quinta-feira, 12 de junho de 2014

QUANDO TUDO É IMPORTANTE - COPA DO MUNDO, E DAÍ?




Estamos no clima da Copa do Mundo. Televisão, rádios, jornais e revistas só "falam" nisso o dia todo!
Propaganda com "trocentos" jogadores do passado e "pontuais", Felipão em tudo quanto é peça publicitária, fora as intermináveis entrevistas coletivas, Neymar "estrelando" comerciais de todo jeito e maneira, e haja grana e dinheiro para bancar tudo isto.
Os estádios "tiveram" prazo de 7 anos para serem construídos, mas como a pressa é "amiga" do dinheiro fácil e das fraudes, ficou tudo para a última hora, conforme "reza" o jeitinho brasileiro. E desvios do dinheiro público, e superfaturamento tomaram (de) conta de tudo e de todos. Um estádio previsto inicialmente para ser reformado ou construído por 400 milhões "pulou" milagrosamente para 1 bilhão e mais alguma coisa.
Bom, deixando este "introito" de lado, vamos ao que interessa, à Copa do Mundo no Brasil.
Para começar, nossa seleção é de estrangeiros (brasileiros que jogam no exterior), de tal maneira que seus amistosos são na Europa e noutras "plagas" internacionais, nunca em nosso humilde e simples território nacional. Vez por outra, fazem um jogo, "quiçá", anualmente, no Brasil, mas sua sede verdadeira é Londres, Paris, Roma, Barcelona e Madrid, e, se facilitar mais um pouquinho, "salta" para a Ásia e adjacências. Isto porque o futebol é movido a dinheiro, seu principal combustível, daí não interessa jogar no Brasil se lá nos "States" a grana é bem maior.
Nesta seleção brasileira, não há jogador do campeão brasileiro de 2013 (Cruzeiro) nem do campeão da Copa do Brasil (Flamengo), somente o campeão da Libertadores do ano passado "logrou' fornecer algum jogador, o Atlético Mineiro: Jô e Victor, para o banco de reservas. Do Fluminense, 1 jogador (Fred, titular por enquanto) e do Botafogo, 1 (Jefferson, outro "bancário"). No mais todos ficaram na saudade, nem Inter, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Vasco da Gama e Corinthians tiveram algum representante. Isto significa que não há laços sentimentais que aproxime os torcedores destes clubes "excluídos" com a seleção da CBF, não sendo surpresa se a seleção brasileira "possuir" muitos "contra" fora dos estádios, a dos "sem-ingressos" e dos insatisfeitos com a situação do país.
A Tv Globo, e demais empresas vinculadas ao referido torneio, apostam no ufanismo e no calor humano do povo brasileiro e procuram incentivar ao máximo "mexendo" nos brios e nos sentimentos patrióticos para, assim, a seleção ser adorada, amada e querida e conseguir a conquista do campeonato através de uma torcida bastante ferrenha e presente.
Dizem as más línguas que o patrocinador, o país que sedia a Copa, dificilmente perde, tudo é feito e arranjado para o campeão não ser de fora, será?
Praticamente, a última vez que um favorito perdeu em casa foi o próprio Brasil, na Copa do Mundo de 1950, naquele fatídico desastre que abalou o povão fanático pelo futebol. Até hoje ainda "rola" um sentimento de pesar, de perda incomensurável e irreversível, de ter deixado escapar entre os dedos uma copa, e "permitido" que os uruguaios levassem a taça e deixassem nós, brasileiros, "chorando" até hoje.
Tomara que o Brasil ganhe, menos roubando e roubado (e comprado), é lógico, mas que vença o melhor, sem bandeirinhas marcando errado, sem juízes que não marcam impedimento nem pênalti, ou prorrogam o tempo regulamentar até que o perdedor consiga a façanha de empatar, quiçá "virar" a partida e vencer no apagar das luzes, no frigir dos ovos, no 50º minuto do segundo tempo.
Que não venha a encharcar a grama ou deixar a grama alta para prejudicar alguém, como fazem em alguns países sul-americanos com a altitude, ou seja, vale tudo para ganhar a partida, na marra ou na sacanagem.
Tirando de lado os entretantos e os finalmentes, nesta época de Copa os preços sobem estratosfericamente, principalmente bebidas, entre elas refrigerantes e sucos, um absurdo! Para ser mais direto: tudo!!!
Qual seria o legado? Haverá legado? Ficará algo de positivo quando tudo terminar?
"Mexeram" nas cidades, melhoraram as vias de deslocamento (mobilidade urbana) próximas aos estádios, deram uma "guaribada" em tudo, como dizem aí no popular, "maquiaram", para que tudo pareça belo e agradável aos olhos e demonstre que foi feito alguma coisa para ficar na memória.
Aeroportos reformados, estádios construídos a toque de caixa, coisas ainda para terminar ou concluir, mas isto é o Brasil, tudo corrido e apressado, o que importa é chegar lá, aos trancos e barrancos!
E a segurança ausente em todas as cidades por este Brasil afora? E a educação que engatinha a passos de tartaruga, com salas de aulas sem cadeiras, sem conforto e sem banheiros? E a saúde, com hospitais superlotados e com doentes deitados no corredor, amontoados, a Deus dará?!!!
A Copa é importantíssima, todo país quer, é uma oportunidade única, apesar dos custos acima de qualquer previsão, mas questiona-se não há outras prioridades: segurança, educação e saúde teriam que dar lugar a um evento desses ou o que está faltando é competência de nossos governantes, com desempenho insuficiente para o cargo a qual se elegeram? (No Brasil, o custo de 8 bilhões nada representa quando comparado com os 74 bilhões disponibilizados no orçamento da União e não aplicados).
Fico apoiando os que criticam nossos governantes desde o descobrimento, onde o seguinte sempre foi pior do que o antecessor. O que se vê, de verdade, é gente desqualificada, bastante egoísta, muitas vezes mal intencionada, e despreparada para a responsabilidade de administrar e governar.
A lição que fica é ter o governo petista jogado todas as suas fichas (e apostas) na realização da Copa (circo - o pão fica por conta do bolsa família) como forma de se perpetuar no poder e garantir a reeleição. Pode não acontecer, mas a falta de oposição e de candidatos que representem o novo e que queira mudar o país é a maior garantia de que o partido governista, mesmo contrariando as expectativas, ainda ganhe.
E se tudo der errado na Copa, manifestações contrárias e muita baderna, aí pode representar o fim e a derrocada da estratégia, mesmo sem ter adversário à altura.
O que nos resta é torcer para que tudo dê certo!!! Quem sabe, ser campeão, mesmo!
Entrar no clima, contar os minutos e horas para o momento da onça beber água e do vamos ver é tomar conta da ansiedade!
E vamos que vamos!!!


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