ENEM:
CANDIDATO DEVE FICAR ATENTO A HORÁRIOS DE ABERTURA E FECHAMENTO DE PORTÕES
As
provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 serão aplicadas hoje e amanhã e um item que merece a atenção dos candidatos é a hora de
abertura e de fechamento dos portões dos locais de prova. Os portões serão
abertos às 12h e fechados às 13h, no horário de Brasília. No entanto, vários
Estados estão com a hora diferente da capital federal devido ao horário e verão
e nessas cidades os estudantes precisam acertar o relógio.
Em
alguns locais, a diferença em relação a Brasília chega a três horas, como no
Acre e em municípios do extremo oeste do Amazonas. Nesses locais, os portões
serão abertos às 9h e fechados às 10h.
No
Nordeste e no Amapá, Pará, Tocantins, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o
acesso começa às 11h e os candidatos podem entrar até as 12h.
Nos
estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste (exceto Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul) o horário é o mesmo do Distrito Federal - os portões serão
abertos às 12h e a prova terá início às 13h.
Os
candidatos sabatistas - que guardam o sábado por motivos religiosos – devem
cumprir esses horários e serão acomodados em salas separadas até as 19h, quando
podem iniciar a prova. Nesta edição do exame, os sabatistas somam 69.396
inscritos.
Como
o Enem está marcado para o fim de semana, os estudantes devem lembrar que
nesses dias o número de linhas de metrô, trem e ônibus circulando é menor. Uma
dica é, antes do dia do exame, fazer o percurso até o local da prova para
conhecer com antecedência o trajeto e ter noção do tempo gasto.
Os
cartões de confirmação, com os locais de prova, são enviados pelo correio. O
candidato que não recebeu pode consultar o documento no site do Enem ou ligar para
o 08000 616161. Não é obrigatório levar o cartão no dia do exame.
O
estudante só pode deixar o local da prova duas horas após o início do exame. E
poderá levar o caderno de questões somente nos últimos 30 minutos antes do fim
da prova.
As
provas do Enem serão aplicadas amanhã (8) e domingo (9). Mais de 8,7 milhões se
inscreveram para o exame. A nota do Enem pode ser usada para participar de
programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona
estudantes para vagas no ensino superior público, e o Programa Universidade
para Todos (ProUni), que oferece bolsas em instituições privadas.
FAZER SELFIE DURANTE PROVAS DO ENEM ESTÁ PROIBIDO
Durante
o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está proibido fazer selfie. Os candidatos que
postarem fotos de si mesmos no local do exame, da prova ou do cartão de
respostas, mesmo que não esteja preenchido, poderão ser eliminados.
A
regra está no edital: não é permitido portar máquinas calculadoras, agendas
eletrônicas ou similares, telefones celulares, smartphones, tablets,
ipods, pen
drives, mp3 ou similar, gravadores, relógios, alarmes de qualquer
espécie ou qualquer transmissor, gravador ou receptor de dados, imagens, vídeos
e mensagens.
A
recomendação é que os candidatos não levem esses objetos, mas caso estejam com
eles, guardem em porta-objetos fornecido pelo aplicador. Os equipamentos e o
celular deverão estar desligados. A embalagem deverá ser lacrada e identificada
com o nome do participante. Deverá ser colocada embaixo da carteira e retirada
apenas no fim da prova.
Os
candidatos que portarem qualquer um desses objetos durante a prova, que fizerem
postagens de texto nas redes sociais ou trocarem mensagens eletrônicas ou por e-mail também estão
sujeitos à eliminação.
As
provas do Enem serão aplicadas hoje e amanhã. O exame tem 8,7
milhões de inscritos e ocorrerá em 1,7 mil cidades brasileiras. A prova terá
inicío às 13h, no horário de Brasília. Os candidatos deverão chegar com uma
hora de antecedência. Para verificar o local de prova, o candidato pode acessar
o cartão de confirmação nosite
do Enem.
ENEM: NOTA FINAL NÃO CONSIDERA APENAS NÚMERO DE ERROS E
ACERTOS EM CADA PROV
Com
muitas fórmulas de matemática, elementos químicos e regras gramaticais para
estudar para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014, nem
sempre os candidatos se interessam em saber como é feita a correção das provas
objetivas e da redação.
Para
a prova objetiva, a correção usa a metodologia da Teoria de Resposta ao Item
(TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e
erros dos estudantes naquele item. Assim, uma questão que grande parte dos
candidatos acertou será considerada fácil e, por essa razão, valerá menos
pontos. Já o estudante que acertar um item com alto índice de erros ganhará
mais pontos.
Dessa
forma, não é possível calcular a nota final apenas contabilizando o número de
erros e acertos em cada uma das provas. Um candidato que acerta o mesmo número
de questões que outro não terá necessariamente a mesma pontuação. O estudante
só tem como saber a nota final no Enem quando todos esses aspectos forem
avaliados.
A
correção da redação é mais simples e passou por mudanças no ano passado, já que
na prova de 2012 um candidato obteve a nota máxima na redação, mesmo com a
inserção de um trecho de receita de macarrão instantâneo no texto. O Ministério
da Educação (MEC) definiu que se forem inseridos trechos indevidos, o candidato
será eliminado.
A
redação é avaliada por dois corretores, sem que um saiba a nota atribuída pelo
outro. No texto, são consideradas cinco competências: domínio da norma culta da
língua portuguesa, compreensão e desenvolvimento do tema usando várias áreas do
conhecimento; defesa de um ponto de vista; argumentos e proposta de intervenção
para o problema e respeito aos direitos humanos, segundo o Guia de Redação para
o Enem.
O
corretor deverá atribuir nota de 0 a 200 para cada uma das competências. A soma
(da pontuação de cada competência) vai resultar na nota total, que pode chegar
a 1.000 pontos. A nota final do candidato será a média aritmética das notas
totais concedidas pelos dois avaliadores.
Se
entre as notas totais dos dois corretores houver diferença superior a 100
pontos ou de mais de 80 pontos em qualquer uma das cinco competências, a
redação segue para um terceiro avaliador. Nesse caso, a nota final será a média
aritmética das duas notas totais que mais se aproximarem. No caso de a
discrepância continuar depois da terceira avaliação, a redação será corrigida
por uma banca com três professores, que vai dar a nota final.
A
diferença de 100 pontos que leva a correção do texto para um terceiro avaliador
é uma das mudanças que passaram a vigorar no ano passado. Antes, a diferença
era 200 pontos.
Desde
o Enem de 2012, o estudante pode ter acesso ao texto da redação corrigido para
fins pedagógicos, ou seja, apenas para ver como foi a correção por competência.
Assim, o candidato não pode questionar a correção e pedir a revisão da nota, de
acordo com o edital do exame.
A
redação deve ser um texto argumentativo e dissertativo de, no máximo, 30
linhas. Ao escrever o texto, o candidato precisa defender uma opinião sobre o
tema apoiada em argumentos consistentes e, por fim, elaborar uma proposta de
intervenção social para o problema apresentado.
CANDIDATOS PODEM ESTUDAR TEMAS QUE SÃO APOSTAS DE PROFESSORES PARA O ENEM
Na
reta final de estudos para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
que serão aplicadas hoje e amanhã, ainda dá tempo de os candidatos estudarem
temas que são apostas de professores para o exame. Entre eles estão fatos
históricos que podem ser relacionados a acontecimentos recentes.
O
professor de história do curso online
QG do Enem, Marcelo Tavares, diz que uma das apostas é estudar os fatos que
este ano completam “aniversário redondo”, como o movimento Diretas Já,
encerrado em 1984 e que completa 30 anos, além do apartheid na África do Sul, que terminou em
1994, e os 100 anos da Primeira Guerra Mundial.
“O
Diretas Já, porque juntamos o ano eleitoral e o aniversário de um movimento que
foi determinante para o retorno das eleições diretas para presidente. Foi um
movimento derrotado, mas que mostrou a iniciativa da sociedade brasileira em
favor do reestabelecimento do voto direto”, explica o professor, lembrando que
a mobilização pelas Diretas Já levou milhares de pessoas às ruas para
pressionar em favor do voto direto.
Como
2014 marca os 20 anos do fim do apartheid,
o professor Marcelo diz que coloca o tema como referência obrigatória. “Quando
você fala de apartheid,
fala de um regime de segregação racial que durou da década de 40 até 1994 e
fala de Nelson Mandela, que ficou anos preso por se mobilizar contra aquilo”,
explica.
Ele
também cita como boas apostas a ditadura militar, a guerra do Vietnã, o
coronelismo, o governo de João Goulart e a Constituição de 1988.
O
professor de geografia do pré-vestibular Galois, Leonardo Dreher, acredita que
a prova do Enem vai cobrar bastante temas ligados à questão ambiental. A
Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabeleceu prazo até agosto último
para que os municípios acabassem com os lixões e criassem aterros sanitários, é
uma das apostas do professor.
“Neste
ano venceu o prazo, e a política acabou não sendo bem implementada já que nem
todos os lixões foram fechados e os aterros sanitários instalados. O estudante
precisa conhecer o tema sob a perspectiva das responsabilidades políticas, ver
a questão do lixo não só como responsabilidade do Estado, mas também do
empresariado e da sociedade civil”, diz.
A
falta de água, que tem sido problema recorrente em cidades brasileiras e coloca
em debate a importância do manejo dos recursos hídricos, as fontes de energia
disponíveis no Brasil e as implicações do uso crescente das usinas térmicas,
pode aparecer em textos e questões, na avaliação do professor Leonardo. Ele diz
que os estudantes devem ficar atentos também aos conflitos agrários envolvendo,
por exemplo, garimpeiros, indígenas e o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem
Terra, já que esse tem sido tema recorrente no Enem.
O
professor de atualidades do curso online
QG do Enem, Orlando Stiebler, acredita que o uso da maconha para fins
medicinais é forte para cair no exame ou até ser tema da redação. “É um tema
que está em voga. No Brasil, gerou polêmica o fato de as pessoas importarem
remédios à base de maconha para o tratamento de doenças. Ainda carecemos de uma
regulamentação sobre o assunto”, explica.
Fatos
relacionados à ditadura militar também são fortes para a prova do Enem, na
avaliação do professor, já que neste ano se completam os 50 anos do golpe
militar. Ele cita, entre esses fatos, a exumação dos restos mortais do
ex-presidente João Goulart e os trabalhos da Comissão da Verdade. “Em 2012, foi
criada uma comissão para investigar o passado do Brasil e ela encerra as
atividades em dezembro deste ano. Esse é um tema forte. É importante saber
detalhes sobre o trabalho da comissão e o período que ela vai investigar, que é
de 1946 a 1988”.
Na
área internacional, Stiebler prevê que apareçam temas como a crise entre a
Ucrânia e a Rússia, o referendo na Escócia e o terrorismo internacional, com
destaque para a participação da organização Estado Islâmico.
As
provas do Enem serão aplicadas nos dias 8 e 9 de novembro, hoje e amanhã. O exame tem 8,7
milhões de inscritos. Para se preparar para a prova, os candidatos podem
acessar o aplicativo questoesenem.ebc.com.br. O banco de questões da Empresa Brasil de Comunicação
(EBC)
reúne itens de 2009 a 2013.
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