O
ministro do Superior Tribunal Eleitoral Gilmar Mendes enviou ofício à Polícia
Federal no dia 29 de junho pedindo apuração de irregularidades nas contas da
campanha de Dilma Rousseff à reeleição, revela a edição deste fim de semana da
revista IstoÉ.
No
documento, ao qual a revista teve acesso, o ministro chamou atenção para a
Focal Comunicação Visual e a VTPB, que receberam juntas R$ 47 milhões da
campanha de reeleição da presidente. A Focal já esteve envolvida no caso do
mensalão. Mendes anexou ao ofício relatório do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) apontando indícios de lavagem de dinheiro na
movimentação da VTPB. De acordo com a revista, as duas empresas teriam recebido
dinheiro desviado da Petrobras para a empreiteira UTC.
No
dia 27 de agosto do ano passado, a UTC doou R$ 2,5 milhões à campanha da
petista, que teriam sido usados pelo então tesoureiro e hoje ministro Edinho
Silva para pagar a VTPB (R$ 1,7 milhão) e a Focal Comunicação (R$ 672 mil).
Segundo
a revista, o documento enviado por Gilmar Mendes à PF também menciona indícios
de emissão de notas frias e ocultação de despesas pelas duas empresas contratadas
pela campanha da petista em 2014.
As
empresas, suspeitas de servir de fachada, garantem que prestaram os serviços
pelos quais foram contratadas. A campanha de Dilma afirma que as doações foram
legais e nega ter recebido dinheiro ilícito. Com informações do Estadão
Conteúdo.
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