Quando estudei a disciplina
"Estatística" é que tomei conhecimento de como é feita uma pesquisa,
a determinação e cálculo do desvio padrão e afins, e a gente chegava a alguma
conclusão mais matemática e mais autêntica.
Depois de um certo tempo, alguém, muito
inteligente e perspicaz, descobriu a pólvora: como utilizar a pesquisa no meio
político com o fim de induzir os indecisos e convencer os incautos e
desinformados, capazes de serem levados ao voto útil esperto, aquele que vota
somente em quem está na frente nas pesquisas.
É claro que a pesquisa pode ser honesta,
transparente e precisa, basta dividir em blocos uniformes o alvo a ser
pesquisado, de modo a refletir, fielmente, a realidade dos fatos.
Pesquisa, no fundo, é uma jogada de
marketing,nada mais é do que uma peça publicitária, dá visibilidade a quem está
nas primeiras posições.
Mas, voltando ao assunto em questão, se
quiserem manipular os dados basta ir direto ao ponto desejado, sabendo de
antemão que público-alvo deverá ser pesquisado e quais dados deverão sair dali!
Um pesquisador profissional já sabe
antecipadamente, ou tem a ideia do que realmente quer e deseja, e onde focar
seu objetivo, como e qual indivíduo deverá ser "instado" a responder
perguntas previamente selecionadas e que direcionam para a resposta desejada.
Sem citar o "instituto", certa vez em
Grão Mogol fui pesquisado e as perguntas eram dirigidas com o intuito exclusivo
de fazer vitorioso o Collor de Mello. Nos questionários, não tinha como negar e
rejeitar o alagoano, tudo era planejado astuciosamente no sentido de dar vazão
e consistência à candidatura do famigerado "caçador de
marajás".
Daí em diante passei a ver as pesquisas com a
máxima desconfiança, e, se perceber, analisar direitinho, poderá descobrirá a
intenção "subliminar" por debaixo dos panos. E note que as pesquisas
são encomendadas, se fossem totalmente isentas não deveriam ter interesses em
jogo, não deveriam ter patrocinador interessado no resultado.
Quem paga quer custo/benefício, não vai comprar
gato por lebre, o produto adquirido deve estar dentro de sua
expectativa,"satisfação garantida ou seu dinheiro de volta", um
ditado que vem a calhar.
Então, para concluir, não acredito em
pesquisas, acho um absurdo pesquisas eleitorais (que fazem a cabeça do eleitor
e o induzem ao erro), e penso ser uma excrescência, algo que só veio para
complicar e avacalhar com o processo eleitoral. A não ser que nosso povo fosse
mais esclarecido e soubesse votar (concordo com aquela declaração do Pelé de
que o povo não sabe votar).
Para finalizar, mesmo, se os políticos fossem
nosso maior problema estaria ótimo, nosso maior problema (crônico) é o eleitor
corrupto, que se deixa levar ao sabor das ondas, ao sabor de uma pequena
recompensa, que se deixa iludir facilmente pelas pesquisas encomendadas e que
não valoriza seu voto, que não visa o coletivo e sim, o seu umbigo, sua
individualidade, seu interesse particular.
Bom seria se não houvesse pesquisa nem eleitor
corrupto, o voto seria para quem realmente merecesse e fosse algo, definitivo e
exclusivo, pelo povo e para o povo. E que não houvesse político corrupto, e,
sim, uma pessoa com a intenção maior de servir à nação, ao estado e ao
município, sem almejar continuísmo, reeleição eterna, e ficar rico no fim do
mandato(s).
E que as pesquisas trouxessem coisas concretas
e não abstratas, sem conotação intereisseira, sem servir a um senhor qualquer.
Sonhar não custa nada!
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