Fragmentada, esburacada, enlameada, sem eira e nem beira,
um poço de desmandos, predestinada a dias piores, tanto vive a cidade Bacabal,
como a sua política, um verdadeiro monte
de retalhos com agulha e linha nas mãos da justiça e, sabe-se lá, quando e quem
irá começar a costurar esta colcha.
O relacionamento, costumo dizer, que
começa errado, não acerta no meio, termina errado e queiram ou não, esse é o destino
que a bola de cristal imaginária, revela para Bacabal e para alguns políticos, principalmente vereadores.
Não bastava a inelegibilidade de Zé
Vieira, o descenso de Roberto Costa, a fé demasiada de Dr. Lisboa na
candidatura Graciete, a aposta em uma derrocada de Zé Vieira antes da eleição
por parte dos, Florêncios, a eleição de dois prefeitos, um pelo Tribunal da Justiça
Eleitoral e outro pelo voto popular, a avalanche de liminares, embargos, ações,
todas perdidas por Zé Vieira, que, aos 44 do segundo tempo, com uma manobra
espetacular dos seus advogados, não se sabe como, o Ministro plantonista, com
uma só canetada, derrubou todas as outras liminares e lhe deu direito de posse.
Sob olhares lassos de uns, protesto de
outros, contentamento da maioria,
desconfiança, fatos, fofocas, boatos, armações, molecagens, deu-se inicio a uma
corrida pela presidência da Câmara, já que na linha de largada estavam Cesar
Brito e Edvan Brandão.
Sonhando em governar a cidade por,
pelo menos três meses, César Brito foi a luta. Usou seu poder econômico, a
força da situação e se auto proclamou presidente da câmara, numa manobra cheia
de erratas, entre elas, o sumiço do diploma do vereador Joãozinho Algodãozinho,
caso que ainda é investigado, e que caiu toda a responsabilidade nas costas do
lobista e ex-apresentador de TV Tony Silva, que por essa e por outras
falcatruas, como: devolver dinheiro sujo para incriminar outrem e até pedir
desculpas publicamente, vive escondido ate hoje. Seu paradeiro e ignorado.
Por ser o mais velho entre os vereadores, regimentalmente o Irmão Leal assumiu a direção da Casa, mas, como já não vinha fazendo jus ao nome, depois de eleito se curvou às conversas de pé de ouvido do vereador César Brito e para confirmar os cognomes a ele atribuídos, foi desleal com seu próprio partido, o PMDB.
Achando que seria para sempre e mais um dia, o pseudo “estar” presidente da Câmara lhe subiu a cabeça e uma onda de desmandos começou a ser injetada, na ilusão de que daria certo.
Irmão leal caiu em seu próprio golpe, foi vitima de sua própria ganância e poderia, em vez de diminuir seus votos, multiplicá-los. Por essas e outras é que perdeu o respeito, não soube agradecer os votos recebidos, desvalorizou a luta de muitos anos para chegar onde chegou,
Aí entrou a força do Senador da
Republica, João Alberto de Souza, que com a ausência de Roberto Costa, delegou
poderes ao Dr. Almir Júnior, que foi atrás de fazer as alianças e transformar,
depois de liminares, ações, intervenções judiciais, ausências, desacatos, promessa
de prisão e por fim, um ultimato dado pelo
Desembargador Marcelo Carvalho, Edvan Brandão em presidente realmente
definitivo da Câmara Municipal de Bacabal..
Mesmo sendo presidente interino, e candidato, Irmão Leal não compareceu para presidir a sessão de votação e virou motivo de
chacota e agora, além de detonar a Policia Militar do Maranhão, prometeu
providências drásticas a quem lhe chamar por cognomes. Se essa moda pegar, o
que será, de Temer, Lula, Dilma e todo mundo da Lava-jato?
Parafraseando o Sheakspeare “ ... descobre-se que se leva anos para
construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer
coisas em um instante, das quais se arrependera pelo resto da vida...” Basta
fazer as coisas certas, Bacabal agradece “elementar, meu caro”
Hoje tem sessão ordinária, o povo vai
estar lá e cabe a cada vereador dizer para que veio. Agora que a coisa está
caminhando para uma nova eleição, a eleição suplementar, tem partido que vem com força
total e é ai que tem gente que vai ter que comer no prato que um dia cuspiu.
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