quarta-feira, 15 de março de 2017

POR QUEM OS SINOS DOBRAM?


Fragmentada,  esburacada, enlameada, sem eira e nem beira, um poço de desmandos, predestinada a dias piores, tanto vive a cidade Bacabal, como a  sua política, um verdadeiro monte de retalhos com agulha e linha nas mãos da justiça e, sabe-se lá, quando e quem irá começar a costurar esta colcha.
O relacionamento, costumo dizer, que começa errado, não acerta no meio, termina errado e queiram ou não, esse é o destino que a bola de cristal imaginária, revela para Bacabal e para alguns políticos, principalmente vereadores.
Não bastava a inelegibilidade de Zé Vieira, o descenso de Roberto Costa, a fé demasiada de Dr. Lisboa na candidatura Graciete, a aposta em uma derrocada de Zé Vieira antes da eleição por parte dos, Florêncios, a eleição de dois prefeitos, um pelo Tribunal da Justiça Eleitoral e outro pelo voto popular, a avalanche de liminares, embargos, ações, todas perdidas por Zé Vieira, que, aos 44 do segundo tempo, com uma manobra espetacular dos seus advogados, não se sabe como, o Ministro plantonista, com uma só canetada, derrubou todas as outras liminares e lhe deu direito de posse.
Sob olhares lassos de uns, protesto de outros, contentamento  da maioria, desconfiança, fatos, fofocas, boatos, armações, molecagens, deu-se inicio a uma corrida pela presidência da Câmara, já que na linha de largada estavam Cesar Brito e Edvan Brandão.
Sonhando em governar a cidade por, pelo menos três meses, César Brito foi a luta. Usou seu poder econômico, a força da situação e se auto proclamou presidente da câmara, numa manobra cheia de erratas, entre elas, o sumiço do diploma do vereador Joãozinho Algodãozinho, caso que ainda é investigado, e que caiu toda a responsabilidade nas costas do lobista e ex-apresentador de TV Tony Silva, que por essa e por outras falcatruas, como: devolver dinheiro sujo para incriminar outrem e até pedir desculpas publicamente, vive escondido ate hoje. Seu paradeiro e ignorado.
Por ser o mais velho entre os vereadores, regimentalmente o Irmão Leal assumiu a direção da Casa, mas, como já não vinha fazendo jus ao nome, depois de eleito se curvou às conversas de pé de ouvido do vereador César Brito e para confirmar os cognomes a ele atribuídos, foi desleal com seu próprio partido, o PMDB.
Achando que  seria para  sempre e mais um dia, o pseudo   “estar” presidente da Câmara lhe subiu a cabeça e uma onda de desmandos começou a ser injetada, na ilusão de que daria certo.

 
Irmão leal  caiu em seu próprio golpe, foi vitima de  sua própria ganância e poderia, em vez de diminuir  seus votos, multiplicá-los. Por essas e outras é que perdeu o respeito, não soube agradecer os votos recebidos, desvalorizou a luta de muitos anos para chegar onde chegou,
Aí entrou a força do Senador da Republica, João Alberto de Souza, que com a ausência de Roberto Costa, delegou poderes ao Dr. Almir Júnior, que foi atrás de fazer as alianças e transformar, depois de liminares, ações, intervenções judiciais, ausências, desacatos, promessa de prisão e por fim, um ultimato dado pelo  Desembargador Marcelo Carvalho, Edvan Brandão em presidente realmente definitivo da Câmara Municipal de Bacabal..
 Mesmo sendo presidente interino, e candidato, Irmão Leal não compareceu para presidir a sessão de votação e  virou motivo de chacota e agora, além de detonar a Policia Militar do Maranhão, prometeu providências drásticas a quem lhe chamar por cognomes. Se essa moda pegar, o que será, de Temer, Lula, Dilma e todo mundo da Lava-jato?
Parafraseando o Sheakspeare “ ... descobre-se que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependera pelo resto da vida...” Basta fazer as coisas certas, Bacabal agradece “elementar, meu caro”
Hoje tem sessão ordinária, o povo vai estar lá e cabe a cada vereador dizer para que veio. Agora que a coisa está caminhando para uma nova eleição, a eleição suplementar, tem partido que  vem com força total e é ai que tem gente que vai ter que comer no prato que um dia cuspiu.

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