Quando era criança, você provavelmente já ouviu sua mãe ou avó te dizendo para comer feijão, se não ficaria com anemia. Por muito tempo, acreditou-se que a relação entre a leguminosa e a doença seria apenas mais uma tentativa materna de fazer os pequenos pararem de torcer o nariz para a comida. Contudo, com os avanços dos estudos científicos, comprovou-se que as mamães tinham razão: a presença do ferro no feijão e em outros alimentos, como as bebidas em pó, ajuda a prevenir a anemia ferropriva, aquela que surge pela deficiência desse mineral no organismo – se bem que, no caso dos achocolatados, não seria necessária uma desculpa para ganhar o paladar das crianças, não é mesmo?
Mas você sabia que a anemia não acontece somente por falta de ferro? Conhece os sintomas que indicam que as hemoglobinas não estão a todo vapor no organismo? Se você quiser entender um pouco mais sobre o que causa essa doença, como prevenir e tratá-la, fique conosco até o final deste artigo!
O que é anemia?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a anemia é uma condição caracterizada pela deficiência nos níveis de hemoglobinas, proteína que está presente no interior dos glóbulos vermelhos e tem por função transportar o oxigênio dos pulmões para as demais células do corpo. Como consequência dessa baixa, diferentes órgãos e tecidos sofrem com a falta de oxigenação, fazendo com que surjam inúmeros sintomas.
Apesar de a anemia ferropriva ser o tipo mais comum, a doença pode ser causada pela deficiência de vários outros nutrientes, como zinco, vitamina B12 e proteínas. Os principais tipos são:
Anemia ferropriva: surge devido à ingestão insuficiente de ferro na alimentação, principalmente na infância, adolescência e durante a gravidez;
Anemias por deficiência de vitamina B12: esses tipos de anemia podem receber nomes diferentes de acordo com seus estágios, apesar de a origem ser a mesma: a falta de vitamina B12. Essa vitamina é essencial para a manutenção do DNA. Sem ela, não conseguimos fazer com que as células da medula óssea formem os glóbulos vermelhos. Se for causada pela dieta, chamamos de anemia megaloblástica. Se a doença evoluir para a redução das hemoglobinas, ganha o nome de anemia perniciosa;
Anemia aplástica: doença autoimune que pode ser hereditária, caracterizada pela redução da produção de alguns constituintes do sangue;
Anemia hemolítica: provocada por uma resposta imunológica, esse tipo de anemia é caracterizada pela destruição dos glóbulos vermelhos pelos próprios anticorpos;
Anemia falciforme: é uma doença hereditária, na qual as hemoglobinas dos portadores têm um formato diferente, sendo destruídas com mais facilidade;
Quais são os sintomas
Apesar de serem vários os tipos, os sintomas são muito parecidos. Por isso, é indispensável procurar a ajuda de um médico – para que o diagnóstico seja feito com precisão – e fazer exames periódicos de sangue.
Os sintomas mais comuns de anemia incluem:
Palidez na pele, pálpebras e gengiva;
Apatia;
Cansaço e fadiga desproporcionais;
Tontura e falta de ar;
Taquicardia e palpitações.
Quais são os fatores de risco?
Geralmente, a anemia ferropriva, que é a mais comum, é desenvolvida em razão de outras questões e problemas de saúde, que acabam culminando no aparecimento da doença.
Diversos fatores podem influenciar o seu surgimento, tais como:
Prematuridade;
Herança genética;
Fluxo menstrual intenso;
Alimentação inadequada (dietas restritivas ou pobres em nutrientes);
Doenças crônicas, autoimunes ou que causam sangramentos.
Diagnóstico e tratamentos
Diagnóstico
O diagnóstico da doença pode ser feito por meio dos relatos do paciente e de exames de sangue, que atestem a deficiência nos níveis de hemoglobinas. Para isso, pode ser solicitada a realização de um hemograma.
Tratamentos
Anemias causadas pela falta de nutrientes
Nesse caso, o primeiro passo é identificar qual é o nutriente que mais está em falta no organismo. A partir disso, será possível procurar alternativas para resolver essa questão. Geralmente, são recomendados alimentos ricos no nutriente e, se necessário, suplementação.
Alimentos ricos em ferro: carnes vermelhas, frango, peixes, folhas verde-escuras, leguminosas (feijão, lentilha, soja etc.), grãos integrais, nozes, castanhas, bebidas em pó (como achocolatados);
Alimentos ricos em vitamina B12: leite, queijo, carne, cereais matinais, leite de soja etc.
Anemias hereditárias
Anemias hereditárias, como a falciforme, não têm cura. Contudo, os sintomas podem ser controlados por meio de transfusões de sangue periódicas.
Anemias causadas por doenças crônicas
Se a origem da anemia está atrelada a uma outra doença, o tratamento dependerá dos cuidados em relação à outra enfermidade.
Anemias autoimunes
Esses tipos de anemia demandam o uso contínuo de medicamentos que regulam o trabalho do sistema imunológico e da medula óssea. Transfusões de sangue também podem ser indicadas.
Em todo caso, manter uma alimentação equilibrada, preferencialmente contando com o apoio de um profissional de nutrição, pode ser uma boa alternativa para fortalecer a saúde e combater a anemia.
E se você quiser conhecer mais algumas dicas para cultivar hábitos saudáveis, não deixe de conferir as demais publicações aqui no Que Bem que Faz!
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