A
população de vários municípios do Maranhão está cada vez mais estupefata com
uma prática que vem se tornando comum: a explosão de agências bancárias por
bandidos. Dados do Sindicato dos Bancários do Estado do Maranhão (SEEB) mostram
que só neste mês sete bancos já foram pelos ares por explosivos no estado. De
janeiro para cá, já foram 43 agências alvo dos bandidos.
A prática leva terror às cidades, tamanha a violência e a grande
quantidade de explosivos utilizados para garantir, à força, o acesso aos cofres
das agências e retirar o máximo ou todo o dinheiro. E o mais agravante é que o
risco à segurança e ao patrimônio não atinge somente os bancos. Os imóveis residenciais
e comerciais localizados próximo às agências também podem ser atingidos, o que
provoca medo maior aos habitantes.
Isso sem falar no risco de as pessoas serem atingidas por balas
perdidas durante a fuga dos bandidos, caso sejam interceptados pela polícia.
Permanecer na praça ou em frente às casas ou em bares – cena comum em
municípios do interior – hoje é um grande risco. Já houve até um caso, neste
ano, em que pessoas que estavam em um bar acabaram reféns de bandidos que ainda
as obrigaram a carregar o cofre do banco alvo da ação explosiva. Por medo, as
pessoas tiveram que ajudar o bando a levar o cofre. Foi o preço da
sobrevivência.
E a prática delituosa vai se disseminando pelo estado, pois os
bandidos vão passando de um município para outro tendo como principais alvos os
bancos, levando consigo também cenas de terror e deixando a população
apavorada. Ter banco em uma cidade, atualmente, passou a ser sinônimo de medo,
em vez de comodidade e necessidade.
E os prejuízos não são só financeiros para o banco. A explosão
também provoca muitos prejuízos para a economia do município e para a
população, que fica sem ter como pagar contas, sacar ou depositar dinheiro e
utilizar outros serviços, já que na grande maioria dos municípios há somente
uma agência bancária.
Ontem, por exemplo, a explosão da única agência bancária
existente em Lima Campos – do Banco do Brasil – deixou a população, além de
apavorada, sem banco.
Sem unidades funcionando nos municípios, muitas pessoas têm que
viajar para outras cidades em busca do serviço, arriscandose também em viagens
perigosas e longas e a serem alvos de assaltantes, que acabam ficando de olho
nesse movimento de clientes em busca de serviços bancários.
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