mês depois, no dia 22 de
outubro – durante visita à obra de urbanização do Espigão, entregue na sexta-feira
– novamente o tema voltou à pauta. E, mais uma vez, a governadora admitiu que
não se afastaria em definitivo da política. Afirmou não saber se ainda
disputaria mandato eletivo, mas garantiu que continuaria “politicando”.
Segundo turno – Àquelas alturas, o
comunista Flávio Dino (PCdoB) já havia sido eleito governador do Maranhão e
Roseana mobilizava seu grupo para garantir a vitória de Dilma Rousseff (PT) no
2o turno da eleição presidencial no estado.
Desde o resultado das eleições
presidenciais, a governadora passou a circular ainda mais nos meios políticos e
populares, uma espécie de teste de popularidade. E foi aprovada.
Foi assim em Brasília, durante reunião
do PMDB; em Imperatriz, ao visitar e inaugurar obras do governo ao lado do
prefeito Sebastião Madeira (PSDB), e sexta-feira, em São Luís, quando entregou
a primeira etapa das obras de urbanização do Espigão Costeiro da Ponta d’Areia.
A expressiva votação de Dilma no
Maranhão reforça a tese de que a governadora pode ser alçada a um posto no novo
governo Dilma – o que se tornou ainda mais factível depois da recente recepção
promovida a ela pelo ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, em
reconhecimento ao seu trabalho pela reeleição da presidente no Maranhão.
A posse em um ministério, entretanto,
é apenas um dos caminhos que podem ser tomados pela governadora Roseana assim
que ela deixar o Palácio dos Leões.
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