Por Louremar Fernandes
O prefeito de Bacabal, José Alberto Oliveira Veloso, vem dando redundantes exemplos de inépcia como gestor público. Em 11 meses conseguiu o inédito feito de não agradar a ninguém, nem mesmo ao seu séquito protetor. Os moradores da Rua Maranhão Sobrinho, perímetro compreendido entre as ruas Clores e Miranda e Osvaldo Cruz, estão inclusos no rol dos descontentes.
O motivo é simples: a anunciada ação de
recapeamento asfáltico da cidade tinha a Rua Maranhão Sobrinho em sua meta. O
asfalto até passou por lá, mas parou exatamente na Rua Clores Miranda, bem em
frente à Praça Firmino Neto. Uma comissão de moradores procurou vereadores
“amigos”. Eles saíram de fininho. Individualmente alguns outros moradores
conversaram com a nepote secretaria de assistência social Sílvia Veloso, que
lhes confessou “está o marido profundamente arrependido de ter entrado para a
vida pública e agora descobrir que nada pode fazer pelo povo que pede muito.”
Depois - com foto de Louremar Fernandes |
O resultado disso é que o perímetro em
foco continuou cheio de buracos – um deles aberto pelo SAAE . Mesmo com a
revelação da desilusão política do neófito alcaide os moradores da Maranhão
Sobrinho resolveram insistir. O procuraram na prefeitura. Nunca o encontraram.
Souberam que ele tomava café no Lojão da Carne. Ele mudou o local passando a
tomar café no Mercado da Vila São João. Foram ao Mercado e o prefeito já havia
mudado o café para o Restaurante Popular, mas estava em um período de
interstício – só agora o café da manhã pegou de vez. Então
resolveram ir à casa do prefeito. Descobriram que ele fecha os portões da sua
mansão às 7 horas da noite.
Então resolveram
armar campana na madrugada porque souberam que o prefeito cultiva um antigo
hábito adquirido quando ainda era vaqueiro: ir para a fazenda às 5 horas da
manhã. Mais uma surpresa. Ao abordarem um dos vigias da mansão descobriram que
Veloso havia antecipado o seu horário de fuga para as 4 horas
da madrugada, portanto já havia saído.
Sem esperanças em ver a rua recuperada,
se conformaram. Mas eis que na manhã de quarta-feira, 27, tiveram uma hilária
surpresa: não é que os funcionários da secretaria municipal de obras e
urbanismo apareceram para pintar os meios fios... Todo mundo riu muito e ficou
tudo muito bonitinho. E os buracos lá no meio da rua. Para o azar de Veloso no
final da tarde caiu uma baita chuva. A rua bonitinha ficou um lameiro só. Os
moradores, revoltados, agora ameaçam interditar a rua por tempo indeterminado,
priorizando os moldes de protesto que acontecem no sul do país: tocando fogo em
pneus.
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