Ó, Zé Lopes,
Nome que ecoa e chama,
No Maranhão, a alma que se inflama.
De Pedreiras ao chão de Bacabal,
Traçaste a linha que não tem igual.
Não és geométrica, a reta que separa,
Mas a linha imaginária que ampara
O verso, a rima, o canto popular,
Onde a cultura encontra o seu lugar.
És Alquimista da Poesia rara,
Que o chumbo da vida em ouro transforma e aclara.
Com a pena, a palavra, o ritmo do peito,
Transformas o simples em obra de efeito.
Em ti reside a Voz do Ancestral que ensina,
A força da história, a fonte cristalina.
O eco da mata, o som do Mearim
A sabedoria escrita no sertão e nos confins.
Do repente, reggae e samba teu legado floresce,
Na cadência que embala, na luz que tece.
Honra, Zé Lopes, ao teu talento e dom,
Obrigado por nos dar tão belo som!
Balbino Pachêco


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