quinta-feira, 8 de outubro de 2015

QUEM CALA, CONSENTE

Talvez mais surpresa que o discurso destrambelhado do tresloucado suplente de deputado estadual Fernando Furtado (PCdoB), foi o silêncio sepulcral dos deputados estaduais, Assembleia Legislativa e do Poder Judiciário do Maranhão.

Através de um discurso que ganhou notoriedade nacional, Fernando Furtado fez gravíssimas acusações. O comunista afirmou que deputados participam de negociatas com membros do Poder Judiciário para que prefeitos possam voltar aos cargos (reveja).
Fernando Furtado afirmou ainda que presenciou uma dessas negociatas, realizada num posto de gasolina.

“Eu fiz o meu pronunciamento incomodando alguns deputados que tem trânsito no Tribunal e fazem negociatas, pra poder voltar prefeitos com R$ 100 mil e R$ 200 mil, em posto de gasolina. Porque eu fui passar uma noite de domingo em um posto de gasolina em São Luís pra flagrar uma negociata dessas com um genro de um Desembargador, eu estava lá de madrugada vendo tudo. Porque podem fazer comigo duas coisas: ou eu perder o mandato ou eles me matarem, agora eu não vou me calar em nenhum momento”, afirmou o suplente de deputado em discurso na cidade de São João do Caru.
As palavras de Fernando Furtado colocaram em xeque dois poderes do Maranhão, Legislativo e Judiciário, afinal ao não declinar nomes, todos ficam em suspeição.

Entretanto, estranhamente ninguém reagiu, ninguém demonstrou indignação as acusações de Fernando Furtado. Nenhum deputado, nem tão pouco nenhum membro do Judiciário do Maranhão respondeu ou sequer ponderou o que foi dito pelo suplente de deputado.
Pior é que o próprio Fernando Furtado utilizou a Tribuna da Assembleia, na quarta-feira (07), mas fingiu que nada estava acontecendo e, obviamente, optou por não tocar no assunto.

A atitude de Fernando Furtado era esperada, mas o silêncio sepulcral da Assembleia e do Poder Judiciário é no mínimo estranho, afinal, como já dizia a minha avó, quem cala, consente.


Por Jorge Aragão

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