O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula
da Silva fez uma crítica veemente ao processo de
condenação e prisão de políticos do PT no mensalão. "Parece que a lei só
vale para o PT; a lei é para todos e isso vale para nós e para eles", disse
o presidente em encontro de prefeitos e vices petistas, ontem, em Santo André (SP). Na ocasião, ele também disse que
a resposta do partido vai ser a reeleição de Dilma em 2014
"Hoje nós temos companheiros condenados. Temos sentença
dada. A pena de cada companheiro está determinada já, mas o que não pode é
tentar tripudiar em cima da condenação das pessoas. (É preciso) respeitar os
históricos das pessoas e a lei", completou. Sem citar a Ação Penal 470, ou
mesmo o nome do presidente do STF, Joaquim Barbosa, Lula afirmou querer que
"a decisão seja cumprida tal como ela foi determinada e não pela vontade
de alguém". Ele avaliou ainda que por conta do sucesso do partido há um
"ódio disseminado" contra o PT.
Segundo Lula, a resposta do PT as prisões de membros do partido,
como o deputado federal José Genoino (PT-SP) e o ex-ministro José Dirceu,
"é garantir o segundo mandato da companheira Dilma Rousseff", disse.
"Assim como foi comigo, Dilma vai ser melhor no segundo mandato
dela", avaliou.
O ex-presidente também atacou a imprensa e disse que "se
alguém do PT desviar um tostão, darão a manchete maior do que alguém do outro
lado que rouba um bilhão"".
Em seguida, Lula pediu que o PT amplie seu arco de alianças no
Estado de São Paulo para eleger o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
governador em 2014. "É preciso uma aliança mais ampla do que PT já fez
para ganhar em São Paulo. Eleitores não têm ideologia, eles querem um bom
programa", afirmou.
O ex-presidente não poupou ainda o PSDB, do governador Geraldo
Alckmin, das críticas. "Os tucanos não tem mais nada a propor e não têm
mais novidade. Padilha, se acerte com a presidente, veja quando poderá sair,
porque São Paulo quer você governador", concluiu.
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