terça-feira, 11 de outubro de 2016

OPOSIÇÃO COBRA MAIS TRANSPARÊNCIA DO GOVERNO FLÁVIO DINO

andrea

A deputada Andrea Murad (PMDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa, criticou a falta de transparência do governo no projeto (PL nº 177/2016) de mais um empréstimo enviado para a Casa. Ela teve o pedido de vistas negado na reunião da Comissão de Constituição e Justiça e votou contra o empréstimo de R$ 14 milhões em retaliação à forma obscura do governo, que oculta informações importantes como, por exemplo, o modo em que o recurso será aplicado.

“É completamente absurdo aceitar um parecer desta comissão que não preza pela transparência, por isso voto contra. Não pelas famílias rurais, jamais contra o desenvolvimento agrário, mas pela forma arrogante com que o governador Flávio Dino vem tratando os deputados desta casa, como se fôssemos meros coadjuvantes, empurrando goela abaixo esses empréstimos em que sequer temos informações de como serão aplicados na prática, intencionalmente para impedir e para dificultar a nossa fiscalização”, disse a deputada.
A parlamentar também teve seu requerimento (nº 435/2016) negado pela Mesa Diretora da Assembleia, a quem requereu que fosse enviado um pedido de informações para o Secretário de Saúde, Carlos Lula, sobre o funcionamento da regulação no hospital macrorregional de Santa Inês, assim como o funcionamento da unidade desde a sua inauguração, onde culminou na morte de um paciente encaminhado para unidade e que foi recusado porque o sistema de regulação e o oxigênio ainda não funcionavam.

“Os deputados não têm direito de saber nada, absolutamente nada. Aí por isso que sempre entro na justiça, porque hoje essa casa não serve pra nada, a não ser ficar de cócoras para o governo. A verdade é essa. Isso é um verdadeiro absurdo. Como é que se nega um requerimento de uma deputada que está fazendo um simples pedido de informação para um secretário? Qual é o crime de pedir essas informações para o secretário de saúde? Significa que indeferir um requerimento é uma retaliação ao deputado? Se for, isso é vergonhoso compactuarem com isso. Até hoje me pergunto se fomos eleitos para defender o povo ou para defender o governo. Essa casa deixou de ser a casa do povo para ser a casa do governo. E depois não adianta deputado dizer aqui que não é da base governista e agir como governo aqui dentro desta casa”, discursou a deputada.

 

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