A
Odebrecht
teria dado US$ 23 milhões a Pedro Paulo Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras,
mantidos em contas na Suíça desde 2010, segundo reportagem do jornal “Folha de
S. Paulo” publicada nesta quinta-feira. A publicação atribui a informação a
quatro testemunhas da Operação
Lava Jato. A empreiteira nega “veementemente ter feito
qualquer pagamento ou depósito” ao ex-dirigente.
Segundo o jornal, quando
recebeu o montante, equivalente a R$ 57 milhões, Costa era responsável pela
obra da refinaria Abreu e Lima, o mais caro da Petrobras. O custo previsto do
empreendimento passou de R$ 5,6 bilhões no início para os atuais R$ 46 bilhões.
O terceiro maior
contrato dessas obras foi vencido pela Odebrecht em consórcio com a OAS,
acusada de enviar US$ 4,8 milhões para uma conta do doleiro
Alberto Yousseff.
Costa e Yousseff são
acusados de integrar esquema que desviou cerca de R$ 10 bilhões da Petrobras,
segundo denúncia do Ministério Público Federal. Segundo os depoimentos, ao
menos 32 parlamentares e um governador receberam recursos desviados dos
contratos da estatal.
A Odebrecht teria
sido apontada pelo ex-diretor durante depoimento após acordo de delação
premiada. Pelo acordo, Costa ficará em prisão domiciliar
sob monitoramento de uma tornozeleira eletrônica por pelo menos um ano.
Em nota, a
construtora definiu a reportagem como "leviana" e
"falaciosa". A companhia criticou o fato de o jornal não ter
documentos para embasar suas denúncias. Segundo a Odebrecht, a empresa mantém
contratos com a Petrobras, conquistados por licitação pública, há décadas. A
OAS não quis comentar o caso.
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