domingo, 11 de janeiro de 2015

COLUNA DO DODÓ ALVES





VIOLÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

Por Clauson A. Oliveira
       (Dodó Alves)

Policiamento Comunitário: Polícia e Sociedade de acordo com Neto (2004), o policiamento comunitário é uma filosofia de policiamento que ganhou força nas décadas de 70 e 80, quando as organizações policiais em diversos países da América do Norte e da Europa Ocidental começaram a promover uma série de inovações na sua estrutura e funcionamento e na forma de lidar com o problema da criminalidade.
No Brasil as organizações policiais promoveram experiências e inovações com características diferentes. Mas, algumas destas experiências e inovações são geralmente reconhecidas como a base de um novo modelo de polícia, orientada para um novo tipo de policiamento, mais voltado para a comunidade, que ficou conhecido como as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) no Rio de Janeiro, dentro do programa Tolerância Zero policiamento comunitário.
A organização da prevenção do crime tendo como base a comunidade, a reorientação das atividades de policiamento para enfatizar os serviços não emergenciais e para organizar e mobilizar a comunidade para participar da prevenção do crime, como também descentralização do comando da polícia por áreas e participação de pessoas civis, não-policiais, no planejamento, execução, monitoramento e, ou avaliação das atividades de policiamento.
A Teoria Microfísica do Poder que insere na Violência e Segurança Pública no Brasil - o sociólogo Foucault apresenta a teoria microfísica do poder neste sentido entende-se no qual o poder não é só o constitucionalizado, o poder se diversifica entre diversas forças sociais, em grupos marginalizados, em hierarquias econômicas, em classes profissionais e grupos políticos e etc.
A microfísica do poder se manifesta na forma de grupos de Milícias e Traficantes denominando territórios e mudando as regras das instituições formais para prevalecer as informais, neste pensamento o autor releva o estudo que desta microfísica, supõe que o poder nela exercido não seja concebido como uma propriedade, mas como uma estratégia, que seus efeitos de dominação não sejam atribuídos a uma apropriação, mas a disposição, a manobras, a táticas, a funcionamentos [...].
O poder aparece também como práticas separadas em partes menores do Estado e, ainda mais, revestindo-se de um caráter eminentemente positivo ou negativo ao criar condições favoráveis a certa classe e negativa a outra.
Quando o poder surge diante dos campos citados torna-se independente do Estado e não será o controle dele que fará desaparecer ou fragmentar de forma sumaria sem medidas planejadas em longo prazo para diminuição da violência ilegal. Não muito distante aduz Díaz, 1898, P,107. Fortalece-se a prática de fazer justiça pelas próprias mãos, um traço de uma cultura orientada pelo hiperindividualismo.
E mais, enquanto nas palavras de Bauman (1998 P, 26): "A busca da pureza moderna expressou-se diariamente com a ação punitiva contra as classes perigosas; a busca da pureza pós-moderna se expressa diariamente com a ação punitiva contra os moradores das ruas pobres e das áreas urbanas proibidas, os vagabundos e os indolentes".
A questão introduzida ao tema surge à pergunta qual a melhor solução para amenizar a Violência Difusa?  Entende-se que a violência é tida como um sintoma social, inserida basicamente no cotidiano das classes sociais, neste sentido os campos preenchidos com certo poder hierárquico, não dá o direito do chefe de família ou outro qualquer líder fazer violência com as próprias mãos e infringir os costumes tutelado pelo Estado.
Neste sentido vislumbra no qual o melhor caminho para diminuição dos conflitos expostos, é a busca incessante pelo Estado e sociedade pelo uma Educação de qualidade que traga retorno as expectativas construídas, juntamente com uma estabilidade financeira com menor desigualdade social.
Trago ao tema um novo título, os Tempos da Violência e suas Mudanças Dentro do Contexto -, no Brasil que vivemos que passamos por diversas crises econômicas e um passado recheado de problemas estruturais, neste sentido há diversos pontos de que identificam os resultados da violência que podemos chamar de violência aos novos costumes sociais.
Diante da tanta procura a estabilidade econômica e aparentemente conseguida com fatores socioeconômicos em de viés de alta, surgiu o aumento do consumo devido o crescimento da renda do trabalhador e um desenvolvimento maior. Por outro lado os jovens excluídos que viviam ou tinha tendência para o crime, esses jovens adentram para o consumo em vitrine e marca de grande desejo de consumo, contudo o meio mais fácil de possuir um bem deste consumo se encontra no crime e não no trabalho pela facilidade que estes jovens se encontram em campos expostos as condições favoráveis ao crime.
Outro ponto o da Globalização Mundial partindo da grande concorrência das classes dominantes, enquanto as classes dominadas perderam as forças de sindicalização e possuem menos mobilização como consequência, tomando decisões isoladas, devido a menor proteção e conselho de grupos, aumentando assim, o estresse e o indivíduo ficando em campo reduzido, causando em muita das vezes a violência familiar.
Os novos tempos com a estabilidade financeira, também gerou uma violência de caráter econômico, pois o Brasileiro sofre com uma ditadura neste sentido jamais vista na história, com tudo o brasileiro é taxado em juros não compatível com a dívida causando assim, um desconforto e em muitas das vezes transferindo em violência e agressão a família ou em ofensas a outras pessoas.
Conclusão: a violência no contexto estrutural da sociedade inserida em todos os meios de classes econômicas, sociais, políticas, cultural, militar e etc. Vivenciada pela dominação de classes. Enquanto a teoria microfísica do poder apresentada pelo sociólogo Foucault, que faz presente em todos os campos que há dominação do ser humano. Contudo devemos observar a relação da violência de forma geral dentro do contexto como ponto conexo com a teoria da microfísica do poder, onde este usa a violência em campos restritos e muita das vezes não vista pela sociedade, transformando assim a violência geral em violência de forma difusa.

POLÍTICA:
Ano novo e com a chegada do novo Governo, apenas podemos desejar boas vindas ao ano de 2015. Vamos conceituar o que é a Autoridade, o Estado de Natureza da Doutrina Contratualista, o Estado - Nação, a Função do Estado e do Governo, para que este tente ao menos fazer a obrigatoriedade de forma correta.
Autoridade é um direito estabelecido para tomar decisões e ordenar ações de outrem. De outra forma, a autoridade é a legitimação do poder através da incorporação de conteúdo jurídico ou moral, isto é, normas ritualizadas nos costumes ou codificadas no direito (DIAS, 2008, p, 33).
O Estado de Natureza elemento essencial da estrutura da Doutrina Contratualista é o estado de natureza, que seria justamente aquela condição da qual o homem teria saído, ao associar-se, mediante um pacto, com outros homens. Normalmente é apresentado como hipótese lógica negativa como seria o homem fora do contexto social e político, para poder assentar as premissas do fundamento racional do poder.
Trata-se, portanto, de contrapor, como dois momentos distintos ou como dois modelos antitéticos de representação das relações humanas, o conceito de estado natural e o conceito de estado civil. É a renúncia da liberdade do homem para a convivência em sociedade, ou seja, a formação do Estado.
Já o Estado-Nação é a unidade política territorial própria do capitalismo, é constituída de uma nação ou uma sociedade civil, de um Estado, e de um território. Uso como sinônimos de Estado-Nação, Estado nacional e país. Na literatura sobre relações internacionais, a expressão simples, geralmente no plural e em minúsculo, Estados corresponde ao que estou aqui chamando de Estado Nação.
Nos Estados Unidos Principalmente, a palavra Nação corresponde ao Estado Nação, tanto em caso como em outro podemos pensar que esta simplificação é resultado de uma sinédoque, de uma figura de linguagem que toma o todo pela parte: o todo é o Estado Nação, a parte, o Estado em um caso, a nação, no outro.
A expressão, Estado Nação apresenta um problema: ela pode sugerir que sob um Estado só pode haver uma nação, o que não necessariamente verdadeiro. A Grã-Bretanha, a Bélgica e a Espanha, por exemplo, até hoje não lograram se construir em uma única Nação. Os europeus estão gradualmente construindo um Estado Nação que é claramente multinacional.
Outro ponto fundamental é a Função do Estado é a manutenção da ordem e da segurança interna e a garantia da defesa externa. É por esse motivo que um dos componentes fundamental do Estado é o aparato da Segurança Pública constituído por uma força policial e militar pública.
É também por esse motivo que frequentemente o Estado é definido como a instituição que exerce o monopólio legítimo do uso da força ou da coerção organizada. Função do Estado é, também, estabelecer e cobrar tributos dos que vivem sob o seu domínio e administrar os recursos obtidos dessa forma.
É por esses motivos que outro componente fundamental do Estado é o quadro administrativo ou administração pública, que tem como atribuição decidir, instituir e aplicar as normas necessárias à coesão sócia! É a gestão da coisa pública.
Por fim, o Governo é o conjunto de pessoas que governam o Estado. Historicamente, o Governo existiu antes do Estado. Já na Antiguidade, assim como na Idade Média, é possível encontrar um Governo das cidades Estados e dos impérios feudais como forma pré-estatais de organização política.
O Estado, propriamente dito, tem sua origem na Idade Moderna. Na interpretação que fez Darcy Azambuja do livro La Démocratie, de Rodolphe Laun, os Governos podem ser classificados quanto á origem, quanto à organização e quanto ao exercício do poder.
Se Quanto a Origem = Governos democráticos ou populares e governos de denominação.
Se Quanto à Organização = Governos de fato - governo de direito hereditariedade e eleição.
Se Quanto ao Exercício = Absolutos e constitucionais. Que Deus nos abençoe.

Abraços!
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ROCHA, Alexandre, Violência e Segurança Pública no Brasil.
ROCHA, Alexandre, Introdução a Ciência Política.

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