O HEXA VIROU LENDA URBANA
Torcer para a seleção brasileira é como viver um relacionamento complicado: você sabe que vai sofrer, mas insiste. No fundo, acredita que aquele amor de infância vai voltar, com dribles e taças levantadas. Mas, ultimamente, só joga bonito nos comerciais e nos amistosos contra seleções exóticas, onde até goleiro pede selfie com o jogador da seleção.
Quando a bola rola, o ataque é tão previsível que até o VAR se adianta. O meio-campo é novela reprisada: você já sabe o que vem, mas assiste na esperança de algo novo. E na Copa, lá está o torcedor repetindo: “agora vai”. Só que não vai. O hexa virou lenda urbana.
No banco, o técnico mantém a tradição: inventa moda. Craque no clube, na seleção vira poste. A filosofia é clara: se não dá para jogar bonito, o jeito é jogar feio — e perder bonito.
Ainda assim, seguimos lá, firmes, sofrendo e rindo. Porque ser brasileiro é acreditar que o próximo amistoso contra Japão e Coreia marcará o início da nova era. Até o próximo fiasco mostrar que é só mais um amor do qual a gente reclama, mas nunca larga.
@poetapaulgetty (youtube)
#humorgetty (instagram)


Nenhum comentário:
Postar um comentário