quinta-feira, 1 de julho de 2021

CARLOS BRANDÃO DEFENDE CONSENSO NO GRUPO DINO


Apesar da extensa agenda política, principalmente no interior do Maranhão, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) voltou a defender um consenso no grupo político do governador Flávio Dino (PSB) visando as eleições de 2022.

Durante entrevista ao jornalista Clóvis Cabalau, na TV Mirante, Brandão voltou a deixar claro que irá lutar pelo consenso do grupo, para que não possa acontecer uma divisão e correr o risco de um resultado adverso, semelhante ao que aconteceu nas eleições de São Luís em 2020.

“Eu luto pelo consenso, pela unidade, e acredito que o governador Flávio Dino vai encontrar esse momento” destacou o vice governador, que também voltou a dizer que o novo governador precisará seguir com mesmos passos de Flávio Dino.

O problema é que apesar de defender o consenso, nessa disputa interna com o senador Weverton Rocha (PDT), Brandão pode não lograr êxito. Recentemente, em entrevista na TV Meio Norte, o presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, deixou claro que a candidatura de Weverton é irreversível, com ou sem o apoio do governador maranhense.

“Weverton é candidato irreversível… É candidato com ou sem o apoio de Flávio Dino”, cravou Carlos Lupi (reveja).

Apesar de sempre se posicionar quando questionado, Brandão também tem sempre deixado claro que ainda não chegou o momento de debater 2022, mas sim de trabalhar pelo Maranhão.

“É lógico que a gente, enquanto classe política, não deixa de debater sobre esses temas. Mas, não coloco isso como prioridade. Eu coloco como centro de nossa atenção a geração de emprego, o atendimento às pessoas e o combate à Covid-19. Esse que tem sido o meu foco e o do governador Flávio Dino”, reafirmou.

PACOVAN SERÁ OUVIDO NA CPI DOS COMBUSTIVEIS

 


A midiática CPI dos Combustíveis da Assembleia Legislativa, que tem mirado exclusivamente os donos de postos de gasolina, mas fazendo questão de esquecer os inúmeros aumentos do ICMS no Maranhão, aprovou a convocação do empresário Pacovan.

Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como Pacovan, foi convocado na sessão de onten, quarta-feira (30), da CPI dos Combustíveis. A solicitação foi feita pelo deputado estadual Duarte Júnior (PSB).

A justificativa para a convocação de Pacovan é pelo fato de que a depoente da última sessão da CPI, Rafaely de Jesus Souza Carvalho, representante da Rede de Postos Joyce, afirmou que não seria a dona das empresas, mas sim Pacovan.

Em seu depoimento a testemunha afirmou que apenas trabalhou no escritório que administrava os 3 postos de combustíveis da rede, entre os anos de 2016 a 2019.

Depois desta data, ela não teria mantido mais nenhum tipo de vínculo com as empresas. E que a propriedade dos postos sempre foi de Pacovan, a quem apenas emprestou o seu nome por gratidão, já que ele teria a criado como se fosse filha dele.

“Agora, durante oitiva na CPI dos Combustíveis, a Sra Rafaelly Carvalho confessou atuar como laranja na rede de postos Joyce e que as empresas são totalmente controladas pelo Sr Pacovan, que já foi condenado por crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro”, disse Duarte Júnior.

Duarte tem assegurado que durante as investigações foram constatadas uma série de movimentações suspeitas na rede de Postos Joyce, entre elas, a venda de combustíveis, sem a referida comprovação da compra, por meio de notas fiscais.

O curioso é que, infelizmente, a CPI dos Combustíveis é bem semelhante a CPI da Covid-19, midiática e seletiva quando das investigações.

É aguardar e conferir, já que Pacovan deverá ser ouvido na CPI na próxima terça-feira (06), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Maranhão, as 14h30.

MISSA CONVITE - EVELINE DINA DOS SANTOS

 



quarta-feira, 30 de junho de 2021

ARRAIAL DA VACINAÇÃO TERÁ ARTISTAS E GRUPOS BACABALENSES


Está acontecendo na Secretaria de Cultura de Bacabal, o credenciamento de artistas e brincadeiras para apresentação no programa Arraial  da Vacinação do Governo do Estado.

Dezenas de cantores, músicos e proprietários de quadrilha. capoeira, bumba-meu-boi, grupos de pagode, grupos de forro e esquemas, irão participar do evento.

Com uma equipe formada pelos técnicos culturais da SECMA Moise Nobre, Brenda, Bruno e Adeta, ja está marcado o horario de cada apresentação. Uma hora para cada artista, grupo ou brincadeira,num total de 12 horas de atividade durante a vacinação com ponto fixo na quadra da paróquia da igreja de Santa Terezinha e no  drive thru na Igreja de São Francisco.

Amanhã das 8 às 19

PONTO DE VISITA- UMA TERCEIRA VIA - POR JOAWUIM HAICKEL

 


Por Joaquim Haickel

Algumas pessoas têm me pedido que eu faça uma análise sobre o panorama eleitoral para a presidência da República, em 2022. Pois bem, procurarei ao máximo, não manifestar juízo de valor pessoal sobre qualquer aspecto desta análise. Tentarei ser, como sempre faço, o mais imparcial que me for possível, mostrando os aspectos positivos e negativos de cada fato, ato, cenário ou pessoa.

Está mais que claro que as pessoas de bom senso de nosso país estão buscando uma terceira via política para fugir da triste sina de serem obrigadas a escolher entre um presidente boçal, desqualificado e incorrigível e um ex-presidente quadrilheiro, manipulador de massas e fingido.

Nenhum desses adjetivos são levianos ou despropositados. Algumas pessoas, de um lado e de outro, certamente discordarão de mim, mas essa é a minha visão.

A delimitação dos espaços está clara e facilita muito o entendimento de qualquer pessoa, por menos experiência e conhecimento que tenha sobre política. Temos os antagonistas posicionados dos dois lados do espectro político nacional, ou se preferirem, do ringue, do campo de batalha.

A direita aposta suas fichas na reeleição de um homem despreparado para o convívio social civilizado, incapaz de minimamente entender as regas básicas de urbanidade e civilidade, um asno que desqualifica o cargo que ocupa por não saber se portar dentro de regras sociais mínimas.

Por sua vez, a esquerda é representada por um sujeito que já foi tido como o maior líder popular que o Brasil já teve, mas que sucumbiu ao lado negro da força, desceu à mansão dos mortos e tal qual Jesus, ressuscitou, não no terceiro dia, mas no quingentésimo octogésimo dia, depois de amargar quase 2 anos, uns 20 meses na cadeia.

Gostaria de dizer que o meio do tabuleiro desse jogo, o centro desse campo de batalha, não está ocupado por ninguém, pelo menos, não por alguém relevante, que possa ter peso numa possível despolarização deste conflito. Mas não é exatamente bem assim. Existe um candidato que está se colocando como terceira via, disparando sua artilharia verborrágica nas duas direções. Vomitando de volta o refluxo nojento de Bolsonaro sobre o atual presidente e seus fanáticos apoiadores, e atirando as fedidas fezes produzidas por Lula e sua quadrilha de volta na cara da esquerdalha nacional, que não vê a hora de aportar novamente no poder.

Ciro Gomes, que prosaicamente tem o sobrenome do personagem icônico e progenitor da Família Adams, é aquilo que eu chamo de reles adjetivador. Um sujeito que fala bonito e não bem, que constrói suas sentenças empilhando adjetivos no sentido de impressionar a audiência, sendo que essas sentenças são totalmente desprovidas da necessária profundidade que sustente o que ele deseja expressar.

Se fosse um confeiteiro, um pâtissier, Gomes seria incapaz de fazer a massa ou o recheio do bolo, mas seria um exímio fazedor de coberturas, a parte decorativa da deliciosa e suculenta iguaria.

Ciro Gomes é o único nome relevante que se apresenta como possível terceira via, tendo em vista todos os demais não aguentarem um traque. Não possuem partidos fortes que os apoiem, não possuem apoio popular suficiente para encher uma Kombi, não se sustentam por mais de 30 segundos em um comercial de TV, não aguentam uma investigação minuciosa da PF, ou da Pastoral da Família, como de resto ocorre igualmente com os demais.

Moral da história: os cidadãos brasileiros de bom senso, aqueles que não desejam continuar na barbárie da incapacidade de diálogo amplo, com todas as tendências ideológicas, políticas e sociais, e não admitem voltar para o caos social, político e econômico, causado pela endêmica corrupção e pela falta de confiança, não possuem opção viável como saída para essa polarização, uma vez que em última análise, Ciro Gomes é tido como linha auxiliar de Lula. Já Bolsonaro é tão cáustico que nem linha auxiliar ele tem, o que enfraquece a posição das pessoas que se colocam com toda legitimidade na posição conservadora, numa direita moderada e não fanática.

Resumo da ópera: vamos rezar, e muito, para ver se aparece alguém em quem possamos depositar minimamente nossas esperanças. Até agora não vejo luz no final do túnel. Na verdade, não vejo nem o túnel!…

terça-feira, 29 de junho de 2021

O FENÔMENO DAS NOTICIAS FALSAS

Informações são fundamentais para o nosso dia a dia. Elas norteiam as nossas decisões, as nossas conversas e até o modo de vida.  Mas muita informação pode comprometer nossa capacidade de decidir corretamente até sobre qual conteúdo queremos e precisamos.

Diante da necessidade de estar informado , surgem com facilidade canais para divulgação de informações na internet e a importância que as plataformas de comunicação e relacionamento ganharam atualmente vêm impulsionando um fenômeno da difusão das chamadas fake news (na tradução livre do inglês, notícias falsas). Um conjunto de notícias divulgadas por meios de comunicação que se disfarçam de veículos jornalísticos e que compartilham informações comprovadamente incorreta para enganar seu público.


Um exemplo disso foi a onda de notícias falsas sobre o Secretário de Administração de Bacabal, Davi Brandão, onde parte das notícias eram com intuito de denegrir sua imagem e descretibilizar o seu trabalho. 

Em suas redes sociais, o jovem político criou uma campanha “ #NãoEspalheOdio” com o objetivo de barrar com que as pessoas compartilhem e deem atenção às notícias falsas e mentirosas.

“Pessoal estamos na era das relações por meio das redes sociais. Aqui é espaço aberto para todos postarem o que pensam, o que sentem e o que querem! 

Mas o que era para ser bom, tem se tornado um espaço de disseminação de ódio e calúnias…

Como usuário dessa rede, e como alguém que vem constantemente sendo alvo desse tipo de discurso, quero junto com vocês lutar contra esse tipo de ação. #NaoEspalheOdio esse é o meu convite para vocês. 

Não deem likes, não compartilhem postagens que mentem sobre as pessoas, que desrespeitam o outro. 

Vamos compartilhar coisas boas! “, escreveu Davi em suas redes sociais.


Muitos sites já existem para combater esse tipo de notícias, dando a veracidade dos fatos, mas como público, podemos ficar atentos: busque outras reportagens e outros veículos, caso não tenha  sido publicado nada na imprensa  sobre o mesmo assunto, isso pode ser um indicativo de que a história pode ser falsa. Observe  o teor das informações, inclusive as manchetes que muitas vezes trazem títulos apelativos. Sempre pense de forma crítica sobre o que você leu e só compartilhe se você tiver certeza.

COLUNA DO JOSÉ SARNEY - A QUARENTENA E O ESTADO

 


Por José Sarney

Mais uma vez, esta semana, o Brasil proibiu a entrada de estrangeiros por via terrestre ou aquática. Curiosamente não proibiu o acesso por via aérea. Essa tentativa de impor barreiras físicas faz parte da rotina em todo o mundo desde o desenrolar da pandemia de Covid-19.

Não é a primeira vez que se impõem restrições em razão de uma doença. Já o Levítico mandava isolar os leprosos. Avicena, o grande sábio que revelou Aristóteles para o Ocidente, recomendava a separação dos doentes com doenças transmissíveis. E na transição entre Idade Média e Renascimento surgiu na língua vêneta a palavra quarentena, que, escrita como em português, marcava os quarenta dias de isolamento necessários a quem quisesse entrar na Sereníssima República, tentando assim barrar as pragas de peste.

A partir daí o sistema se generalizou, sobretudo nas fronteiras marítimas, sem evitar completamente os surtos — na gripe espanhola morreram 50 milhões de pessoas. Com a explosão das viagens aéreas as coisas se complicaram, porque a doença dá a volta ao mundo antes de ser identificada e cria focos de contágio aqui, ali e acolá. Foram geradas muitas convenções multilaterais, até se chegar à adoção de regras internacionais — os Princípios de Siracusa — pela ONU.

Com a Covid foi, e é, comum a restrição ao fluxo de pessoas. Hoje mesmo nós, brasileiros, não podemos entrar em muitos países, pelo péssimo juízo que se faz de nossos controles e de nosso combate à pandemia.

A falta de uniformidade nas medidas de isolamento mostra dois grandes problemas: o primeiro, o do progressivo enfraquecimento do sistema das Nações Unidas, devido em parte ao boicote das três maiores potências no Conselho de Segurança. Esse é um problema que a humanidade tem que resolver, pois precisamos de mais autoridade coletiva, não de menos, sobretudo para agirmos contra as desigualdades.

O segundo aspecto é a erosão sistemática do Estado democrático que, sob o pretexto de criar um Estado mínimo, tem sido levado rapidamente para o autoritarismo e o populismo que tanto mal causam, como com Hitler, Mussolini, Stalin, Hirohito e tantos outros monstros. Mesmo os regimes em que a democracia resiste sofrem enorme perda em sua capacidade de agir, com governos desprestigiados. Não podemos ignorar a relação entre a crise do Estado e os danos provocados pela doença. Assim aconteceu com a Itália e a Espanha, que não têm conseguido estabilidade para seus governos; com a Inglaterra, onde o Brexit dividiu a população e assumiu a figura exótica de Johnson; com a França, onde Macron não consegue convencer; com os Estados Unidos, no tempo do inqualificável Trump; e em vários países da América Latina — sem falar dos lugares onde só há um fio de democracia, como a Hungria.

Precisamos resistir a esses ataques e restaurar as bases do Estado democrático e da solidariedade internacional.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

ROSEANA SARNEY LIDERA PESQUISA E CARLOS BRANDÃO EMPATA TECNICAMENTE COM WEVERTON ROCHA

O DataIlha divulgou no dia de ontem, domingo (27), na edição do Jornal Pequeno, sua pesquisa sobre a sucessão do governador Flávio Dino (PSB), em 2022. Os números mostram a liderança da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e o crescimento do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que empatou tecnicamente com o senador Weverton Rocha (PDT).

No levanto estimulado, Roseana Sarney lidera com 22,8% das intenções de votos, seguida de Weverton Rocha (PDT), com 13,3% e pelo vice-governador Carlos Bandão (PSDB), com 11,9%. O senador Roberto Rocha (Sem partido) tem 11,2%, seguido do prefeito de São Pedro da Água Branca, Lahesio Bonfim (PSL) com 6,9%, Josimar de Maranhãozinho (PL), com 5,4% e Simplício Araújo (Solidariedade), com 1,0%.

Não sabem ou não responderam somam 24,6% e brancos e nulos 2,9%.



Os números mostram o crescimento do vice-governador Carlos Brandão, que deve ser confirmado como o nome do governador Flávio Dino (PSDB) para a disputa. Brandão, que não passava da casa de dois dígitos, amplia sua vantagem após assumir uma agenda intensa de entrega de obras no Estado.

Até abril de 2022, quando deve assumir o Governo do Estado com a desincompatibilização de Flávio Dino, Brandão pode ampliar sua vantagem e ter melhores condições de disputar as eleições no cargo de governador.

O Instituto DataIlha ouviu 2.179 eleitores, entre os dias 10 e 12 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

LIVE SOLIDARIA ARRAIAL DAS MERCÊS



A Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) realiza, hoje, dia 28, a live solidária Arraial das Mercês. A live será transmitida do Convento das Mercês, pelo Youtube, com a participação de artistas maranhenses em comemoração ao São João e arrecadação de alimentos.

O evento conta com a parceria das secretarias de Estado da Cultura, Agricultura Familiar, e Indústria e Comércio, além do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira no Maranhão, a Central de Bumba-meu-boi da Baixada e Costa de Mão, e a União dos Moradores do Centro Histórico de São Luís.

A live será transmitida ao vivo pela Secretaria de Cultura (SECMA) e pelas redes sociais da FMRB a partir das 19h. O intuito é reunir artistas gratuitamente em benefício de famílias em situação de vulnerabilidade social das comunidades do centro histórico de São Luís.

Já confirmaram participação os artistas Flávia Bittencourt, Joãozinho Ribeiro, Josias Sobrinho, Ribinha do Maracanã, Zé Olhinho, Kátia e Kekel Espíndola, Luiz Júnior, Tambor dos Onças (Fábrica das Artes), George Gomes e Lena Machado.

domingo, 27 de junho de 2021

COLUNA DO DR. ERIVELTON LAGO

 


VAI TE LASCAR, JAMES


O meu irmão James veio me fazer uma visita sábado, dia 26 de junho de 2021. Comprei duas cabeças de pescada e as cozinhei inteiras para comermos tomando algumas cervejas. Poucas cervejas. Cabeça de pescada produz um caldo muito gostoso, regado ao molho de pimenta, limão, arroz branco quente e farinha, é muito bom. Outra coisa, tem muita carne na cabeça de uma pescada grande. O James é o cara mais teimoso que já conheci. Aliás, eu acho que ele é o cara mais teimoso do mundo. Começamos uma teima sobre o covid19 onde ele dizia que existem muitas lendas em torno dessa doença. Dizia ele: agora tudo é covid-19. Toda morte é causada pelo Coronavírus; que ninguém morre mais de outras doenças. Então eu disse a ele o seguinte: olha, James, não é bem assim, cientistas do mundo inteiro estão trabalhando para encontrar e desenvolver um tratamento eficaz para combater a COVID-19. Estamos numa pandemia. Continuei: devemos acreditar na ciência, pois trata-se de um conhecimento sistemático e seguro a respeito dos fenômenos do mundo. Todavia, ele retrucou: então, só porque eu não sou cientista não posso emitir a minha opinião, meu modo particular de pensar, ver e julgar? Falei: eu não estou dizendo isso, longe de mim. Eu estou dizendo que devemos acreditar na ciência. Ele disse: mas a ciência também erra, passamos uma vida inteira dizendo que a terra era o centro do universo e hoje os cientistas dizem que o sol é o centro do sistema solar. Isso significa que os conhecimentos científicos não são inquestionáveis, infalíveis e coerentes para todo o sempre. O cientista é o cara que põe nos livros e manuais o conhecimento do povo. Continuou: as leis científicas vieram depois do conhecimento dos curandeiros, feiticeiros, benzedeiras, parteiras e outros práticos. Continuou meu irmão James: tu te lembras que os médicos mais famosos de Bacabal eram Zé Correia e João Oliveira? Lembras que um era enfermeiro prático e outro era dono de farmácia? Quando ele falou isso, eu lembrei de uma das maiores parteiras de Bacabal, dona Tomásia. Ela fez centenas de partos, todos com muito sucesso. Falei para James: olha, rapaz, a covid-19 é uma doença nova. A ciência está em busca da sua prevenção e da cura. Devemos confiar nos cientistas. Eles trabalham com enunciados, hipóteses e testes experimentais até chegarem a uma conclusão confirmando ou corrigindo as hipóteses formuladas e testadas. Porém, James me perguntou: a cloroquina, a ivermectina e a azitromicina, são produtos da ciência? Sim, respondi. Existe algum cientista ou profissional da área médica que defende o uso desses medicamentos? Sim, respondi. Inclusive o cientista Eric Topol e outros especialistas respeitados afirmam que a hidroxicloroquina não deve ser descartada porque já vem produzindo efeitos positivos contra a covid-19. De fato, não existem pesquisas definitivas sobre nenhum medicamento que está sendo usado contra a doença; que não há provas de que hidroxicloroquina funciona, mas que ela tem se mostrado em todo o mundo tão ou mais eficaz do que outros remédios, e que os efeitos colaterais são mínimos se usada na dose correta. Após dizer isso, meu irmão aproveitou a deixa e disse: ora, se nem os cientistas se entendem, avalie nós leigos e pobres mortais. O homem comum não pode pôr em xeque o saber científico? O conhecimento vulgar ou comum não tem valor? Respondi: não estou dizendo isso, só estou dizendo que devemos ter paciência e acreditar na ciência, pois ela sabe o que faz. Disse meu irmão: eu concordo é com o Paulo Francis, repórter brasileiro, falecido em Nova York, em 4 de fevereiro de 1997, dizia ele: Vírus é o nome de toda doença que os cientistas ainda não conhecem. Então, respondi ao meu irmão: negativo, o vírus existe. Aprendi isso com o Dr Raimundo Nonato Moraes Salazar, um brilhante médico radicado na cidade de São Luis Gonzaga do Maranhão. Um dia usei essa frase de Paulo Francis para conceituar o vírus e ele me respondeu o seguinte: olha, Erivelton, o Paulo Francis está bastante equivocado, pois o vírus é um pequeno ser parasita formado por uma cápsula proteica que pode infectar organismos vivos (seres humanos ou animais). O termo vem do Latim vírus que significa veneno ou toxina. Mas o famoso médico não parou por aí, e disse: Não há consenso se devemos incluir os vírus nos seres vivos como um todo. Por isso, esses seres não são classificados de acordo com o padrão proposto por Lineu. Os vírus, não possuem reino, filo, classe ou ordem. Carl Lineu foi o mais famoso cientista da Suécia. Os vírus não possuem células (acelulares): a unidade estrutural e funcional dos seres vivos. Essa característica contraria a teoria celular, que diz que todos os seres vivos são formados por células. Os Vírus só conseguem reproduzir-se no interior de uma célula, pois não possuem metabolismo próprio. Assim sendo, por não possuírem células, muitos afirmam que os vírus não são seres vivos. Disse mais o médico maranhense: os vírus são acelulares, não possuem orgânulos que desempenham a complexa síntese bioquímica. Somente exprimem atividades vitais: reprodução e propagação, no interior de uma célula hospedeira. Portanto, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Todavia, completou o médico Mundim: o vírus não é uma desculpa da ciência, ele é uma realidade pesquisada diuturnamente pela ciência. Meu irmão, apesar de muito teimoso, pensou um pouco e soltou essa: Eu não teimo com médicos, mas tenho só uma última pergunta a te fazer: Se o vírus não é um ser vivo, como a ciência vai inventar um remédio para matar o Coronavírus que é um morto que muda de nome todo dia? Então eu respondi: “Vai te lascar, JAMES.”