domingo, 21 de maio de 2017

DIAGNOSE - DICA DE SAÚDE - EXAME DE PRÓSTATA


 

Um dos temas mais polêmicos entre os homens é o exame de próstata que consiste no toque retal. Ainda existe muito preconceito com esse exame que é fundamental para fazer o diagnóstico precoce de câncer de próstata. O fato de ser necessário que o médico realize um toque íntimo no reto do paciente faz com que muitos homens declinem do exame.


Além desse exame do toque real existe outro exame que é conhecido como PSA que é realizado em conjunto para fazer o diagnóstico. A seguir vamos falar um pouco mais sobre o exame de toque, o PSA e também sobre o câncer de próstata que quando diagnosticado com antecedência pode ter cura. [nggallery id=1049]

O Exame de Próstata Com Toque Retal


O Que é?


Esse exame é realizado através da apalpação da próstata. A próstata é a glândula que fica abaixo da bexiga próxima ao reto que é basicamente a parte final do intestino.

O Que o Médico Procura?


O exame serve para que o médico identifique se existe caso hiperplasia benigna da próstata que é o aumento da mesma ou então o desenvolvimento do câncer dessa glândula. Os médicos utilizam além do toque retal o exame PSA para fazer o diagnóstico. A partir do momento que o médico urologista detecta que existe alguma alteração nesses dois exames pode solicitar uma biópsia da próstata.

Como o Exame do Toque Retal é Feito?


Com a mão protegida por uma luva cirúrgica o médico introduz o seu dedo indicador no ânus do paciente. O objetivo é tocar a parte anterior do reto que é o local em que está a próstata. Dentre os sinais estranhos que o médico pode detectar na próstata do paciente estão o aumento da mesma, nódulos na glândula e endurecimento.

Detectando esses problemas o médico irá solicitar mais exames para saber se é um tumor ou não. O paciente fica sabendo do resultado do exame na mesma consulta. A indicação médica é que o exame de próstata seja feito uma vez por ano após o homem completar 50 anos em especial se existirem casos da doença na família.

PSA – Antígeno Prostático Específico


O exame chamado de PSA – Antígeno Prostático Específico é utilizado para identificar alterações na próstata como câncer de próstata, hipertrofia prostática benigna, prostatite, retenção de urina aguda, entre outras doenças.

Ressaltamos que os valores de PSA no sangue não determinam se o indivíduo está ou não com câncer de próstata uma vez que 4 a cada 10 homens com a doença apresentam esses valores normais. Para ter certeza de que se está com câncer de próstata é necessário fazer exame do toque retal e biópsia da próstata.

Quando Algo é Encontrado?


Quando o médico conforma que existe alguma alteração na próstata do paciente cabe a ele informar o indivíduo a respeito das possibilidades de tratamento para um possível câncer. O tratamento pode incluir a retirada da próstata por meio de uma cirurgia que se chama prostatectomia também é possível fazer o tratamento com radioterapia e/ou quimioterapia, tudo depende do estágio em que a doença se encontra.

O urologista deve informar ao seu paciente que os tratamentos para o câncer de próstata podem ter efeitos colaterais como impotência sexual e ainda incontinência urinária, porém, não se tratar pode levar a morte.

Câncer de Próstata


A glândula conhecida como próstata é exclusiva do sistema reprodutor masculino e tem como funções produzir e armazenar parte do fluido seminal. O câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum nos homens acima de 50 anos de idade.

Dentre os fatores que representam risco para os homens estão idade acima de 50 anos, histórico da doença na família, fatores hormonais e ambientais e alguns hábitos alimentares como, por exemplo, uma dieta rica em gorduras e com poucos vegetais, frutas e verduras. O sedentarismo e o excesso de peso também pesam como fatores de risco. Homens negros compõem o maior grupo de risco de desenvolver esse tipo de tumor.

Sintomas de Câncer de Próstata


Em geral o câncer de próstata cresce lentamente e não apresenta sintomas. Quando os tumores chegam a um estágio mais avançado podem acarretar em dificuldades para urinar, o que faz com que o indivíduo não sinta que esvaziou a bexiga por completo e ainda hematúria que consiste na presença de sangue na urina.

Também é possível que existam outros sintomas como dor óssea principalmente na região das costas por causa de metástases. Esses sintomas apontam que o câncer apresenta um grau maior de gravidade.

Diagnóstico do Câncer de Próstata

O diagnóstico do câncer de próstata pode ser feito através de um exame físico que inclui o polêmico toque retal e também através de um exame laboratorial que é através da dosagem do PSA. Quando o médico observa que houve um aumento da próstata ou então que o PSA está alterado deve solicitar uma biópsia para verificar a presença de um tumor e se ele é maligno.

Em caso de o tumor ser maligno é necessário realizar outros exames laboratoriais para saber qual é o tamanho do tumor e se existe ou não a presença de metástases.

Tratamento do Câncer de Próstata

A determinação de que tipo de tratamento será realizado dependerá de fatores como a idade do paciente. Pode ser que seja realizada a prostatectomia radical que é a retirada da próstata por meio de cirurgia, radioterapia, hormonoterapia e também uso de medicamentos. Para os pacientes idosos com um tumor de evolução lenta é importante que seja feito o acompanhamento clínico que é menos invasivo.

Recomendações


  • Os exames preventivos devem começar a ser feitos a partir dos 50 anos no caso dos homens que não tem histórico da doença na família.
  • Aqueles que estão nos grupos de risco devem começar a fazer os exames anuais a partir dos 45 anos. Nesses grupos estão homens descendentes de negros ou então quem tem familiares de primeiro grau com a doença.
  • Homens cujos familiares foram diagnosticados com câncer de próstata antes dos 65 anos tem um risco bastante grande de desenvolver essa doença. Sendo assim a recomendação é começar o acompanhamento médico e a realização de exames antes dos 40 anos.
  • Os resultados do exame de toque retal e PSA podem causar angústia em muitos homens, porém, somente esses resultados não são suficientes para confirmar se o indivíduo apresenta a doença.
  • Por Dr. Otávio Pinho Filho

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