Texto diz que com a chegada do petista à
Presidência à prevenção e o combate à corrupção tornaram-se prioridade, por
meio da ação articulada entre diversos órgãos do governo federal'
Lançado há duas
semanas para mostrar o que considera a verdade não divulgada pela mídia sobre
os avanços dos governos petistas, o site Brasil da Mudança, do Instituto Lula,
postou nesta segunda-feira, 25, um novo texto no qual exalta o combate à
corrupção das gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma
Rousseff, mas ignora o escândalo do mensalão. O artigo sustenta que, pela
primeira vez na história, o combate à corrupção se tornou uma "ação
permanente do Estado".
"Antes, eram
raras as manchetes de jornais denunciando escândalos, porque os malfeitos eram
quase sempre varridos para debaixo do tapete ou engavetados. E você nem ficava
sabendo. A partir da chegada de Lula à Presidência, em 2003, a prevenção e o
combate à corrupção tornaram-se prioridade, por meio da ação articulada entre
diversos órgãos do governo federal, com transparência e incentivo à
participação da sociedade civil", afirma.
A postagem não faz
qualquer referência ao escândalo de compra de apoio político no Congresso
durante o primeiro mandato do governo Lula. Em 2013, oito anos após ter vindo à
tona, começaram a cumprir pena de prisão, após condenação do Supremo Tribunal
Federal (STF), importantes lideranças petistas, como o ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu, o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-tesoureiro da
legenda Delúbio Soares.
Em abril, na mais
recente entrevista que deu sobre o julgamento do Supremo, Lula criticou o
resultado e negou que a compra de votos tenha existido. "O tempo vai se
encarregar de provar que o mensalão teve 80% de decisão política e 20% de
decisão jurídica", disse o ex-presidente em entrevista a uma TV portuguesa.
O texto afirma que
iniciativas começaram a ser tomadas e "não pararam mais". Entre as
medidas, cita a criação da Controladoria-Geral da União; o fortalecimento, a
modernização e a independência da Polícia Federal; a autonomia do Ministério
Público Federal, com a indicação do procurador-geral da República com base na
escolha feita pela própria categoria; a criação do Portal da Transparência; e a
Lei de Acesso à Informação.
O artigo afirma que
os resultados não demoraram a aparecer, estampando as manchetes dos jornais,
com investigações, prisões e milhões de reais de devolvidos aos cofres
públicos. "Ações concretas de combate à corrupção tornaram-se públicas,
dividindo espaço com denúncias muitas vezes precipitadas e equivocadas - porque
a imprensa, afinal, está sujeita a erros", cutuca o texto, sem fazer
qualquer menção ao que seriam os equívocos.
'Engavetador-geral
da República'. A publicação faz uma referência indireta ao governo do PSDB,
quando, na época da gestão Fernando Henrique Cardoso, o então procurador-geral
da República, Geraldo Brindeiro, chegou a ser batizado por petistas de
"engavetador-geral da República". "O importante é que a imprensa
é livre, como poucas vezes na história deste País. E, pela primeira vez na
história, o Brasil tem instituições sólidas, com independência para agir em
defesa do Estado e da sociedade, e ordens expressas para não engavetar
investigações nem varrer escândalos para debaixo do tapete", concluiu o
texto.