terça-feira, 30 de setembro de 2025

LAGO VERDE RUMO À ELITE DO FUTEBOL MARANHENSE

 

TIMON - O Lago Verde venceu o Timon por 2 a 1 na tarde do ultimo domingo (28), no estádio Miguel Lima, em Timon, e garantiu a liderança do Grupo B da Série B do Campeonato Maranhense. O resultado também assegurou a classificação do Verdão para a próxima fase da competição.

Jogo movimentado em Timon

Primeiro gol: Aos 20 minutos do primeiro tempo, após confusão na área, a bola sobrou para Neto, que acertou belo chute de fora para abrir o placar para o Lago Verde.

Ampliação: Logo aos 4 minutos da etapa final, Maranhão recebeu ótimo passe, ficou cara a cara com o goleiro e bateu firme para fazer 2 a 0.

Reação do Timon: O zagueiro e capitão Yuri diminuiu aos 34 do segundo tempo, aproveitando cobrança de escanteio, mas a equipe da casa não conseguiu empatar.

Situação na tabela

Com a vitória, o Lago Verde chegou a 7 pontos, ultrapassando o Timon, que ficou com 5. O São José, com apenas 1 ponto, está eliminado do torneio.

1º Lago Verde – 7 pontos

2º Timon – 5 pontos

3º São José – 1 ponto

Próximos compromissos

O Verdão ainda enfrenta o São José na última rodada, mas já tem a liderança do Grupo C garantida. A partida será na quarta-feira (1º), às 15h30, no estádio Pinheirão, em São Mateus. O Timon não tem mais jogos a disputar.

Caminho para a elite

O campeão e o vice da Série B do Maranhense 2025 conquistam vaga na Série A estadual de 2026. Caso haja desistência ou impedimento, a Federação Maranhense de Futebol (FMF) poderá indicar outro clube conforme a ordem de classificação.

Grupos da Série B 2025

Grupo A: São Luís, Expressinho, Luminense, Tupan e Americano

Grupo B: Lago Verde, Timon e São José

Grupo C: Cordino, Balsas e ITZ Sport

WEVERTON ROCHA NAO É INVESTIGADO NA CPMI DO INSS

 

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no INSS, senador Carlos Viana (PL-MG), esclareceu, nesta semana, que o senador Weverton Rocha (PDT-MA) não é alvo das investigações conduzidas pelo colegiado.

Segundo Viana, a comissão atua com cautela e responsabilidade, evitando expor nomes que não tenham ligação direta com os fatos apurados.

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nesta semana, o empresário Antônio Carlos Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, negou qualquer envolvimento do senador Weverton Rocha (PDT-MA).

Antunes explicou que conheceu o senador por meio de uma funcionária do gabinete parlamentar, que identificamos ser Samara Nascimento, mãe de dois filhos com autismo severo e que atua na defesa do uso de medicamentos à base de cannabis para o tratamento do autismo. Segundo o empresário, a funcionária relatou que seu filho fazia uso de um desses medicamentos, mas enfrentava dificuldades para encontrá-lo. Foi nesse contexto que ele decidiu ajudar. Segue documentos comprobatórios do uso de Cannabis pelos filhos de Samara.

O empresário relatou que a aproximação ocorreu de forma casual. Segundo ele, parou em um evento organizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no fim de semana, para pedir informações e foi atendido por Samara, que posteriormente descobriu ser funcionária do gabinete do senador. Imagens feitas no dia do evento confirmam o relato do depoente.

De acordo com Antunes, após esse episódio, manteve contato com Samara, e, por esse motivo, esteve no gabinete do senador. Conforme apuramos, em nenhuma das vezes o senador estava presente.

Ainda segundo Antunes, o único encontro com o senador Weverton aconteceu durante um “Costelão”, churrasco na casa do senador, quando foi levado por um amigo em comum. Uma tentativa de aproximação para tentar entender como anda o processo regulatório da cannabis aqui no Brasil.

JA SÃO 41 CASOS DE FEMINICIDIO REGISTRADOS NO MARANHAO EM 2025

 

O Maranhão alcançou a quantidade de 41 feminicídios no ano de 2025. Na madrugada do ultimo domingo (28), Clenylde dos Santos Lobato, de 33 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro José Luzio Moraes Santos.

O crime foi por volta de 3h, enquanto a vítima dormia em sua casa e ocorreu no povoado Oriente, zona rural de Penalva. O suspeito do crime está foragido.

Apesar de ainda alto, a tendência é que tenhamos uma diminuição no número desse tipo de crime cruel e covarde no Maranhão. No ano passado, o Maranhão registrou 68 casos, o que proporcionou uma média de 5,6 mortes por mês. Neste ano, com 41 feminicídios em nove meses, a média mensal é de 4,5 vítimas fatais. Em contrapartida, se manter essa média em 2025, o número será maior que 2023, quando tivemos o registro de 50 casos.

O Brasil segue entre os países com mais altos índices de feminicídio no mundo.

NOMEAÇÃO DA SOGRA LEVA JUNIOR LOURENÇO A SE INVESTIGADO PELO TCU

 

O deputado federal Júnior Lourenço (PL/MA) é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pela eventual prática de nepotismo.

O parlamentar maranhense nomeou, em maio de 2022, a própria sogra, Maria Jackeline Jesus Gonçalves Trovão, de 61 anos, no seu gabinete da Câmara Federal, na função de secretária parlamentar.

Maria Jackeline Trovão, que é mãe da esposa de Júnior Lourenço, Carolina Trovão Bonfim, quando foi nomeada tinha um salário de R$ 1.328,41, mais auxílios. No entanto, em dezembro de 2023, ela foi promovida e passou a receber R$ 1.764,93, além de benefícios.

O subprocurador-geral Lucas Furtado, representante do Ministério Público (MP) junto ao TCU, viu indícios de nepotismo no caso. Por isso, pediu que, se o nepotismo for confirmado, os envolvidos sejam responsabilizados e que a Corte de Contas apure o dano ao erário. Consequentemente, deve haver ressarcimento aos cofres públicos

OPINIAO - CONVITE PARA SER CANDIDATO A SENADOR - POR JOAQUIM HAICKEL

 

Por Joaquim Haickel

Acredito que as pessoas que leem meus textos tenham algum conhecimento a meu respeito. Penso que saibam que sou advogado, que exerci mandatos parlamentares entre 1983 e 2011, tendo sido, inclusive, constituinte em 1988. Que durante algum tempo trabalhei como secretário de Estado de Assuntos Políticos, Educação e também de Esportes. Que me posiciono à direita do espectro político-ideológico, que abomino radicalismo e intolerância, e que tenho aversão a posicionamentos incoerentes e hipócritas. Isso sem contar com o fato de que desenvolvo atividades ligadas ao MAVAM – Museu da Memória Audiovisual do Maranhão –, e também como escritor e cineasta, além de, nas horas vagas, ser empresário.

Digo isso porque tenho recebido algumas mensagens de pessoas me indagando qual o motivo de eu comentar tanto sobre política, perguntando se faço isso por estar me preparando para ser novamente candidato a algum cargo eletivo.

Existe até um pulha que comenta recorrentemente em minhas postagens, de forma deselegante, afirmando que só digo o que digo porque viso ser candidato em 2026.

Na verdade, eu até gostaria de voltar ao parlamento, principalmente ao parlamento estadual maranhense, pois o nacional, em minha modesta opinião, está quase que completamente comprometido com os mais baixos instintos políticos existentes. Ocorre que jamais voltaria a enfrentar um pleito eleitoral com as regras e com a legislação que hoje vigoram em nosso país. Eu posso ser muita coisa, mas burro não sou. As regras e a legislação que regem nosso sistema eleitoral são as maiores responsáveis pelas absurdas distorções em nosso sistema político.

Sobre voltar a ser candidato a um cargo eletivo, devo dizer – e faço isso por ter pedido permissão às pessoas envolvidas no fato que citarei – que recebi um convite de um partido, um dos menos piores hoje existentes em nosso país, para que eu fosse candidato a senador por sua legenda.

Não vou negar que fiquei bastante orgulhoso de ter meu nome lembrado para disputar um cargo tão importante por aquela agremiação partidária. Mas respeitosamente recusei o honroso convite, por dois motivos básicos: não entro em uma disputa para a qual eu não tenha a menor chance de vencer e, mesmo que vencesse – o que jamais aconteceria –, eu não seria capaz de ajudar em muita coisa. Aquilo que precisamos é de uma mudança radical, coisa para a qual uma, dez ou cem “andorinhas” não fariam verão. Precisaríamos de uma revoada delas para tentarmos mudar essa triste realidade.

Ao recusar a indicação de meu nome para concorrer ao Senado, me achei no direito de indicar alguém que mais do que eu, é talhado para representá-los nessa disputa: alguém mais idealista do que eu, mais sonhador, mais arrojado, mais preparado que eu. Indiquei meu amigo e colega no parlamento maranhense, o ex-deputado César Pires, que tenho certeza elevará em muito o nível intelectual e político da disputa pelo Senado em 2026, e que se eleito for, desempenhará com muito mais capacidade, competência e responsabilidade as funções de senador que os que aí estão.

POESIA - NUNCA - POR ABEL CARVALHO

 

NUNCA..

Nunca ouvirás de mim nenhuma única palavra

Não sei falar...

Nunca ouvirás de mim nenhum único grito

Não posso gritar...


Mas, lerás tudo que escrevo em versos sem prosa

Em rimas sem juízo 

Em letras garrafais em néons de sangue

Em sonhos sem sono

Em pesadelos sem dormir


Nunca ouvirás de mim

Nunca

O menor gemido

O mais alto grito

E

Nunca te roubarei um único beijo

Se isso um dia não partir de ti


Nunca ouvirás de mim

Nunca

Nenhum lamento

Nem soará para ti como triste o soprar do vento

A brisa

O sibilar da tempestade que nunca há de vir


Nunca


Abel Carvalho

MORRE ANSELMO RAPOSO - EX SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO MARANHÃO

 

Faleceu na noite de ontem,  segunda-feira (29), em casa, o ex-secretário de Educação do Maranhão, Anselmo Raposo, aos 60 anos.

Anselmo Raposo, que era advogado e professor, foi vítima de um infarto fulminante enquanto dormia.

Ele foi secretário de Educação do Maranhão durante o Governo Roseana Sarney (2010) e também ocupou os cargos de Diretor do CECEN e Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) da UEMA.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

GUERRA DE PESQUISAS

 

A tradicional guerra de pesquisas, que geralmente ocorre no ano eleitoral, desta vez, ao que parece, já foi antecipada para 2025.

Nesta semana, tivemos a divulgação de duas pesquisas eleitorais, de dois institutos diferentes, mas com resultados bem distintos para o Governo do Maranhão, mesmo os levantamentos tendo sido feitos praticamente no mesmo período.

O INOP realizou pesquisa ouvindo 2.618 eleitores, entre os dias 15 a 23 setembro. No levantamento, o primeiro que foi divulgado, apareceu empate técnico entre o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MBD), e o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), mas com vantagem pequena para o emedebista.

Orleans Brandão teria 35,68% dos votos e Braide 33,04%. Na sequencia aparecem: Lahesio Bonfim (Novo), ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, chega com 13,9% e o vice-governado do Maranhão, Felipe Camarão (PT), com 8,79%. Nenhum dos candidatos 1,53% e 7,06% não sabe ou não opinou.

Logo depois, foi a vez do DataIlha divulgar uma pesquisa com números bem diferentes. O DataIlha ouviu 2.081 eleitores, entre 18 e 21 de setembro. Nessa pesquisa, a vantagem absoluta é do prefeito Eduardo Braide, que aparece com 36,8% das intenções, mais que o dobro do segundo colocado.

Depois de Braide aparecem na sequencia: Lahesio Bonfim com 14,3%, Felipe Camarão com 13,8% e Orleans que surge com 12,7%. Nenhum dos candidatos 9,8% e 12,6% não sabe ou não opinou.

É aguardar e conferir, afinal se em 2025 já estão surgindo pesquisas tão distintas, imaginem o que teremos em 2026, no ano eleitoral.

COLUNA DO CARLOS BRANDAO- O MARANHÃO MUNICIPALISTA QUE ESTAMOS CONSTRUINDO

 


Por Carlos Brandão

Sempre acreditamos que a grande força do Brasil está nas cidades. Foi com essa visão que, desde que assumimos o governo do Maranhão, em abril de 2022, fizemos a escolha de governar ao lado dos municípios. Não somente para, mas com os gestores municipais.

Para a nossa gestão, municipalismo não é apenas uma teoria política. É uma prática que coloca as pessoas no centro das decisões. É a certeza de que prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias, que conhecem de perto as dores e as esperanças do seu povo, são decisivos para o que pensamos sobre governar. É por isso que cada agenda que realizamos no interior do estado, cada obra inaugurada, cada ação anunciada, carrega em si um compromisso: fortalecer os municípios para fortalecer o Maranhão.

Nesta semana, estivemos em várias cidades com essa missão. Em Caxias, entregamos o prédio de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Maranhão – um marco para a formação de médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, que irão transformar a realidade da saúde na região dos Cocais. Também entregamos tablets para milhares de estudantes, garantindo inclusão digital e melhores condições de aprendizado, por meio do programa Tô Conectado.

Em Timon, participamos do II Encontro Estadual do Municipalismo, dialogando com vereadores de todo o estado. Ouvir quem está mais perto da comunidade é essencial para desenhar políticas públicas que realmente atendam às necessidades do maranhense. Como bem disse a vereadora Concita Pinto, esse movimento de união entre municípios, estado e governo federal é o caminho para avançarmos juntos.

Já em Parnarama, inauguramos uma Estação Tech, um Viva/Procon e entregamos cartões do programa Maranhão Livre da Fome, que garantem segurança alimentar para centenas de famílias. Em Bom Lugar e Matões, além dos cartões, entregamos obras que vão da segurança pública à inclusão produtiva. A cada cidade que visitamos, reforçamos que nosso governo não se limita aos gabinetes da capital – ele chega onde o povo está.

E, nessas andanças, muita coisa nos marca. Um exemplo foi o brilho nos olhos de Sandra Santos, beneficiária do Maranhão Livre da Fome, em Parnarama, ao dizer: “É muito difícil manter a alimentação da família, mas esse apoio vai nos ajudar muito”. Histórias como a dela nos mostram, diariamente, que estamos no caminho certo.

Defendemos o municipalismo porque acreditamos que um governo que escuta e age em parceria gera resultados mais rápidos e duradouros. E é por isso que seguimos fazendo um governo de entregas, levando obras, programas sociais, investimentos em educação, saúde, segurança alimentar e cidadania para cada canto do Maranhão.

Para nós, o municipalismo é mais do que uma bandeira de gestão: é um pacto de respeito com o povo maranhense. Um pacto que nos faz avançar, com dignidade e esperança; construindo, juntos, o Maranhão que queremos

POESIA - CICATRIZ - POR LERENO NUNES

 


CICATRIZ

   

A voz dura pouco,

Mas perdura em nós, a criatura...

Desatam-se os nòs, em contratura,

Quando nos deixam a sós,

Por aventuras,

Singulares por tantas  diabruras...

Jamais o esqueceremos,  

Por vezes, este ser que foi,

Nesta forma de anos, meses,

Rebelada tantas vezes,

Desprovida e feliz,

Sem achar que um dia vamos

Sarar, quando nos  tornamos

Uma imagem em cicatriz!


Lereno Nunes 

domingo, 28 de setembro de 2025

COLUNA DO DR. OTÁVIO PINHO FILHO - SETEMBRO VERMELHO

A importância do Setembro Vermelho

Setembro Vermelho foi escolhido como o Mês do Coração, pois no dia 29 é comemorado o Dia Mundial do Coração. A iniciativa foi criada em 2000 pela Federação Mundial do Coração, com o apoio da Nações Unidas, por causa da importância do coração na saúde integrada e para chamar a atenção da população sobre os cuidados e prevenção das doenças cardiovasculares (DCV’s), que hoje, são a principal causa de morte no Brasil.

As DCV’s matam mais do dobro das mortes de todos os tipos de câncer juntos e também das mortes por acidentes e violência, 3 vezes mais que as doenças respiratórias, 6 vezes mais que todas as infecções, inclusive AIDS. Por dia, são cerca de 1100 pessoas que perdem suas vidas para devido à problemas relacionados ao coração e umas das principais mensagens dessa campanha é que cerca de 80% dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com mudança de estilo de vida, rotina de exames para identificação e controle precoce da doença e adesão ao tratamento para garantir melhor qualidade de vida.

Listamos abaixo as doenças cardiovasculares mais comuns:

Doença Isquêmica Cardíaca (Infarto, Angina estável, Miocardiopatia isquêmica que causa Insuficiência Cardíaca);

Infarto Agudo do Miocárdio é uma situação de urgência, pois pode evoluir com complicações graves, inclusive o óbito. Geralmente relacionado a um “entupimento” de uma coronária – artéria que nutre o coração, levando a morte de uma porção do músculo cardíaco, prejudicando a função de bomba do coração. É um quadro de isquemia* súbita, aguda. Cursa com dor forte no peito, habitualmente. Pode ocorrer sem obstrução, por “mal funcionamento” dos vasos coronários;


*Isquemia é a falta de irrigação sanguínea do órgão

Angina estável é uma situação de isquemia crônica, onde não há uma obstrução completa, manifesta-se com dor em determinadas situações (esforço físico, stress emocional). Pode acutizar e se manifestar como infarto;

Miocardiopatia isquêmica: situação em que o coração sofreu tantos episódios de isquemia, que o músculo fica enfraquecido, sem dar conta de bombear o sangue adequadamente, tornando-se insuficiente para sua função, manifesta-se com falta de ar, cansaço fácil, arritmias, inchaço;

Acidente Vascular Cerebral (AVC): ocorre isquemia no território vascular do cérebro, mais comumente por “entupimento” de uma artéria cerebral, ficando uma área sem irrigação, com morte das células. Dependendo da extensão da lesão deixa sequelas, como paralisia de metade do corpo, comprometimento da fala. Pode ocorrer por sangramento, por ruptura de um vaso. Geralmente bem mais grave

Hipertensão Arterial: é o aumento da pressão que o sangue exerce sobre os vasos sanguíneos. Muito frequente na população, se não tratada leva a complicações como infarto, AVC, insuficiência cardíaca, insuficiência renal

A melhor maneira de tratar uma doença é a sua PREVENÇÃO. O check up cardiológico é um importante fator de prevenção de DCVs. Segundo a Dr. Marildes de Castro, cardiologista membro do Comitê de Qualidade Assistencial da SBC e liderança na área de prevenção, é através dos exames de rotina que o paciente conhece a importância de manter seus números (pressão arterial, glicose, colesterol) e demais fatores de risco dentro da normalidade, conhecendo e reduzindo o risco cardiovascular. Esses exames devem ser realizado à partir dos 20 anos, a cada 5 anos, para aqueles portadores de fatores de risco, como uma história familiar de DCV prematura, e anualmente após os 40 anos.

É preciso cuidar desse órgão vital em todos os sentidos, prestar atenção em seu coração e manter a batida em seu ritmo ideal. Sem riscos, apesar da grande aventura que é a vida!




COM A PALAVRA -RETRATO DO PODER - POR GILMAR PEREIRA


RETRATO DO PODER

quando a parede vira palanque

 

Uma tradição antiga e ultrapassada ressurge nas administrações do governador do Maranhão, Carlos Brandão, e do prefeito de São Luís, Carlos Braide. A tradição de pendurar retratos emoldurados em hospitais, secretarias e prédios públicos — como se fosse selo de qualidade — virou alvo de ação popular. Essa ação foi ajuizada pelos advogados Gilmar Pereira Santos e Josemar Pinheiro em 27 de junho de 2025, perante a Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís.

Os retratos emoldurados do governador e do prefeito estão espalhados por hospitais, secretarias e repartições públicas. O caso torna-se ainda mais grave ao se considerar que os hospitais são frequentados por grande número de cidadãos em situação de vulnerabilidade que buscam atendimento médico, o que potencializa o alcance da exposição indevida e o favorecimento político do gestor público.

Entretanto, os retratos dos gestores — pendurados em locais de grande fluxo popular, como o Hospital Tarquínio Lopes, o Centro de Saúde da Vila Embratel e o Hospital do Itaqui-Bacanga — são uma estratégia de marketing político, um culto à personalidade, afirmam os autores.

A escolha de locais reformados ou inaugurados — evitando deliberadamente hospitais precários ou lotados — evidencia que a conduta dos gestores públicos foi estrategicamente planejada para maximizar sua visibilidade política, desvinculando-se da finalidade institucional dos bens públicos.

O governador e o prefeito, em suas defesas, alegaram que os retratos são apenas “símbolos protocolares” e “identificação funcional”, uma espécie de crachá ampliado. Mas os autores da ação popular rebatem: se fosse só isso, bastaria um crachá no peito, como fazem os servidores públicos.

A tradição não pode justificar o abuso, pois, como ensina o adágio popular, “é o uso do cachimbo que faz a boca torta”.

Com base em jurisprudência do STF, do STJ e em ações exitosas em estados como Goiás e Ceará, os autores pedem a retirada imediata das imagens e a proibição de novas afixações; pleiteiam ainda tutela de urgência, pois a cada dia com os retratos nas paredes é um dia a mais de afronta à Constituição. E que o verdadeiro símbolo do Maranhão não seja o rosto de um gestor, mas o brasão, a bandeira, o hino e a dignidade do seu povo.

A ação mergulha na história, compara o culto à personalidade com regimes autoritários — que vão de Getúlio Vargas a Stalin — para mostrar que a prática de afixar retratos não é apenas ultrapassada: é inconstitucional. E mais: é imoral, pois usa dinheiro público para promover figuras que já são amplamente conhecidas.

O que se vê é uma estratégia de visibilidade política, uma campanha silenciosa que se alastra pelas paredes dos hospitais e dos prédios públicos.

O governador e o prefeito deveriam limitar-se a afixar suas fotografias emolduradas exclusivamente no interior das sedes palacianas. Em vez disso, optam por expor suas imagens em repartições públicas e hospitais.

A ação popular denuncia a violação dos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa, previstos no artigo 37 da Constituição Federal. E mais: configura desvio de finalidade, pois transforma espaços públicos em vitrines eleitorais.

No fim das contas, o que está em jogo não é apenas uma fotografia, mas o respeito à Constituição, à ética pública e à inteligência do povo maranhense. Porque, como bem argumentam os autores, o Estado é de todos — e não de quem está temporariamente no poder.

É o direito de dizer que o poder é do povo — e não de quem temporariamente o representa. Porque, como bem citam os autores: “Fora da lei, não há salvação.”     

      Gilmar Pereira                      



sábado, 27 de setembro de 2025

COM A PALAVRA - SER FORTE - POR SID TEMPEST


Ser forte não é sorrir diante da dor, mas suportá-la sem perder a clareza.

Cada cicatriz se torna fonte de poder; aprendiemos a cair e levantar em silêncio.

Não se orgulhe  da dor, mas do que ela pode ensinar: ela pode lhe esculpir ,endurecer.

Sofremos tanto que as vezes pensamos que já não temos porque sofrer e sem que consigamos respirar as vezes bem mais pra sofrer.  Mas nada pode abater a quem tem força pra sempre superar.

Quando a dor retorna, encontra apenas um campo queimado, onde nada mais pode incendiar.

Um homem sábio não foge do sofrimento: atravessa o fogo e permanece de pé.

Se você passar depois de alguns dias em um terreno queimado verá que a vida se renova e sempre haverá uma plantinha, uma grama que resistiu ao fogo e insiste em não morrer.  


————————-

Deus abençoe nosso dia. 

——-Sid Tempest ———



.

POESIA - MAIOR SAUDADE - POR PAULO CAMPOS

 


sexta-feira, 26 de setembro de 2025

BRAIDE NA BERLIND

 

Depois que o governador do Maranhão, Carlos Brandão (sem partido), ter dito algumas vezes que não disputará a eleição para o Senado em 2026, permanecendo no cargo até o fim do mandato, a principal incógnita passou a ser a decisão que vai tomar o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, no ano que vem.

Braide aparece liderando a maioria das pesquisas já divulgadas para o Governo do Maranhão, mas mesmo assim jamais comentou sobre a eleição de 2026, pelo menos publicamente.

A indefinição de Braide tem deixado o cenário muito em aberto e levado alguns a fazer ilações a cada gesto diferente que o prefeito venha a tomar.

Bastou Braide entrar na Trend de ensaio de fotos por IA (Inteligência Artificial) para alguns imaginarem que já seria uma preparação para a campanha eleitoral do ano que vem.

Outros, após uma declaração do prefeito, entenderam que Braide sinalizou que cumprirá seu mandato até dezembro de 2028.

Eu não sei se alguém lembra a frase que eu assumi o compromisso na minha reeleição: se Deus e vocês me dessem a oportunidade de me reeleger, que São Luís viveria, nos próximos quatro anos, os melhores anos da sua história. E é isso que nós estamos fazendo, e é isso que nós vamos fazer”, afirmou Braide durante evento público da Prefeitura de São Luís

O certo é que a indefinição segue e Braide, ao contrário de alguns, tem o tempo a seu favor, afinal terá até abril para decidir se vai disputar o Governo do Maranhão ou seguir sendo, por mais dois anos e meio, o melhor prefeito que a capital maranhense já teve.

ROSEANA SARNEY E CARLOS BRANDAO LIDERAM PESQUISAS PARA O SENADO

Além do levantamento para o Governo do Maranhão, o Instituto INOP, contratado pelo Portal Imirante, divulgou números da corrida para o Senado, que apontam liderança do governador Carlos Brandão (sem partido) e da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

No primeiro cenário, incluindo o nome do governador, Brandão surge com 35,68% seguido pelo senador do PDT, Weverton Rocha, que tem 11%. O ministro de Esporte, André Fufuca (PP), vem logo depois e aparece com 8,98%, Eliziane Gama, senadora do PSD, tem 8,59% e Roberto Rocha (sem partido), 6,76%. O deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) tem 4,74%, o deputado federal Pedro Lucas (União), 4,43%, e o ex-deputado César Pires (PSD), 0,38%. Temos ainda 5,65% para nenhum e 13,79% não sabe ou não opinou.

Num segundo cenário, sem Brandão e incluindo a ex-governadora, é justamente Roseana que aparece em primeiro com 26,85%. Ela é seguida por Weverton Rocha que tem 9,78% e Roberto Rocha aparece com 9,7%. Depois vem Eliziane Gama com 7,68%, André Fufuca com 7,41%, Yglesio Moyses, 5,77%, Pedro Lucas com 4,13% e César Pires, 1,72%. São 7,75% para nenhum e 19,21% não sabe ou não opinou.

O curioso é que Brandão já disse, por algumas vezes, que pretende concluir seu mandato de governador, não disputando a eleição de 2026. Já Roseana, que vai lutando contra um câncer de mama, jamais comentou sobre a intenção de voltar ao Senado.

O INOP ouviu 2.618 eleitores entre os dias 15 a 23 deste mês de setembro em 54 cidades. A margem de erro admitida é de 2,2% e o intervalo de confiança é de 95%.

COM A PALAVRA -UM PEDIDO BEIM BAXADÊRO POR ZÉ CARLOS GONÇALVES

 

UM PEDIDO BEIM BAXADÊRO 

      (... seim pé, neim cabeça)

     Recebi um pedido inusitado, de um baixadeiro e querido amigo. Um disfarçado desafio. Trazer, à baila, expressões, que já não se ouvem mais.

    Sei que é uma tarefa muito, muito difícil, mas vou puxando da memória e vou construindo um retalho auditivo de nossa infância. E, pra quem quiser, até, visual. Basta imaginar. E o que mais quero é chegar, ao menos, perto da espectativa de nosso irmão de terra natal. E que os irmãos "istrangeiro" possam, também, "intendê tudinho direitinho. "Si quisê, pôdi pidi ajuda".

    E, "pra iniço di cunversa, era terrívi a sensação de ter uma cara branca ou uma vertígi, qui pódia dá i martratá, quano si tava azuzinho di fômi?! E digo logo qui num é uma côsa boa, Naum! Ou, intõu, bardiá, au sinti u pitiu du pêxe ô tê batido um tutano curredô cum farinha sêca".

    E, viver situação piorada, só mesmo "si incontrano cum u bucho disarranjado, apóis cumê um ovo istipurado, e mais tarde ficá impanzinado".

  E, pior mesmo, era "sofrê cum

uma nacida ô uma ziquizira", que "cambava pra uma curuba, a mordê us suvaco, nu calô du calô dais trêis da tarde". Mas, não ficava só nisso. Havia "imundiça de todo jeito e feitio. Um lombinho, um mondrongo, a papeira, o alastrim e a tosse braba". E o cúmulo do medo, de todo piqueno, era ter "o cascão da pereba", arrancado pelo bico de uma galinha. Haja sangue "a ispirrá lôngi"!

   Aí, para acabar com essa sessão de terror, só quem "dismintiu" um dedo e foi vítima de "uma boneca de sal" sabe o que é "ir à lua". E não é"mintira!"

   E, para fechar esta narrativa, "seim pé neim cabeça", só foi feliz quem usou "um calção no rendengue" e, como "bõu baxadêro", que se preze, "têvi um quartinho intupetado di bregueço!" O que sempre "dava pano pra manga". Era motivo de "uma disavençazinha, um licute e, até, um báti boca, com a branca".

    Espero ter chegado, "pelo ao menos", pertinho do delicioso pedido!


         Zé Carlos Gonçalves



POESIA - SONETO DO AMOR PROIBIDO - POR ZÉ LOPES

 


SEXTOU COM MUÇÃO

 


quinta-feira, 25 de setembro de 2025

É HOJE O DEPOIMENTK DE JOSIMAR DE MARANHÃOZINHO NO STF

Deve acontecer hoje,  quinta-feira (2), o depoimento do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) no processo em que ele e mais dois parlamentares – Pastor Gil (PL/MA) e Bosco Costa (PL/SE) – são acusados de desvios de emendas.

N'um primeiro depoimento, conforme o Blog do Zé Lopes destacou, Josimar decidiu ficar em silêncio, mas agora existe a possibilidade de que seja diferente, afinal o novo depoimento foi pedido pelo próprio deputado federal.

Josimar deve se manifestar após ter tido acesso as denúncias feitas pela Procuradoria Geral da República (PGR). O relator do caso, ministro Cristiano Zanin, autorizou o novo depoimento, que será conduzido pelo juiz instrutor, Lucas Sales da Costa.

A PGR assegura que os deputados teriam recebidos R$ 1,6 milhão para destinar R$ 6,6 milhões ao município de São José de Ribamar. O valor corresponde a 25% do total destinado em emendas. As investigações da PF teriam encontrado um documento com os nomes dos envolvidos e a porcentagem que cada um supostamente receberia.

Vale lembrar que o processo será julgado pela Primeira Turma do STF, que passará a ser presidida pelo ministro Flávio Dino, de quem Josimar foi aliado político quando estava como deputado estadual e Dino como governador do Maranhão.


PEC DA BLINDAGEM É REJEITADA PELA CCJ DO SENADO

 

De maneira unanime, os senadores que integram a Comissão de Constituição e Justiça do Senado decidiu pela rejeição da PEC que amplia a proteção de parlamentares na Justiça, chamada de PEC da Blindagem.

A decisão da CCJ, tomada de forma unânime (26×0), deveria enterrar regimentalmente a chamada PEC da Blindagem no Congresso Nacional, mas existe um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que o texto vá ao plenário da Casa.

Na CCJ, apenas a senadora Eliziane Gama (PSD), entre os parlamentares maranhenses, integra a comissão e se posicionou, como todos os demais, contrária, a PEC da Blindagem.

Fizemos nossa parte e rejeitamos na Comissão de Constituição e Justiça a PEC da Blindagem. Vitória do povo que foi às ruas dizer não a essa proposta absurda”, afirmou Eliziane.

Vale ressaltar que os quatro senadores do PL também votaram contra a proposta.

A tendência é que no Plenário do Senado, se de fato lá chegar, a PEC seja rejeitada de tal forma. Sendo assim, a aprovação da proposta na Câmara Federal acabou sendo “um tiro no pé

LITERATURA - O SILÊNCIO DA INICIAÇÃO - POR ZEZINHO CASANOVA


CRÔNICA: O SILÊNCIO DA INICIAÇÃO 


Naquela noite de lua cheia, o silêncio da cidade parecia cúmplice de algo maior. Os sinos já haviam emudecido e apenas os  meus passos lentos  se faziam ouvir pelas ruas de pedra. Eu não era mais apenas um homem comum: tinha acabado de atravessar o limiar da porta de um Templo maçônico.


Nunca esquecerei aquela noite. A porta do Templo fechou-se atrás de mim, e de repente senti que o mundo lá fora ficava distante, como se eu tivesse atravessado um limiar invisível. O coração batia forte: não de medo, mas da estranha certeza de que eu não voltaria a ser o mesmo.


Havia um silêncio diferente, carregado de significados. Não era apenas a ausência de som, mas uma presença invisível que parecia me observar. Meus passos eram guiados, e cada gesto que me pediam parecia conter uma lição oculta.


Por um instante, percebi que estava cego para o mundo de sempre e foi nesse breu que comecei a enxergar a mim mesmo. Descobri que a escuridão também fala, e fala de nós.


Tive um encontro com GADU , o Grande arquiteto do universo, causa primeira ou primária de todas as coisas.


Senti na pele o peso da iniciação, onde o mundo profano se despia diante de meus olhos. O jovem Joaquim agora carregava o título de Aprendiz, mas queria ser Companheiro de todos. O olhar curioso perscrutava cada detalhe: o esquadro e o compasso sobre o altar, o Sol e a Lua pintados nas paredes, o Oriente iluminado pela presença do Venerável Mestre, suas palavras eram  firmes, mas suaves. Ele não falava comigo apenas como indivíduo, mas como pedra bruta que precisava ser lapidada. Eu era, naquele momento, aprendiz de mim mesmo.        


-  Lembre-se, irmão, - Sussurrou-lhe um Companheiro de jornada. —-Aqui cada gesto é um símbolo, e cada símbolo guarda uma verdade.


Vi símbolos que não se explicavam em voz alta, mas que se gravaram no coração: a régua que mede, o esquadro que orienta, o compasso que limita e ensina equilíbrio. Compreendi que não são ferramentas de construção apenas para pedras, mas para homens.



Quando finalmente me falaram da Luz, senti que não era apenas uma vela ou uma chama: era um despertar. A Luz não vinha de fora, mas de dentro, como se a chama que acenderam diante de mim acendesse também algo em meu peito.


No final, já não era o mesmo homem que entrou. Eu havia sido tocado pelo mistério da fraternidade e pela promessa silenciosa de trabalhar em mim todos os dias.

Não me deram respostas prontas, mas me mostraram que as perguntas certas são mais importantes do que certezas fáceis.


No canto, os mais antigos, já mestres, observavam em silêncio. Um deles, de cabelos brancos e palavras medidas, era respeitado como Grão-Mestre. Carregava nos ombros não apenas a sabedoria dos anos, mas também a responsabilidade de guiar homens em busca da Luz.



Ouvi  histórias sobre o lendário grau 33, onde a sabedoria alcança o cume de uma montanha invisível. Mas compreendi que mais importante que qualquer título era a prática da caridade, discreta e silenciosa, que a Ordem exercia para além dos muros do Templo: alimentar famílias, amparar viúvas, educar órfãos.


Numa das rodas de conversa, alguém contou a lenda do bode preto, criatura sempre associada ao desconhecido, ao que a imaginação popular não compreende. Quando os amigos faziam perguntas sobre isso eu sorria  e dizia:


- O bode preto sou eu! - 


Aprendi que o mito não passava de um espelho da ignorância dos de fora, que transformavam mistério em medo.


Entre os símbolos, os sinais discretos e as lendas, eu  descobria algo maior: a maçonaria não era feita apenas de rituais, mas de homens e mulheres que, no silêncio, buscavam melhorar a si mesmos para melhorar o mundo.


Sim, mulheres. Nos encontros sociais  as Samaritanas, , cunhadas, companheiras que, com ternura e firmeza, sustentavam a fraternidade em atos de apoio, solidariedade e partilha. Elas não ocupavam o mesmo espaço ritual dos irmãos, mas sua presença era tão essencial quanto o compasso no desenho da vida.


O tempo passou, e  eu , o jovem Joaquim deixou de ser apenas aprendiz. Tornou-se Companheiro, e mais tarde Mestre. Em cada grau, entendia que os mistérios não estavam apenas nos sinais secretos ou nas lendas, mas no silêncio de aprender a ouvir, no trabalho de talhar a pedra bruta de si mesmo.


Hoje, já idoso, sentado na varanda,  escreve minhas memórias. Sorri ao lembrar da juventude e dos segredos que tanto me  encantaram. Escreve, como quem deixa um recado aos que buscam a mesma jornada:


"A maçonaria é feita de símbolos que o tempo não apaga. O bode preto é apenas lenda; o verdadeiro mistério está no coração humano. O grau 33 não é um trono, mas um estado de espírito. E a caridade, essa sim, é o maior dos rituais."



Compreendi que os mistérios da maçonaria não são para serem revelados, mas vividos. Pois o verdadeiro segredo não está guardado em um templo, mas na alma de cada iniciado que, entre luzes e sombras, busca ser melhor do que foi ontem.


Quando caminho pelas ruas, lembro da minha iniciação. As pessoas me veem como o mesmo Joaquim de sempre, mas dentro de mim sei que algo mudou. Aprendi que a maçonaria não revela segredos, ela desperta os segredos que já estavam adormecidos na alma.


E assim sigo, com humildade, na longa estrada de lapidar a pedra bruta que ainda sou à sombra de uma Acácia amarela.


José Casanova


Professor, Jornalista, Escritor e cronista


Membro da Academia Bacabalense de Letras


Academia Mundial de Letras da Humanidade


Tutor da Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil