Demorou um pouco mais de dez dias o tempo de permanência na prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, preso no último dia 17, pela Polícia Federal, no aeroporto de Guarulhos. Ele é o principal alvo da investigação que mira uma organização criminosa que teria promovido fraudes financeiras com prejuízo de pelo menos R$ 10 bilhões na venda de créditos falsos pelo Master ao BRB.
A decisão de soltura, na noite da última sexta-feira (28), foi da desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O empresário passará a usar tornozeleira eletrônica, deve entregar o passaporte e está proibido não só de manter contato com outros alvos da investigação mas também de se ausentar do município onde vive.
A desembargadora do TRF-1, sediado em Brasília, destacou que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal “é pacífica no sentido de que a gravidade abstrata do delito não justifica, por si só, a prisão preventiva”. Para Solange Salgado, a tornozeleira eletrônica e a retenção do passaporte de Vorcaro são medidas “suficientes” para conter o risco de fuga.
Vorcaro tem quatro escritórios e montou um time jurídico formado por oito advogados, que acionaram não só o TRF-1, mas também o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o STF.
A estratégia deu certo, afinal já está em liberdade.


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