domingo, 5 de janeiro de 2014

QUANDO TUDO É IMPORTANTE




Na vez passada, comentei aqui sobre o modo de lutar do "bailarino"-lutador, aquele jeito de provocar o adversário chamando pra luta - e deu no que deu. O Anderson vacilou, teve uma oportunidade de ouro de dar a joelhada fatal, recuou, continuou provocando e no segundo vacilo, lá se foi nosso campeão, dando de bandeja o queixo para bater e o bandeijão-cinturão, consagrador, para o oponente.

Nesta luta de domingo, 29 de deaembro, ele levou mais a sério, mas ao calcular mal o chute, chutou com a canela um pouco abaixo da região do joelho do adversário e sofreu duríssima lesão, fraturando os dois ossos da perna, a tíbia e a fíbula, quase fratura exposta. Ficou feio de ver, imagem forte, cruel, a dramática, parte lesada se envergou e formou algo ruim de ser olhado, tal a gravidade. Isto me lembrou aquela lesão horrível que o nosso Ronaldo Fenômeno sofreu quando no Internazionale de Milão no ano 2000.


Fui levado a assistir à luta do Anderson Silva devido à avalanche de notas na mídia, da propaganda ostensiva do tal desafio para recuperar o famoso cinturão de campeão mundial do MMA, luta que iria ocorrer no final do ano (como acabou acontecendo).
No meus "cálculos" pensei que fosse ali pela meia-noite ou pouco mais, mas a Globo "propagava" que seria depois do Supercine. Como não tinha ideia da hora que iria terminar, fiquei de "plantão".


E o tempo foi passando. Sintonizei o canal "Combate", por via das dúvidas, pois corria um "boato" de que a Globo iria mais uma vez enganar seu "público consumidor" e passar ao vivo de mentirinha. Na dúvida, não ultrapasse, como diria um amigo meu do tempo de banco, o Tião de Ubá.


E o tempo foi passando.Deu 1 hora da manhã e nada, 1 hora e meia, e nem sinal. No canal "Combate", uma série de lutas preliminares se desenvolvia. Numa delas, uma de duas mulheres e haja porrada, só faltando puxão de cabelos. Estava sensacional!
E neste meio tempo pude ficar observando e refletindo sobre estas lutas massacrantes, quando o objetivo final é destruir o adversário, custe o que custar.


Estamos num mundo totalmente envolvido pela violência, tanto física quanto moral ou mental. Vale quem for mais forte, quem tem mais café no bule, ou seja, melhor chute na cara, melhor porrada na face, tudo em nome de "finalizar", é o vale-tudo em sua essência.


Queimar ônibus, depredar bem público, quebrar vidraças alheias, derrubar cercas e agredir seu semelhante, é reflexo do que vivemos.
Jogos de vídeo-game violentos, lutas marciais, boxe, tudo em nome da violência gratuita que assola o mundo e o país. E essas lutas contribuem para divulgar mais e mais o vencer de qualquer jeito.
Estamos perdendo nossos valores, o que importa é passar por cima do seu semelhante se preciso for.
Tomara que uma fratura dessas possa fazer seus admiradores e seguidores refletirem se isso traz algum benefício.
E tenho dito!


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