O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na noite de ontem, 15, que a Operação Lava
Jato não chegará à presidenta Dilma Rousseff. A afirmação de Cardozo foi feita
durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, ao
ser perguntado sobre o assunto por integrantes da comissão.
"Conheço
a presidente há muitos anos. Tenho orgulho de conhecê-la. É uma pessoa de
honestidade inatacável. Todas as pessoas têm defeitos, virtudes. Não está entre
os defeitos da presidente Dilma Rousseff a desonestidade", disse. “Eu
tenho absoluta certeza de que nenhum fato relacionado a desvio de dinheiro
público, corrupção e improbidade chegará próximo da presidente Dilma Rousseff,”
completou.
O
ministro disse ainda que nunca recebeu qualquer tipo de orientação da
presidenta para intervir nas investigações conduzidas pela Polícia Federal
(PF). "Tenho muito orgulho de jamais ter recebido da presidente
da República, jamais, qualquer orientação para obstasse, prejudicasse,
desviasse as investigações que estão sob o meu departamento sendo
conduzidas".
Sobre
a Operação Politeia, que apreendeu documentos, carros de luxo e mais de R$ 4
milhões dos investigados, entre eles parlamentares, Cardozo explicou que a
operação não foi conduzida pela Polícia Federal. “Quando temos investigações de
pessoas com foro privilegiado [como parlamentares] não é a PF quem conduz, ela
é apenas executora, quem conduz é o poder Judiciário”. De acordo com o
ministro, a Politeia foi conduzida pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, e pelas decisões do ministro Teori Zavaski, do STF [Supremo Tribunal
Federal]. Segundo Cardozo, a “polícia apenas cumpriu os mandatos”.
Cardozo
foi convocado pela CPI da Petrobras para prestar esclarecimentos a respeito de
uma escuta clandestina encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef, na
Polícia Federal (PF), em Curitiba.
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